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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Você acredita que uma palavra pode mudar o rumo de uma vida? (Por Pr Gesiel Oliveira)

Nesse nosso mundo cada vez mais materialista, egocêntrico, indiferente e apático, não há como deixar de perceber seus frutos. Pessoas esvaziadas de empatia e cada vez mais carregadas de empáfia e frieza. É possível caminhar entre tantos, interagir como centenas de pessoas ao longo do dia e mesmo assim se sentir sozinho, desiludido e sem atenção. Muitas pessoas vivem mergulhadas em seu mundo virtual, desconectadas da realidade e perdendo cada vez mais os laços de amizade e convivência. Muitas pessoas quando se defrontam com essa realidade, sem aparente solução, entram depressão muitas têm pensamentos suicidas. E quando enfrentamos esse vácuo de atenção, esse déficit de afeto, é que devemos buscar a Deus. Não importa o simples existir, muitos se recusam a viver. Não conseguem ouvir com o coração e agir com a razão. Há uma mistura que lentamente os distancia do sentido e do amor à vida. A grande verdade é que queremos sempre acreditar que tudo na vida tem de dar certo, que sempre devemos ser e estar felizes e que um sinal evidente de felicidade é o sucesso financeiro e nos relacionamentos. Isso não é verdade! Nossa vida é um misto de altos e baixos, em muitos casos, mais baixos, que altos. Um contrabalanceamento de alegrias e tristezas constantes e ininterruptas. E a visão distorcida a respeito disso empobrece e frustra muitas pessoas. Empobrece, porque a fuga aos desafios e medos é a resposta mais cômoda e rápida para essas pessoas. Tenho sempre dito às pessoas: “Se não puderes incentivar alguém, pelo menos não retire a esperança a quem pouco restou”. Como é importante uma palavra de apoio, motivação e alegria! Você acredita que uma palavra assim pode mudar o rumo de uma vida? Quero compartilhar com vocês hoje um caso que aconteceu comigo há cerca de 8 anos. Era uma sexta feira, e me lembro que certa vez eu estava apresentando um programa evangélico em uma rádio em Macapá. Já íamos dar início ao momento da palavra, quando recebi um telefonema. Era uma voz trêmula, abatida, triste, parecia a voz de um jovem. Eu prontamente disse: “bom dia, você quer oferecer o hino do roteiro para alguém?”. Ele me respondeu com a ar perceptivelmente amargurado: “não. Quero apenas dizer que estou em cima de um banco e com uma corda no meu pescoço. Essa é a minha última ligação, pois vou tirar minha vida agora”. E desligou. Eu tomei um susto. Imediatamente, disse a ele: “Não faças isso. Jesus manda te dizer que Ele te ama. Eu não sei quais vozes tem ecoado no teu ouvido, nem sei as motivações que tem te levado a essa situação. Mas sei que o meu redentor vive, e que por fim, se levantará em teu favor, em amor à tua vida. Ele quer mudar a rumo do teu viver e te mostrar que uma vida em Cristo tem sentido”. Em seguida ele desligou. Eu fiquei preocupado. Pedi a todos os ouvintes que se unissem em oração em favor daquele jovem. No outro dia, fui procurar nos noticiários e jornais e não encontrei nada. Sabemos que em uma cidade grande, boa parte dos incidentes e crimes sequer são relatados nos jornais. Continuei orando em favor daquele jovem desconhecido. Depois de 3 anos, eu estava na apresentação do mesmo programa, e recebi uma ligação. Era um voz de alegria, de disposição, de alguém de bem com vida. Eu perguntei: “você quer oferecer a música do roteiro para alguém?", ao que o jovem respondeu: "não, quero apenas lhe agradecer por acreditar e ter orado por mim há 3 anos atrás. Sou aquele jovem que ligou se despedindo da vida". Ele me disse que naquele dia ele estava decido a tirar a sua própria vida, me disse que ele morava em uma casa em uma área de ponte no bairro do Muca, disse ainda que ele estava recém casado e sua esposa o havia deixado por outro homem e fugiu com ele para o Estado do Pará, e que no momento daquela ligação telefônica tudo já estava preparado, a corda bem amarrada no flechal superior da casa, o banquinho, o nó dado na corda, o bilhete suicida em cima da mesa, foi então que ele ouviu a minha voz que falava do amor de Jesus pelo rádio da vizinha ao lado, ele parou, escutou, começou a se emocionar e com o resto de bateria e créditos que haviam no seu celular, ele resolveu ligar para aquele número de telefone celular que eu disponibilizei ao vivo. Ele me disse que quando ele desligou o telefone, algo o tocou, e como um ímpeto ele despertou daquele estágio mórbido suicida. Jogou pra longe a corda que estava em sua mãos, chutou pra longe o banquinho, abriu a porta de sua casa e correu para a igreja mais perto de sua casa que estava aberta, e na porta, em pé, estava um pastor, que o abraçou em prantos, ele aceitou Jesus e a sua vida mudou a partir daquele momento. E enquanto eu me desmanchada em lágrimas nos estúdios da rádio, ele concluiu dizendo ao vivo: "hoje sou porteiro da igreja que congrego, pastor Gesiel, eu recebo as pessoas sorrindo e com alegria no meu coração, todos me conhecem pela minha felicidade. Pastor, Deus me deu uma nova vida, um lar feliz, uma outra esposa, que me ama, e ela está grávida de 5 meses, Pastor, eu vou ser papai!". Nunca esquecerei aquele testemunho. Por isso fica a lição, nunca despeça alguém com uma palavra ruim e desmotivadora, talvez a única coisa que aquela pessoa esteja precisando é de uma palavra de fé e esperança.