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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Saiba como pedir reparação de danos e queimas de eletrodomésticos decorrente de quedas de energia



Queda de energia ou falta de luz? se você teve prejuízos a concessionária deve reparar seus danos, veja como e ainda aprenda a fazer você mesmo seu pedido de indenização no juizado cível aqui no blog do Dr Gesiel Oliveira.

De acordo com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) , não importa se foi a chuva ou outros fatores que levaram à queda de energia, cabe à concessionária ressarcir o consumidor. Essa é a prerrogativa da Resolução 360/09 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que prevê que a
responsabilidade pelos reparos de danos é da concessionária.

Como ser ressarcido dos prejuízos pela falta de energia? Para pedir o reparo ou o ressarcimento por conta de danos provados pela falta de energia, a Aneel estabelece que o consumidor deve contatar a concessionário em um prazo máximo de 90 dias a partir da data do dano. Quando receber o pedido de reparo, a concessionária tem 10 dias corridos para fazer a inspeção do aparelho danificado. Se o produto for uma geladeira, ou qualquer item de conservação de alimentos perecíveis ou de medicamentos, o prazo de vistoria é de apenas um dia útil . Após a análise, a empresa deve informar, em 15 dias, se o pedido de reparo será aceito. Se aprovado, o consumidor deve ser ressarcido em no máximo 20 dias corridos, a partir da data da resposta da concessionária. O ressarcimento virá na forma de dinheiro, conserto ou substituição do aparelho danificado. Caso o pedido não seja aprovado, a empresa deve apresentar as razões da negativa e informar ao consumidor o direito de apelar à agência reguladora estadual conveniada ou à própria Aneel. Cabe ressaltar que o pedido deve ser feito por meio de carta, cujo modelo está disponível no site do Idec (www.idec.org.br). A instituição lembra que o consumidor não pode se valer desse direito para pedir reparos de equipamentos que já estavam danificados. Se isso acontecer, e a concessionária comprovar que o aparelho já estava prejudicado, ela poderá negar o pedido de reparo. Além do uso incorreto, outros problemas podem impedir que o consumidor seja ressarcido, como defeitos gerados por instalações internas ou a inexistência de relação entre o estrago do aparelho e a causa alegada (falta de energia) . Caso o consumidor peça o reparo do eletrodoméstico ou eletroeletrônico danificado antes do prazo para a inspeção pela concessionária, ele também poderá ver seu pedido negado, como prevê a resolução da Aneel. Porém, segundo o Idec, o Código de Defesa do Consumidor considera essa prerrogativa ilegal . 

Danos não materiais pela falta de energia: Além dos prejuízos materiais, os consumidores também podem ter danos não materiais por conta da falta de energia. Nesses casos, eles podem se valer do Código . De acordo com o Idec , é possível o pedido de reparo de danos não materiais. O procedimento é o mesmo: o consumidor deve contatar a concessionária. Caso não obtenha resposta, ele deve procurar algum órgão de defesa do consumidor. Sempre lembrando, que caso a concessionária não atenda sua solicitação administrativamente, ingresse com uma ação no juizado cível, conforme modelo de petição abaixo.



EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE MACAPÁ-AP.








                                               GESIEL DE SOUZA OLIVEIRA brasileiro, casado, oficial de justiça, portador do RG nº....... e do CPF........, residente e domicialiado na Av........, nº......, bairro:.......  vem, respeitosamente, em causa própria, à presença de Vossa Excelência, propor a seguinte: 


AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS CONTRA COMPANHIA DE ENERGIA ELÉTRICA DO AMAPÁ POR QUEIMA DE APARELHO 


em face de COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO AMAPÁ Av. Padre Júlio Maria ...CNPJ, 5965546000109. Insc. Estadual, 03.002994-0, pessoa jurídica de Direito público, pelas razões de fato e de Direito que serão a seguir expostas:


1- DOS FATOS
                               Sendo o autor proprietário do imóvel localizado na Rua .......nº..., bairro......., mantém relação de consumo com a ré, como comprova a cópia da conta de luz em anexo.( DOC 02). Contudo, no dia ..........( ESPECIFICAR A DATA), por volta das ...........hs ( ESPECIFICAR A HORA), houve um repentino "apagão" que durou .....( ESPECIFICAR A DURAÇÃO DO APAGÃO). Ao retornar a luz, o autor percebeu que a sua geladeira (ou outro aparelho eletro-eletrônico) não mais funcionava.

                               Ao encaminhar a geladeira para assistência técnica (doc. Junt.) para conserto, pois ainda se encontrava em garantia, o autor recebeu orçamento no qual estava consignado que houve a "queima de componentes em decorrência de tensão elétrica acima do especificado", o que em outras palavras significa que houve sobretensão ou excessiva oscilação da rede elétrica, o que vem ocorrendo constantemente em Macapá, como é de conhecimento público, e que o conserto custaria R$............., ( DOC 03) pois a garantia não cobriria este tipo de dano.

                               Ao saber da assistência técnica a causa dos defeitos em seu equipamento, o autor concluiu que houve falha no serviço prestado pela ré e, tendo em vista que é fato público e notório danos em aparelhos elétricos em razão de descarga de energia elétrica ou oscilações excessivas de tensão, o autor acabou por notificar a ré, conforme carta com aviso de recebimento, em anexo, (DOC 04) na qual narrou o acontecido, apresentou provas e pediu ressarcimento.

                               Porém, o autor não obteve êxito, o que impôs a propositura da presente demanda, a fim de que a ré, como fornecedora de energia elétrica, e possuindo responsabilidade objetiva pelos danos causados aos consumidores, na forma dos artigos 37, §6º da Constituição Federal, e 6º, 14 e 22 do Código de Defesa do Consumidor, demonstrados o dano e nexo de causalidade, e depois de invertidos os ônus da prova, seja condenada a ressarcir os danos estimados em R$.......... (descrever o valor)

2- DO DIREITO

Estabelecem os artigos 6.º 14 e 22 do Código de Defesa do consumidor, respectivamente:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:....
VI- a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:


I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
                               Deste modo, resta claro o dever da ré de indenizar os danos materiais causados ao autor , já que fica comprovado, mesmo independente de culpa, que os serviços prestados pela companhia de Energia elétrica foi a responsável pelos prejuízos.
Jurisprudência

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO INDENIZATÓRIA – CONCESSIONÁRIA PRESTADORA DE SERVIÇO DE PÚBLICO – DESCARGA DE ENERGIA ELÉTRICA – OSCILAÇÃO DA REDE – QUEIMA DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA – CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA INEXISTENTE – EVENTO INSERIDO NO RISCO DA ATIVIDADE DESEMPENHADA PELA CELESC – APLICABILIDADE DO ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – RESPONSABILIDADE OBJETIVA – VERBA DEVIDA.
Constitui obrigação da concessionária desempenhar o seu mister com esmero Gabinete Des. Wilson Augusto do Nascimento e, dada a natureza remunerada do serviço prestado, suportar os riscos dessa atividade, não podendo deles se desvencilhar pela simples circunstância de que o autor se omitiu de utilizar equipamentos opcionais de segurança. Desse modo, forte na premissa de que toca à CELESC a tarefa de modernizar a rede, com o escopo de evitar ou minimizar sinistros oriundos da oscilação, é patente o dever de indenizar, pois, à luz do que alude o art. 37, § 6º, da Carta Magna, configurados estão os requisitos da responsabilidade objetiva (ACV n. 2006.046616-5, da Capital, Rel. Des. Volnei Carlin, j. em 10.9.07).

Ainda:
APELAÇÃO CÍVEL – INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS – OSCILAÇÃO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA – QUEIMA DE APARELHOS – PRESCRIÇÃO AFASTADA – NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O DANO E O FATO COMPROVADO – RESPONSABILIDADE CIVIL DA CONCESSIONÁRIA DO SERVIÇO PÚBLICO – EXEGESE DO ART. 37, § 6º, DA CRFB E ART. 14, DO CDC – POSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – QUANTUM APLICADO DEVIDAMENTE – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS NO MÍNIMO LEGAL –
MANUTENÇÃO – ART. 20, § 4º, DO CPC – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO
DESPROVIDO (ACV n. 2007.014550-1, Rel. Des. José Volpato de Souza, j. em
10.4.08 ).

APELAÇÃO CÍVEL – INTEMPESTIVIDADE – RECURSO PROTOCOLADO POR MEIO DO SERVIÇO DE PROTOCOLO UNIFICADO – PRELIMINAR REJEITADA – RESPONSABILIDADE CIVIL – CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO – FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA – APLICABILIDADE DOS ARTS. 37, § 6º, DA CF/88, E 14 DO CDC – RESPONSABILIDADE OBJETIVA – INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL DECORRENTE DE QUEDA DE TENSÃO DA ENERGIA – QUEIMA DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA – DANO COMPROVADO – DEVER DE INDENIZAR – RECURSO DESPROVIDO. Sendo a Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – CELESC concessionária de serviço público, responde objetivamente, a teor dos arts. 37, § 6º, da Constituição Federal, e 14 do Código de Defesa do Consumidor, pelos prejuízos a que houver dado causa, bastando ao consumidor lesado a comprovação do evento e do dano, bem como do nexo entre este e a conduta da concessionária, competindo a esta a prova da culpa do consumidor, ou a ocorrência de caso fortuito ou força maior para se eximir da obrigação. Constitui obrigação da concessionária desempenhar o seu mister com esmero e, dada a natureza remunerada do serviço prestado, suportar os riscos dessa atividade, não podendo deles se desvencilhar pela simples circunstância de que o autor se omitiu de utilizar equipamentos opcionais de segurança. Desse modo, forte na premissa de que toca à CELESC a tarefa de modernizar a rede, com o escopo de evitar ou minimizar sinistros oriundos da oscilação, é patente o dever de indenizar, pois, à luz do que alude o art. 37, § 6º, da Carta Magna, configurados estão os requisitos da responsabilidade objetiva (ACV n. 2006.000345-1, Rel. Des. Rui Fortes,j. em 27.5.09).

3-DO PEDIDO

Pelo exposto requer-se:

a. a citação da ré para que responda aos termos da presente demanda e para comparecer às audiências de conciliação e de instrução e julgamento a serem designadas por V.Exa., nesta oferecendo, se quiser, contestação, sob pena de revelia; 

b. a produção de todos os meio de provas em direito admitidas, especialmente documental, depoimento das partes e de testemunhas, com ampla produção para fiel comprovação dos fatos aqui narrados; 

c) a procedência do pedido, condenando-se a ré a ressarcir o autor da quantia de R$........gasta com o consertos antes mencionados.
VALOR DA CAUSA R$: .........

Nestes Termos;
Pede Deferimento.
Macapá-AP,.........de...........de 2015
( local, data, mês, ano)


Gesiel de Souza Oliveira
Professor de Direito
www.drgesiel.blogspot.com


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Mensagem de Natal


Que você consiga uma casa maior, mas que quase todos os cômodos fiquem vazios por sua família estar unida ao redor de uma única mesa.

Que você compre o carro dos seus sonhos, e descubra que ele pode ficar parado na garagem enquanto você caminha de mãos dadas por um parque.

Que você realize o desejo de comprar uma TV enorme, 3D, com home theater, mas que ela permaneça desligada durante o jantar, para que você possa ouvir como foi maravilhoso o dia da sua família.

Que sua conta bancária esteja satisfatoriamente recheada, mas sobretudo, que você tenha em seu bolso um ou dois reais para comprar algodão doce e saboreá-lo com seus filhos sujando os dedos em uma praça.

Que você tenha um excelente plano de saúde, mas que se esqueça que ele existe por não precisar usá-lo, porque Deus tem guardado você e sua família.

Que você jante em badalados restaurantes para descobrir que a maior chef que existe, cozinha todos os dias dentro da sua casa, e que a comida dela é inigualável.

Que sua internet trafegue em altíssima velocidade, mas que sua melhor rede seja aquela pendurada entre duas árvores, debaixo de uma sombra onde você possa ouvir os pássaros cantarem ao lado de sua esposa e filhos.

Que você tenha um smartphone mais moderno, mas que não precise usá-lo para dizer às pessoas mais importantes da sua vida o quanto elas são especiais.

Que você tenha um celular de última geração para se aproxime mais dos que estão longe, mas que nunca esqueça dos que estão perto.

Que você tenha um tablet de última linha, mas que use mais as pontas dos seus dedos para fazer cafunés do que para mandar e-mails ou mensagens pelo whatsapp.

Que você possa comprar boas roupas, bolsas e relógios, mas que sua verdadeira marca seja a "inspiração" deixada pelos lugares por onde passará.

Que você tenha os perfumes mais caros e requintados, mas que nunca deixe de se sujar ou suar na brincadeira sadia, correndo atrás de seus filhos ou netos feito criança.

E que assim, conquistando tudo o que você sempre quis, você descubra que mais importante do que aquilo que você tem, é o que você faz com tudo o que conquistou.

Feliz Natal a todos
Texto de Maurício Lousada

sábado, 19 de dezembro de 2015

Mensagem de Natal - By Pr Gesiel de Souza Oliveira


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A época de Natal é movimentada, quando ruas e lojas ficam apinhadas de gente fazendo preparativos de última hora. O número de viajantes nas estradas aumenta, os aeroportos ficam abarrotados e todos parecem animar-se com as músicas, luzes e decorações festivas. Árvores de Natal, bolos, panetones e trocas de presentes, tudo isso faz parte dessa comemoração. Mas o verdadeiro sentido do Natal está num plano muito mais profundo. Está na vida e missão do Mestre Jesus, nos princípios que Ele nos ensinou, no Seu sacrifício expiatório na cruz do Calvário. Cristo não é somente um personagem histórico, mas o Salvador de todos os homens, em todas as eras. 
Se abrirmos a porta, Ele entrará. O Príncipe da Paz deseja conceder-nos paz de espírito, o que pode também nos ajudar a ser pacificadores. É momento também para refletirmos sobre o que fizemos e o que deixamos de fazer nesse ano, pois esse curto lapso que chamamos de vida, está entre dois grandes infinitos de inexistência. Por isso aproveite da melhor maneira possível esse presente chamado de VIDA, que Deus te deu. Muitos invertem o conceito de paz, amor e felicidade. Felicidade para alguns é ter uma casa grande e valorizada. Para outros é ter um carro do ano na garagem ou um bom emprego. Para outros ainda é ter fama, dinheiro e prestígio. Mas nenhum desses conceitos se aproximam da verdadeira essência dessa palavra. Feliz é aquele que compreende que a essência da vida feliz está nos pequenos detalhes, invisíveis à maioria. Ser feliz não tem a ver com o quanto você pode acumular, mas com o quanto você pode compartilhar. Ser rico não está relacionado com o quanto você tem, mas sim com o quanto você pode dar de si e compartilhar com o seu próximo. É pequeno quem acredita que a maior grandeza da vida está no que se pode ver, comprar ou tocar. 
Essa equação da vida não pode se transformar numa inequação. Devemos saber equilibrar, sabermos melhorar, aprendermos a buscar e alcançar o que não conseguimos, priorizar o que deve ser priorizado, aprendermos a perdoar, a aceitar a diferença, a compreender que não somos melhores ou maiores que os que seguraram a escada da vida para que pudéssemos subir. Muitos amigos que iniciaram este ano já não mais estarão comemorando conosco este Natal, seja porque viajaram para outro lugar neste mundo ou para fora dele. Nossas lembranças são como mundos paralelos que sempre que precisamos, podemos nesse oceano mergulhar. A vida é fugaz e nossa caminhada nos ensina que o tempo é precioso demais para ser desperdiçado só com dinheiro e trabalho. 
O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada, essas aventuras da jornada que dão sentido a ela, e assim, caminhando e semeando, no final teremos o que colher, e o que não pudermos colher, deixaremos para serem colhidos pelos que também trilharem essa jornada. Esse é aquele ponto em que devemos parar e olhar para trás para ver o quanto já caminhamos, e olhar para a frente e ver o quanto ainda tenho a andar. Uma dica deixo a cada um: Guarda a tua felicidade! Não saia por aí espalhando seus sonhos ou conquistas. Fique quietinho, sorria em silêncio. Felicidade sem plateia dura mais. E por derradeiro, voe, suba em direção ao azul sem medo. Só voa alto quem não tem medo de cair, por isso não fique só a desejar, voe na direção da conquista, da vitória, suba o mais alto que puder, porque o firmamento é o seu limite. Se você conhecesse verdadeiramente suas potencialidades, certamente gastaria mais tempo fazendo e buscando que sonhando, e nesse sentido o Profeta Isaías escreve-nos e nos encorajava no Capítulo 40 e versículo 31: “Mas os que esperam no Senhor, renovarão as suas forças, subirão com asas como águias, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão”. Você deve continuar sendo impulsionado pela determinação da fé em Jesus Cristo, que é o combustível que impulsiona nossos sonhos. Corra em direção à conquista. Sonhe, comece, faça, persista e vença, e que possamos refletir na profundidade bíblica do que está escrito em 1 Jo 5.4: “Essa é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”. A força de um homem não está nos seus músculos, a força de um homem está na sua fé. Feliz Natal para você sua abençoada família.

domingo, 29 de novembro de 2015

Nossa jornada (Por Gesiel de Souza Oliveira)

No soluço solitário da incerteza dessa jornada
Peço a Deus que me dê força pra prosseguir nessa estrada
Chorando e andando sem para trás olhar
O caminho é para frente, é pra lá que vou andar
Os temores e lembranças dos fracassos logo tentam me parar
Mas não olho para os lados, fecho meus ouvidos e sigo a caminhar
Nas beiras dessa estrada pedregosa por onde trilhei
Muitas flores de esperança foram regadas pela lágrimas que derramei
Quando os pássaros pararem de cantar
Quando o vento parar de soprar
Quando a poeira do meu rosto desse caminho
Se misturar as lágrimas e cicatrizes dos espinhos
Quando o sol se pôr e a escuridão chegar
Quando o meu grito solitário ninguem puder escutar
Saberei que é no silencio que Ele está a me ensinar
Pois essa dura jornada não veio pra me fazer morrer
Pelo contrário, veio para me fortalecer e me ensinar a sobreviver
Por mais escura que seja a noite sem luar
Ela não impedirá o fulgência de um novo raiar
Prossiga sonhando, persistindo e lutando sem murmurar
Porque falta pouco para o teu sonho alcançar.
E lá no final da estrada quando para trás olhar
Verás as marcas duplas das pegadas do teu caminhar
E compreenderás que nunca estivestes só carregando tua cruz
Ele sempre esteve ao teu lado, Seu nome é JESUS.
(Pr Gesiel Oliveira).


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Seja paciente (Por Gesiel Oliveira)

Sabe aquele momento em que você tem um choque de realidade proporcionado pelas lições da vida? Hoje tive essa experiência e tive a oportunidade de filmar tudo. Ainda no início da manhã, na hora do maior movimento. Aquele momento em que você quer que tudo corra na velocidade da sua pressa para não se atrasar em deixar os filhos na escola, para não se atrasar em chegar ao trabalho. Pois bem, eu extraí mais uma lição importante da vida. Eu estava indo deixar meus 3 filhos na escola. Parei atrás de um ônibus. Esperei por cerca de um minuto, e o ônibus não se movia. Bastou menos de um minuto para a impaciência surgir. Comecei a buzinar. E aí veio o "tapa" da vida. Um "nó" na minha garganta que não desceu. Assista o vídeo e compreenda o que eu quero dizer. Louvado seja Deus que me permite extrair lições de cada detalhe na jornada dessa vida. A realidade é que nós esperamos que tudo e todos que nos cercam também andem mais depressa. Qualquer ritmo mais lento nos deixa exasperados. Sofremos da doença da pressa chamada de "impaciência". Aprendi com essa lição de hoje, que sem paciência não podemos aprender as lições que a vida quer nos ensinar, e assim não conseguimos amadurecer. Permanecemos naquele estágio de "bebês irritadiços", incapazes de adiar as vontades passageiras se não estiverem imediatamente de acordo com a nossa vontade e na velocidade da nossa pressa. Isso nos torna incapazes de compreender as necessidades e limitações alheias. A impaciência é egoísta e essencialmente esvaziada de uma visão humanista e mais ampla que compreenda a velocidade normal das coisas na vida em nossa volta . Se quisermos viver de forma mais completa e intensa, e não fazendo tudo às carreiras, é fundamental praticarmos a paciência. Hoje aprendi uma lição, onde a vida me chamou a atenção de forma impactante, dizendo claramente pra mim: SEJA PACIENTE!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A mortandade de peixes no Rio Araguari e as possíveis causas (Por Gesiel de Souza Oliveira, Geógrafo, escritor e especialista em Geografia do Amapá).

O Rio Araguari é o maior rio genuinamente amapaense, pois tem sua nascente na Serra Lombarda, noroeste do Estado, e atravessa vários Municípios, como as cidades de Porto Grande (cujos primeiros habitantes chegaram por ele), Ferreira Gomes e Cutias do Araguari. É um rio historicamente vinculado à origem daquele povo. O Araguari deságua no oceano Atlântico, na fronteira entre os municípios de Amapá e Cutias do Araguari, e formava até pouco tempo ondas gigantescas que davam origem a pororoca pelo encontro das águas doces do Araguari com as águas salgadas do Oceano Atlântico, ativadas pela força gravitacional da lua sobre a Terra e pela consequente variação das força da maré. Pois bem, hoje eu não quero falar sobre a vazão do Araguari, nem sobre os terríveis impactos ambientais provocados pela bubalinocultura ou pelo assoreamento. A situação é cada vez mais complexa neste rio. Os efeitos da antropização agora atingem a ictiofauna (fauna aquática). E esse recente problema ambiental atinge o Amapá de um forma avassaladora. Hoje (13.11.15) ocorreu a terceira grande mortandade de peixes que apareceram boiando em frente à orla de Ferreira Gomes. Com uma diferença, a quantidade de peixe mortos dessa vez foi maior que todas as outras vezes. O aparecimento de peixes mortos no leito do Rio Araguari vem preocupando pescadores, moradores do município de Ferreira Gomes, distante 137 quilômetros de Macapá. Desde a implantação do projeto de construção de uma hidrelétrica próxima a Ferreira Gomes, os peixes mortos vem aparecendo no rio, e isso só é constatado no início das manhãs, em um trecho próximo ao Município de Ferreira Gomes, o que nos ajuda a dar uma dica sobre as reais motivações, apesar de não podermos ainda atribuir a culpa exclusivamente a nenhum causador, pois os laudos definitivos ainda não foram concluídos. A mortandade já foi alvo de protestos contra a empresa executora da obra e alvo de investigação por parte do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial (Imap) desde setembro de 2014 quando ocorreu a primeira mortandade de peixes semelhante a essa.

Moradores relatam que a cada vez que isso acontece, os peixes aparecem mortos em quantidades maiores. O mau cheiro e a presença de urubus são constantes na orla da cidade sempre que isso acontece. Há uma preocupação generalizada quanto ao consumo de peixes provenientes do Rio Araguari, em razão das dúvidas quanto às causas, e isso tem impactado profundamente a pesca artesanal nessa região. Os pescadores são os mais atingidos diretamente, e os efeitos secundários atingem a economia municipal local e tem provocado muitos questionamentos e preocupações por parte dos munícipes da região atingida.

A empresa Ferreira Gomes Energia, responsável pela construção da hidrelétrica, tem sistematicamente alegado que o problema nada tem a ver com a construção da barragem. Sabe-se que a construção de hidrelétricas afeta o ciclo de reprodução natural de muitas espécies de peixes, pois na piracema as espécies costumam subir rio acima para a desova e reprodução. A construção da barragem atrapalha esse processo natural. A usina tem recomendação legal para não acionar as turbina acima do limite permitido, especialmente durante o período de reprodução dos peixes, no qual cardumes gigantescos sobem o rio para se reproduzirem. Se isso ocorre, é comum termos o que chamamos tecnicamente de “barotruma”. O rápido crescimento populacional humano que estamos vivendo na atualidade traz consigo um enorme apetite por recursos para se sustentar. A produção energética é um desses desafios ao crescimento sustentável. A crescente demanda por energia tem gerado grandes investimentos no setor hidrelétrico. As usinas hidrelétricas podem causar diversos impactos ao meio ambiente, desde aumento do volume d'água antes da barragem, até o rebaixamento do nível do rio depois da barragem. Dentre tantos impactos ambientais, um dos mais severos é a mortandade de peixes pela passagem próximo às turbinas ou quando as comportas são abertas, provocando um impacto que provoca eviscerações ou lesões internas letais nos peixes. É semelhante ao efeito provocado pelo detonação de uma bomba, ao que chamamos de "barotraumas". As variações de pressão a que esses peixes se submetem nessas circunstâncias, podem gerar barotraumas (como exoftalmia -olhos saltados) condição caracterizada por uma protuberância para fora da órbita do olho do peixe, é geralmente causada pela submissão à altas cargas de pressão ou variação de condições da temperatura na água; eversão (destruição) do estômago e intestino, embolia, etc.). É comum também nessas situações a embolia em peixes, provocados pelo turbilhonamento da água despejada em grande quantidades pela abertura de grandes comportas das hidrelétricas. A embolia acontece quando o sistema sanguíneo e pulmonar ficam obstruídos por coágulos decorrentes de bolhas de ar excessivas no ambiente aquáticos, provocando um processo de asfixia irreversível e fatal. Há uma baixa quantidade de informação sobre o assunto, principalmente quando se trata do conhecimento relativo à espécies e usinas hidrelétricas na Amazônia, onde os impactos podem ser ainda mais devastadores. Em muitos casos quando há o acionamento das turbinas e o descumprimento da orientação ambiental, provocam a morte de peixes em grande quantidade, e normalmente isso acontece próximo a barragem. Hoje o problema voltou a acontecer no Rio Araguari, com o aparecimento de peixes mortos no local próximo a obra da barragem, e o IMAP alegou que constantes exames foram feitos e descartam a hipóteses de contaminação da água.

Há também alguns pescadores que desconfiam que produtos químicos tenham sido jogados pela hidrelétrica no leito do rio no processo de lavagem das hidrelétricas, mas nada foi confirmado até o presente momento. Há também relatos de funcionários da empresa que informaram que foi feita uma limpeza (dentro da hidrelétrica) em agosto com sabão em pó, solução de bateria e outros produtos, o que poderia ter provocado esse efeito próximo à barragem. Segundo os moradores das proximidades, as espécies de peixes mais atingidas foram: acari, filhote, piranha, aracu e tucunaré.

Outra causa provável seria o rebaixamento do nível do rio, em decorrência da construção da barragem, o que teria provocado uma variação da temperatura da água do rio, suficiente para provocar a mortandade de muitas espécies aquáticas. Barotrauma, contaminação com substâncias químicas, variação térmica provocada pelo rebaixamento do nível do rio em decorrência da construção da barragem ou causas naturais? Há diversas hipóteses, mas o mistério acerca da mortandade dos peixes continua. Os laudos definitivos dos órgãos ambientais ajudarão a compreender a motivação desse fenômeno, mas pelo que tudo indica, as causas estão ligadas à construção da barragem e o inadequado controle da vazão de sua comportas.

Gesiel de Souza Oliveira 
Geógrafo, Espec em Geografia do Amapá
Twitter: @PrGesiel_

Fotos enviadas por moradores de Ferreira Gomes












terça-feira, 10 de novembro de 2015

A ingratidão não tem memória (Por Gesiel de Souza Oliveira)

Muitas vezes não sabemos reconhecer em forma de gratidão àqueles que nos ajudaram nos momentos em que estávamos atravessando os desertos de nossas vidas. É lamentável que o olhar e espírito altivo tome conta de nós quando Deus nos oportuniza galgar uma posição onde nunca chegaríamos por nosso mero esforço humano. Se Deus nos colocou em uma posição de destaque, reconheça e agradeça a Deus em primeiro lugar, mas além disso, não deixe de reconhecer e de valorizar quem segurou a escada para que você pudesse subir. A ingratidão não tem memória, e por mais inteligente que alguém possa ser, se não tiver humildade, o seu melhor se perde na arrogância. A humildade ainda é a parte mais bela da sabedoria, ainda é a parte mais admirável do sucesso. O orgulho faz desmoronar qualquer outro bom atributo.Quando o "EU" começa a ser usado com mais frequência que o "NÓS", pode ter certeza que a fila vai andar, e quem está atrás vai passar a frente, para se cumprir o que a Bíblia diz em Mt 20.15 "os primeiros serão últimos" e em Tg 4.6 e 10 "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes", "Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará". Ninguém é insubstituível, ninguém e tão grande que não possa aprender um pouco mais. Um espirito altivo afasta de nós a noção de nossa origem. A bajulação nos entropece e infla nosso ego, agiganta esse falso vazio que nos faz sentir maiores, superiores ou mais capacitados. Assim como Deus eleva, Ele abate. E no afã ambicioso de olhar pra cima nessa escada da vida, olhe primeiro para baixo e veja o quanto você já subiu. Não devemos desprezar, nem ofuscar quem confiou em nós. Por isso entendo que a ingratidão é sintoma de uma grande fraqueza, e todas as pessoas ingratas são fracas moral e espiritualmente. A principal característica dos vencedores é a humildade, respeito e obediência, pois não é a arrogância que nos fará maiores, nem a humildade que nos fará menores. (Curta no Face: Frases do Pr Gesiel Oliveira)

domingo, 25 de outubro de 2015

A prova do Enem diz que “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher” - (Por Gesiel Oliveira – www.drgesiel.blogspot.com)

O ENEM desse ano revelou de forma escancarada, as ideologias de quem está por detrás do ensino da nossa juventude no Brasil. A questão de numero 01 do Bloco de Ciência Humanas e tecnologia, trouxe o seguinte texto: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher, nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino”. BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de janeiro, Nova Fronteira, 1980. Eu resolvi descrever aqui o restante do texto, que ainda é mais declaradamente aberto a toda forma perniciosa de influência sobre a ideologia de gênero ainda na tenra idade estudantil, veja: “Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um outro. Enquanto existe para si, a criança não pode apreender-se como sexualmente diferenciada. Entre meninas e meninos, o corpo é, primeiramente, a irradiação de uma subjetividade, o instrumento que efetua a compreensão do mundo: é através dos olhos, das mãos e não das partes sexuais que apreendem o universo”. (Fonte: http://beauvoiriana.tumblr.com/post/99528808887/ningu%C3%A9m-nasce-mulher-torna-se-mulher-nenhum#sthash.54eMKeLv.dpuf).
O apelo é forte à indução de orientação sexual, que conforme o texto deve ser ditada pelo “conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino”. Em outras palavras não é o biológico que define a sexualidade, nem a influência da família e sim a sociedade, sua relações sociais e a influência decorrente dessas interações. É lastimável que um aluno estude o ano inteiro, para chegar em uma prova e ter de marcar como opção correta (como se isso realmente fosse o correto), uma alternativa que diz que a influência desse ideologista gayzista “contribuiu para estruturar um movimento social que tem como marca a organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero”. Gente , é o fim da picada! Esse governo atual e seus extremos apelos à essa ideologia, degradam princípios ligados à família, à noção de existencialismo, deturpam o sentido de sexualidade ensinada pelos pais, família e igreja, e afrontam princípios cristãos, visto que o Brasil é um país formado por 80% de cristãos. Por fim revelam o infeliz conteúdo doutrinário que nossos filhos estão sendo sujeitados e submetidos nas escolas públicas.
Mas o que está por detrás de tudo isso? Por detrás de tudo isso há uma esquerda ultra-liberal, que tem tomado os nichos intelectualizados da cultura, universidades, em altos escalões do governo e meios de comunicação, especialmente os da grande mídia e meios de comunicações de massa. Essa ideia da desconstrução da sexualidade biológica tem se robustecida, insuflada pelo fortalecimento de grupos contrários à fé, princípios, igreja e família cristã.
Na prática uma “minoria” desmonta as bases da maioria, e isso acontece desmontando o sentido de família. Na verdade os cristãos demoraram a compreender a necessidade de sua inserção na política, da organização social, no aumento de sua representação, e em entender que nossa vida é regida por leis, e que, portanto o poder do qual emanam essas leis devem ser alvo de um fortalecimento de sua representação. Existem dezenas de projetos de leis que agridem e afrontam diretamente a igreja, família, princípios cristãos, a Bíblia e que lutam pela minimização da expressão história, social e política da família. Há uma grande discrepância entre os dois movimentos. Os cristãos são passivos, já os grupos contrários aos princípios cristãos são impulsionados pelo enfrentamento. Enquanto o primeiro grupo é estereotipado com “antiquado”, o segundo é catapultado como “moderno”, como "mais aceitável", como "politicamente correto". O resultado, é isso que estamos vendo: nossos filhos sendo obrigados a marcar como alternativa “correta” na prova do ENEM, uma questão que versa sobre a desconstrução da sexualidade, e ainda “de quebra” enaltece o movimento que luta pela ampliação dessa ideologia de gênero, como se isso fosse algo proveitoso, profícuo e salutar para acrescentar algo ao futuro de nossos jovens. Há um processo planejado de desconstituição da cultura cristã, processo inicialmente sorrateiro, e hoje escancarado, e que carrega discursos que potencializam seus ideais e que criminalizam e ridicularizam qualquer conduta que vá de encontro a essa ideologia de uma minoria que está entronizada nos altos escalões do governo federal. Por outro lado há uma maximização do comportamento contrário aos cristãos, que na maioria das vezes chega a ter caráter apelativo. Um açodado e impositivo processo de massificação da cultura da mudança, da inversão de valores da heteronormatividade, dos fundamentos da família natural e da naturalização do incomum. O discurso que antes era proibido nas escolas e em TV aberta, passou a alcançar os horários mais nobres, e agora avança além da simples busca pela aceitação, adentrando no campo da imposição. Eles não buscam direitos e sim privilégios, não buscam o discurso da paz e sim do enfrentamento apelativo e incutido na base da formação estudantil de nossas crianças e jovens. Agora é firmar o passo conjuntamente, com organização e fortalecimento da representatividade contra esse chorume ideológico de inversão de orientação, pois o avanço não pode ser parado por força de imposição de uma minoria, nem pela omissão ou inércia da maioria. É o momento de esclarecer, de desvelar esse sórdido plano que atinge a base da educação do nosso país. A outra alternativa é dizer: “isso é assim mesmo” e sofrer os efeitos desses solapamento dos princípios da família brasileira.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Memórias do meu mundo de criança (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)

Quando eu era criança uma das coisas que eu mais gostava de fazer era brincar em uma bicicleta velha com meu irmão. A bicicleta era tão velha que nem sequer tinha pneus, mas mesmo assim descíamos e subíamos incontáveis vezes aquela ladeira em frente de casa. Tudo era sorriso. Em casa faltava quase tudo menos esperança, fé e amor. Eu era uma criança de 8 anos, e nem percebia os apertos financeiros que meu saudoso e falecido pai passava à época para cuidar, com seu único emprego, de 6 filhos e esposa. Eu adorava subir na árvore em frente a minha casa, e subia até o último galho, onde eu pudesse colocar a minha cabeça acima da árvore e olhar o céu estrelado, sentir o vento no meu rosto, ver as luzes da noite e ficar imaginando, sonhando em voar naquela imensidão. Lá de cima daquela árvore eu ficava observando os aviões que partiam do aeroporto próximo a minha casa. Eu mesmo construí uma casinha de madeira naquela árvore, e ficava observando os aviões até eles desaparecerem da minha visão, como eu queria ser piloto. Eu só descia daquela árvore quando a minha mãe me chamava para o jantar e para dividir a pouca farofa de ovo com todos os meus irmãos. Eram tempos de "overniht" e de inflação galopante, mas eu nem sabia o nome do presidente do Brasil, muito menos entendia de crise financeira. Na verdade eu não conseguia ver nada além da vida de uma criança muito feliz e bem amada. Um “moleque do buchão”, gordinho, sapeca e alegre, que viveu uma infância num lugar pobre, mas que pra mim era um pedaço do céu. Tem horas que eu me ponho a lembrar de tudo aquilo e custo a acreditar que muitos personagens dessa minha historinha feliz já nem mais estão entre nós. A vida segue, mas as memórias boas permanecem.


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A pureza da inocência - Por Pr Gesiel de Souza Oliveira

Sou geógrafo e como sempre gostei de astronomia, resolvi fazer algo diferente hoje (domingo) depois que cheguei da igreja com minha família. Fomos para o fundo do quintal da nossa casa, eu, minha esposa e meus três filhinhos: Gabriel Rabelo (12),Miguel Rabelo (8) e Larissa Sophia (4). Estávamos observando esse fenômeno do Eclipse lunar total, fenômeno mais conhecido como 'Lua de sangue'. Depois de muitas fotos, sentamos na mesa pra comer uma pizza nessa noite especial. Eles resolveram me perguntar como acontecia esse eclipse. Expliquei como funciona e depois disse aos meus filhos que esse fenômeno só vai voltar a acontecer em 2033. Resolvi também falar a eles que eu tinha apenas 8 anos (a mesma idade do Miguel Rabelo) quando o Cometa Halley passou no dia 09/02/1986 e que ele só passa de 75 em 75 anos, ou seja ele só vai passar novamente em 2061. Foi quando eu resolvi dizer que eu já vou estar no céu nesta data, que o Miguel e a Larissa começaram a chorar incontidamente de uma forma tão comovente que nem eu, nem a Berenice Rabelo conseguimos nos conter diante daquela cena de tamanha inocência e pureza, e que ao mesmo tempo revela quão profundo e verdadeiro é o amor dessas crianças para conosco. Foi um momento de abraços, lágrimas e muita emoção. Comemos pizza misturada com lágrimas e sorrisos. Não adianta tentar explicar essas coisas que eles ainda não entendem, então resolvi não mais falar de futuro, mas sim falar do presente e de como devemos aproveitar cada momento de nossas vidas e dar valor a quem está ao nosso lado. O amanhã a Deus pertence, vivamos o agora e de forma mais intensa e feliz possível, ao lado de quem amamos. Foi uma experiencia que nunca vou esquecer.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Concurso da CAESA - Apostila Agente de saneamento - Companhia de água e esgoto do Amapá - 2015

O investimento é apenas R$50. Inclui todo o material item a item do edital da CAESA, além de centenas de questões com gabarito. Sem sombra de dúvida é o melhor material de estudo para esse concurso que tem 65 vagas e mais de 100 vagas para cadastro de reserva e salário inicial de R$2.089,00. Faça o depósito ou transferência on-line para Gesiel de Souza Oliveira 

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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Diagnóstico da mórbida situação do Amapá - Por Gesiel de Souza Oliveira

Pra começar, e antes que alguém julgue que sou mais um imigrante que veio pra cá para falar mal do Amapá, quero dizer que sou nascido, criado, formado, casado e aqui serei enterrado. Mas o que tenho visto tem me entristecido dia após dia. O que vou descrever a seguir é o retrato desse minha insatisfação como filho da terra entorpecido pela desesperança. Infelizmente o povo tem o governo que merece. Isso que vivemos no Amapá é fruto dessa histórica política da mentalidade da corrupção arraigada, onde os políticos usam de malversação de recursos públicos durante o mandato inteiro para "juntar" e os eleitores para "sugar" durante a campanha eleitoral, de forma que esse ciclo se fecha para quem pretende entrar. 

E mesmo quando alguém consegue transpor esse hermético sistema, tem de entrar no esquema que mantém a política no Amapá. Um sistema de retro-alimentação viciada, incurável e hereditária. Um caminho que algumas famílias já conhecem bem os meandros e que há décadas se revezam no poder. O Amapá precisa ser reinventado, pois emendar o que já nasceu torto nunca vai corrigi-lo. Um povo mantido por uma aberrante relação impulsionada pela miséria e troca de favores. Um Estado que agoniza com um passado manchado, um desarticulado presente e um improvável futuro. Órgãos públicos que viram cabedais para pendurar por 4 ou 8 anos agitadores de bandeiras no lugar de técnicos qualificados. Cargos que viram cegos propaladores de um crescimento que só se vê bem pintado na propaganda institucional, preocupados em simploriamente manter sua função remunerada a todo custo, mesmo que isso signifique o retrocesso. Gente que dia após dia vê o Amapá ser aviltado no cenário nacional. Gente que em junho de 2013 foi para as ruas quebrar tudo em protestos contra a corrupção, e que nas eleições está lá na esquina com uma bandeirola de qualquer cor na mão e R$20 no bolso fazendo campanha para os mesmos personagens da velha política amapaense. 

É um ciclo incurável, incapaz de mudar esse triste, insólito e decadente quadro econômico e social do segundo Estado com o menor PIB e um dos mais pobres do Brasil. Lugar com economia ancorada no contracheque público, onde mais de 1000 empreendimentos foram fechados nos últimos 4 anos, milhares de desempregados congestionam o hipertrofiado setor terciário que concentra mais 85% da população de um Estado sem setor primário e secundário. Antro da corrupção, essa besta que tem seus tentáculos sugadores na miséria de um povo sofrido. Lugar onde não temos saúde, segurança, educação e agora nem energia. Lugar onde as grandes hidrelétricas produzem mais de 3 vezes o necessário para o consumo interno, mas temos de permanecer acordados noite adentro no calor e ao som dos mosquitos. 

Lugar onde as "pipocadas" dos transformadores queimando me fazem pensar que ainda estamos no São João, mas o pisca-pisca das luzes nas casas me faz imaginar que já estamos é no Natal. Perco até a noção de tempo em um lugar em que as crianças voltam a estudar em abril, onde a única produção é de filhos, e onde ladrão rouba ladrão. Lugar onde os semáforos eletrônicos, por falta de manutenção, funcionam igual a contagem regressiva do relógio do filme o predador. Lugar de infestação de ratos, que estão entronizados nos mais altos postos dos escalões das atividades públicas, onde a corrupção atinge desde quem bate o carimbo no protocolo a quem prolata a sentença na última instância. Lugar do mal feito, superfaturado, locupletado e desviado. Lugar das obras inacabadas e feias. Lugar onde tudo retrocede, onde andamos para trás, onde nada melhora, onde nos sentimos cada dia mais entristecidos. Onde prisão por falcatrua é mérito. Onde o malandro é ovacionado e o honesto ridicularizado. 

Empresas que no mundo inteiro são fortes e crescem a todo vapor, como a Coca-cola e a mineradora Zamim, fecharam as portas no Amapá desempregando centenas de amapaenses, dentre tantos outros empreendimento que devido à alta carga tributária e à politica de pagamento antecipado de ICMS, não puderam continuar no Estado. O último hospital construído no Amapá foi feito por Janary Gentil Nunes na década de 50, e de lá pra cá, se fizeram “puxadinhos” e “guaribadas”. A segurança sem orçamento, equipamentos e quadro de pessoal, é uma insegurança decadente. Mas a ânsia, a vontade de ter o timão dessa barca decadente é forte. Em disputa está a "viúva", o “zumbi”, a "teta" ou tantos outros infinitos sinônimos hilários, alcunhas que sintetizam a atual situação que se tornou esse rincão sofrido, que virou ícone da corrupção para o resto do Brasil. Uma mentalidade de corrupção arraigada e intimamente ligada e fomentada pelos que estão à frente por décadas e décadas. Lugar onde a memória não existe, onde o bom senso não vale mais que um “tiket” combustível ou uma cesta básica, onde técnicos são obrigados a virarem cabos eleitorais, onde o orçamento para propaganda é 10 vezes maior que o destinado à segurança pública, na malograda tentativa de escamotear a inoperância de um "marasmo" administrativo que atravessa governo após governo. 

Dizer que nosso Estado não tem jeito surge até como compreensível para um povo sem força até para sonhar com a mudança. Mas ainda há uma única saída possível, e que está materializada em um papel moeda dentro de sua carteira, chamada de título eleitoral. Exerça seu direito conscientemente. Não troque seu voto por um desejo imediato, para em troca sofrer por mais quatro anos. Esse povo humilde e trabalhador não merece isso. Não é a política que faz o candidato virar ladrão, mas sim o voto inconsequente que faz o ladrão virar político. Compartilhe e demonstre sua indignação com essa sujeirada.

O sol sempre voltará a brilhar - Por Pr Gesiel de Souza Oliveira

Doenças de natureza espiritual não se curam no plano material com uma pílula ou remédio, curam-se com o renascer da vida, no recomeçar, curam-se no amor e com a ajuda de parentes e amigos, que estão ao nosso lado nos desertos da vida e principalmente, curam-se com a disposição em buscar Jesus Cristo. Se você não desviar o seu foco da solidão, logo, logo vai entrar pela porta da frente da sua vida, a companheira inseparável dela: a depressão. Não adiante se fechar e deixar o tempo passar na esperança de que isso vá resolver o problema. O tempo não cura tudo, aliás o tempo não cura as feridas da almas, apenas desvia os problemas e maus momentos do foco das nossas atenções. Entenda que não é pelo fato de Jesus Cristo estar em silêncio diante dos problemas da nossa vida, que ele está indiferente à nossa dor. Quando Jesus Cristo está conosco nos ensinando com seu silêncio, Ele nos observa, vê cada reação, cada súplica, cada lágrima e na hora que menos esperamos Ele age. Mude a forma de olhar a vida, e não sofra por antecipação. Nem tudo tem de dar certo na nossa vida para que possamos viver felizes.Nossa vida é um misto de altos e baixos, em muitos casos, mais baixos que altos. Um contrabalanceamento de alegrias e tristezas constantes e ininterruptas. E a visão distorcida a respeito dessa dinâmica que rege nossas vidas, empobrece e frustra muitas pessoas. Aprenda que de um feio casulo pode sair uma bela borboleta, de nuvens escuras podem sair águas límpidas, de uma cara amarrada podem sair boas atitudes, de uma frustração pode sair uma edificante lição, de uma lágrima pode sair um sorriso, de um livro de capa desgastada e feia pode sair uma belíssima história, de uma noite escura pode raiar um novo dia, de um velho ser, Jesus pode levantar um novo ser.

domingo, 30 de agosto de 2015

Deságue no oceano (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)

"Nossas aflições são escolas que edificam lições perenes. Aprendemos e crescemos muito mais no deserto que no vale da benção. Alimentamos e edificamos muito mais nossas vidas nas agruras, porque a fartura atrai amizades esvaziadas de sinceridade e ilusões de um mundo de papel que os ventos das aflições rapidamente podem destruir. As lágrimas regam a semente dos seus sonhos, e muitas vezes temos a impressão que essa semente caiu em solo infértil. A grande verdade é que queremos sempre acreditar que tudo na vida tem de dar certo, que sempre devemos ser felizes e que um sinal de felicidade é o sucesso. Isso não é verdade! Nossa vida é um misto de altos e baixos, em muitos casos mais baixos, que altos. Um contrabalanceamento de alegrias e tristezas constantes e ininterruptas. E a visão distorcida a respeito disso empobrece e frustra muitas pessoas. Atenda ao que te faz seguir adiante, ao te emociona, e faz acender uma luz no fim deste túnel sombrio. Há momentos que é melhor ouvir com o coração e agir com a razão, e não o contrário. Haverão momentos da vida em que as flores deixarão de exalar seu perfume, que o azul do céu dará lugar a um acinzentado melancólico e os pássaros deixarão de cantar na trilha da sua jornada. Mas é nesses momentos, em que a dor da solidão aperta a sua alma, é que devemos lembrar que você é como um pequeno rio, que passa e corta muitas regiões diferentes, algumas férteis outras áridas, mas que não pode retroagir, e que em certo momento, vai ser transformar em um grande oceano. Prossiga, deságue, transforme-se e descubra a dimensão do que te aguarda adiante nesse oceano da vida".

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A igrejinha ribeirinha da Ilha do Marajó (Por Pr Gesiel Oliveira)

Há uma comunidade nas ilhas paraenses chamada de Ilha dos Carás, na Ilha do Marajó, em meio à variedade de ilhas na foz do Rio Amazonas, onde estive pela primeira vez em 24 de novembro de 2012. Fica a cerca de 3 horas de barco a partir de Macapá. As únicas embarcações que chegam à região são as pequenas lanchas chamadas de “puc-puc”. Eu viajei até lá em uma delas, em meio a cestos de camarões, fardos de farinha e outros mantimentos encomendados pelos ribeirinhos. Fomos abrir uma igreja da Assembleia de Deus Zona Norte, onde trabalho como vice-presidente há quase 18 anos. A igreja fica em meio ao nada, na beira de um rio cercado de floresta. Foi um desafio gigantesco para o pastor que enviamos para lá, o Pr Benedito Nahum Barbosa. Eu cheguei à ilha e vi um cenário que poderia amedrontar qualquer um, menos a um obreiro de fé. Não há luz, água tratada e encanada, escola, posto de saúde, posto de polícia, há muitos mosquitos, morcegos, etc, mas apesar de todas as dificuldades, encontrei um povo muito receptivo e alegre. Trataram-me com tanto amor que rapidamente me senti em casa. Vi de perto o que passa um povo abandonado pelo poder público. Um senhor de cerca de 70 anos, que usava uma muleta, e que doou o terreno para construirmos a igreja, me disse que estava orando há mais de 30 anos para Deus pedindo que alguma igreja olhasse para aquela região esquecida e construísse uma igrejinha ali. Eu pude sentir a alegria em seus olhos. O alimento é retirado ali mesmo, açaí, farinha e peixe. Depois do almoço, dormi na passarela que leva ao sanitário. Foi o único lugar suspenso que encontrei para descansar meu corpo depois daquela longa e cansativa viagem. Descansei minha cabeça e o ângulo da minha visão vislumbrava a copa das árvores de açaí, e um céu azul espetacular, com aves como: arara, periquitos, tucanos, papagaios e tanta diversidade da fauna amazônica. Descobri que em meio a maior dificuldade nenhum deles passa fome, pois o pouco que cada um consegue, dividem, compartilham fraternalmente entre si. Na igreja eles reforçam ainda mais esse sentimento de união e fraternidade. A dificuldade não é, e nunca foi, empecilho para esse povo. Conseguiram um motor e alguns litros de gasolina. Pronto, era o suficiente para gerar energia elétrica e começarmos o culto. Tomamos banho na proa e alguns na popa da lancha, em um lugar depois da curva do rio, e trocamos nossa roupa dentro da própria lancha. Antes de começar o culto, por volta de 18:30h eu estava sozinho em frente à igreja, ali perto de mim, mais alguns poucos irmãos organizavam o motor para gerar a eletricidade. Eu pensei comigo: “acho que não vai dar ninguém nesse culto”. De repente começaram a entrar um após outro, vários barcos no rio. Em questão de minutos o rio estava tomado de barcos pequenos e médios. Eles foram ancorando no pequeno porto e usavam a parte de cima dos barcos como passarela, passando de um em um até chegar à igreja. Eu estava no culto à noite e preguei para uma igreja avivada. Olhei para o conjunto infantil e pude perceber que várias crianças não tinham sequer uma sandália. Mas aquelas criancinhas cantavam com tanta vontade de louvar a Deus. Ao final do culto um belo jantar foi servido a todos nós. Eu retornei a Macapá logo depois. E no meio da escuridão, o nosso barquinho ia se afastando. Eu olhava aquele pontinho de luz no meio da escuridão e ficava imaginando a vida daquele povo. Mas dali extraí muitas lições importantes, entre as quais, os principais foram a FRATERNIDADE e a FÉ, esses sentimentos que vinculam aquele povo, e que lhes permitem seguirem em frente mesmo em meio a toda aquela dificuldade. O Pr Benedito Barbosa continua lá até hoje, trabalhando para Deus e cuidando daquele sofrido e unido povo. Como o dinheiro quase não circula nessa região, ele recebe alguns dízimos em forma de peixe, galinha, açaí, pato, mas continua determinado a levar a Palavra de Deus aos mais necessitados. São guerreiros reais desconhecidos, que vivem nesse nosso grande Brasil, fazendo a Obra do Senhor e vivendo da fé. Ore por esses nossos irmãos, ore por esse povo, ore por essa igreja que resiste. Apoie o trabalho de missões e nunca deixe apagar a chama da fraternidade em seu coração.





















domingo, 9 de agosto de 2015

O verdadeiro significado da riqueza (Por Gesiel de Souza Oliveira)

Outro dia um conhecido meu me perguntou por que eu estagnei como pastor, sendo formado em direito e geografia, já que eu poderia continuar estudando até chegar a um doutorado/PHD ou mesmo passar em um concurso para juiz ou promotor que recebe um salário muito maior. Não desmerecendo tão importantes carreiras, mas esse nunca foi o meu foco. Eu sei o que eu quero e sempre soube. Eu amo o que faço! Por isso respondi: “isso é o que faz muitas pessoas infelizes, buscarem somente aquilo que lhes trazem dinheiro, fama e poder e não o que lhes trazem felicidade”. Fiquei pensando naquilo e refletindo como muitas pessoas perdem a vida, e sem perceber o tempo passar, perdem-na sem nunca encontrar o seu foco. A pergunta que você deve fazer para si mesmo é aquela que sua mãe sempre lhe perguntava quando você era apenas uma criança sonhadora: “o que você quer ser quando crescer?”. Sobra sonhos e falta foco, por isso é que no grito do silêncio reprimido interior, muitas pessoas aprisionam suas ansiedades, angústias, fracassos, medos, frustrações e decepções, tentando levar a vida adiante, mas permanecem ancorados em seus temores, receios e medos de tentar ir à luta, e assim desejam mas não conseguem avançar, pois ignoram a origem da sua infelicidade e acabam enganando-se a si mesmos, estagnados entre o passado e o futuro, sem perspectivas e muitas vezes até sem a capacidade de sonhar, pois as decepções da vida lhe tiraram até isso. Creio que o maior segredo de uma vida plena é fazer o que lhe traz paz, o que te dá prazer, o que lhe inspira a prosseguir, o que te faz sorrir nesta jornada que visa principalmente buscar o bem comum e não somente alimentar o senso egocêntrico da fome ilimitada que tenta nos impedir de pensar coletivamente. Lembre-se do que disse Mahatma Gandhi: “quem não vive para servir, não serve para viver”. Por isso tenha sempre em sua mente: “qual é o meu foco?”. Quando eu era criança eu sonhava ser super-herói. Hoje compreendo que os verdadeiros super-heróis não usam capa, nem tem super-poderes, mas sim tem muita vontade de mudar o mundo em nossa volta, de torná-lo melhor no pouco que lhes permite alcançar. Eles estão entre nós. A maioria absoluta deles não são ricos materialmente, pois já compreenderam que o verdadeiro sentido de ser rico não está relacionado ao quanto você tem, mas sim ao quanto você pode dar e compartilhar.

Ser pai (Por Gesiel de Souza Oliveira)

Minha maior riqueza
As criancinhas o chamam de “meu super-herói”, os filhos adolescentes o chamam de “quadrado”, os filhos casados o chamam de “minha referência”, a esposa o chama de “meu amor”, a lei o chama de “ascendente de 1º grau em linha reta”, a família o chama de “provedor”. Seja lá qual for o adjetivo dado, hoje é o dia dele, hoje é o Dia dos Pais. Ser pai é muito mais que uma relação biológica, é bem mais que isso, é um vínculo de coração eterno. O filho o observa a cada passo, a cada atitude, a cada escolha, e é exatamente por isso que eles exercem tão grande influência na formação comportamental, psicológica e afetiva de seus filhos. Ser pai não é ser poeta que ensina com letras, ser pai é ensinar com atitudes, pois aquilo que você faz fala mais alto que o que você diz. Pai é aquele que sabe distinguir as prioridades de sua vida. Sabe dar mais valor a cada pequeno detalhe, mesmo que para isso os grandes compromissos sejam postergados. Ser pai é rir sem motivação, simplesmente por estar suado em uma brincadeira sadia ao lado de seu filhinho(a). Ser pai é compreender que nossos filhos nunca envelhecem, que eles sempre serão nossas eternas criancinhas. Ser pai é estar pronto a ajudar, apoiar, amar e ser amado. Ser pai é uma dádiva, é poder ver estampada a alegria nos rostos dos filhos quando se chega em casa depois de um dia de muito trabalho. Ser pai é ver os olhinhos dos seus filhos encherem de lágrimas ao lhe abraçar no retorno de uma viagem. É ensinar seus filhos a andar de bicicleta, a enfrentar a vida mostrando que após cada queda vem uma nova tentativa. Ser pai é colocar um “band aid” no joelho do seu filho(a) escutando a bronca da esposa e um misto de alegria e choro do seu filho(a) pela emoção de ter tentado. Ser pai é saber ouvir e falar no momento certo, saber enxugar a lágrima dos altos e baixos sentimentais e afetivos dos seus filhos adolescentes e jovens, com uma palavra que transmita perseverança. Ser pai é sentir a emoção do casamento de seus filhos, estar presente ao longo da gestação e nascimento dos filhos dos seus filhos e voltar a sentir uma forte emoção, só que desta veze como avô. Ser pai é se sujar ao correr debaixo da chuva ao lado dos seus filhinhos mesmo sem se preocupar com o resfriado depois. É ser o esteio da casa, é ter a firmeza e sensibilidade no momento certo, é ser o provedor e a esperança, é ser o “super-homem” por fora e ao mesmo tempo ter um coração sensível, cheio de compaixão e amor. Ser pai é compreender que os bons momentos da vida não são aqueles que enchem os nossos bolsos, mas sim aqueles que enchem nossos corações de alegria, com coisas simples, mas indeléveis ao lado dos nossos filhos. E ao final de tudo, depois que formos embora, só restarão o que plantamos nos corações de nossos filhos: as sementes da esperança, do amor e dedicação. Somente as boas lembranças é que permanecem, e elas são como o vento que nos toca mas não podemos vê-lo, e nem por isso deixamos de sentir a sua força. Feliz dia dos pais, a todos aqueles que estão ao nosso lado, e àqueles que mesmo não estando mais neste plano, permanecem vivos eternamente em nossos corações.