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A derrocada tributária: A derrota do aumento do IOF na Câmara e a irremediável queda do governo Lula 3



Em uma sessão que reverberará nos anais da política brasileira, a Câmara dos Deputados, em 25 de junho de 2025, impôs ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva uma derrota de proporções homéricas, ao derrubar, com 383 votos a favor e apenas 98 contrários, o decreto presidencial que elevava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Tal revés, mais do que um simples entrave legislativo, escancara a fragilidade de um governo que, em sua sanha insaciável por aumentar a carga tributária, revela-se incapaz de articular sua base e controlar os gastos públicos, caminhando inexoravelmente para a derrocada.


Como na mitologia grega, onde Ícaro, em sua hybris, voou alto demais com asas de cera, apenas para despencar ao se aproximar do sol, o governo Lula parece ignorar as advertências da prudência fiscal. A tentativa de incrementar o IOF, sob o pretexto de equilibrar as contas públicas, foi rechaçada por uma coalizão suprapartidária, que incluiu até mesmo aliados do Planalto, como União Brasil, PP, Republicanos, PSD, MDB e até o PDT, que juntos controlam 14 ministérios. Essa rebelião legislativa não é apenas uma rejeição a um imposto; é um grito de exaustão contra um governo que insiste em sugar os recursos do contribuinte, enquanto se mostra inepto em conter a escalada de despesas.


Quando a grana acaba os "aliados" se estranham

A articulação política do governo, outrora alardeada como um trunfo, desmoronou como um castelo de areia diante da maré da insatisfação. A ministra Gleisi Hoffmann, responsável pelas Relações Institucionais, e o líder José Guimarães (PT-CE) foram pegos desprevenidos pela manobra do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que, em uma jogada astuta, pautou a votação sem aviso prévio, às 23h35 de 24 de junho, em um anúncio no X que surpreendeu até a oposição. A ausência de diálogo com o Planalto, somada à insatisfação com a demora na liberação de emendas parlamentares, apenas R$ 85 milhões dos R$ 50,4 bilhões previstos para 2025 foram empenhados, expôs a inépcia do governo em manter sua base coesa a peso de dinheiro de liberação de emendas.


A narrativa petista de “justiça tributária”, que busca pintar o aumento do IOF como um ataque aos “moradores da cobertura”, não encontrou eco. Parlamentares, cientes do desgaste eleitoral que tal medida traria às vésperas de 2026, rejeitaram a ideia de que mais impostos resolveriam o rombo fiscal. Como disse o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), “o governo tirou a máscara e mostrou o rosto da crueldade tributária”. O Congresso, em uníssono, bradou: “Chega de impostos!” A votação, que culminou em uma derrota histórica, a primeira derrubada de um decreto presidencial desde 1992, sinaliza que o povo brasileiro não tolerará mais ser espremido para sustentar um governo perdulário.


Tormentas a vista

A insistência do Planalto em recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão do Congresso, sob o argumento de violação da separação de poderes, apenas agrava a crise. Tal movimento, encabeçado pela Advocacia-Geral da União, é percebido como uma tentativa desesperada de subverter a vontade democrática do Legislativo. O presidente da Câmara, Hugo Motta, em resposta, afirmou: “Quem alimenta o ‘nós contra eles’ acaba governando contra todos.” A tensão entre os poderes, longe de ser apaziguada, promete escalar, com o governo Lula arriscando-se a um isolamento ainda maior.


O que se vê é um governo que, em sua voracidade arrecadatória, esquece que governar é priorizar. A ausência de medidas robustas para conter gastos, como a redução de privilégios corporativos ou a reforma administrativa e diminuição de ministérios e gastos com bilhões em viagens infrutíferas ao redor do mundo, contrasta com a pressa em onerar o contribuinte. A derrubada do IOF não é apenas uma derrota política; é um aviso de que a paciência da sociedade brasileira se esgotou. Como Ícaro, Lula voa alto em sua ambição, mas o calor da realidade fiscal ameaça derreter suas asas. O Congresso, ao menos por ora, resgata o papel de guardião dos interesses do povo, reafirmando que o Brasil não será refém de um governo que confunde governança com extorsão.


Derrocada tributária: O caos petista e o declínio do Brasil

A derrota do governo Lula na votação do IOF na Câmara dos Deputados é apenas a ponta de um iceberg que ameaça afundar a nau brasileira em um mar de descalabros econômicos e diplomáticos. Sob a égide do Partido dos Trabalhadores, o Brasil caminha a passos largos rumo a um precipício, onde a gestão errática, a polarização ideológica e a subserviência a interesses espúrios corroem as bases de um Estado democrático de direito. A sanha tributária, já exposta, é apenas um sintoma de um governo sem rumo, que, em sua ânsia por poder, sacrifica a economia, as liberdades e a reputação internacional do país.


Um desastre econômico anunciado

A economia brasileira, outrora pujante, geme sob o peso de um governo que não apenas falha em criar empregos, mas também ataca os pilares que sustentam a prosperidade. O agronegócio, motor de divisas e símbolo da competência brasileira, enfrenta constantes vilipêndios, com políticas que penalizam a produtividade em nome de uma agenda ambientalista desconexa. A recente perda de um contrato de US$ 2,7 bilhões pela Embraer com a Arábia Saudita, conforme noticiado pela Folha de São Paulo em 28 de junho de 2025, é um exemplo gritante. A decisão, atribuída ao desgaste diplomático causado pelas posturas de Lula, evidencia como a retórica inflamada do presidente compromete negócios estratégicos. A Embraer, que já foi um orgulho nacional, agora paga o preço da inépcia de um governo que prefere bravatas ideológicas a parcerias econômicas com ditadores, tiranos e terr0ristas.


Enquanto isso, a política fiscal do governo petista, que insiste em penalizar os mais abastados, os maiores geradores de empregos e renda, fomenta uma guerra de classes. Lula, em sua cruzada por uma suposta “justiça social”, incita a polarização entre pobres e ricos, minando a coesão social. Em entrevista à CNN Brasil em 30 de junho de 2025, o presidente afirmou que “os ricos precisam pagar mais para sustentar o Brasil”. Tal discurso, longe de promover equidade, afugenta investimentos e asfixia a iniciativa privada, com o desemprego estagnado em 8,7%, conforme dados do IBGE de maio de 2025, e a criação de vagas formais em queda livre.


Um presidente ao lado de tiranos

No front internacional, Lula consolida uma imagem desastrosa, alinhando-se a regimes autoritários e causas controversas. Suas falas em apoio ao Irã, à causa palestina e contrárias a Israel, como a declaração de 15 de maio de 2025, em que classificou as ações de Israel em Gaza como “genocídio”, provocaram um terremoto diplomático. Países como os Estados Unidos e membros da União Europeia, outrora parceiros estratégicos, agora enxergam o Brasil com desconfiança. O embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, em resposta, afirmou em post no X que “o Brasil escolheu o lado errado da história”. Esse alinhamento com ditadores e grupos associados ao terrorismo, como o Hamas, não apenas isola o país, mas também compromete acordos comerciais, como o potencial tratado com a UE, que patina desde 2023.


A erosão da democracia e a ascensão da censura

Internamente, o governo Lula flerta perigosamente com o autoritarismo. A liberdade de expressão, pilar de qualquer democracia, está sob cerco. A cassação de deputados da oposição, como Carlos Jordy (PL-RJ) em abril de 2025, sob acusações de “desinformação”, e a crescente pressão sobre jornalistas e influenciadores no X sinalizam um avanço da censura. O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria ser o guardião da Constituição, tornou-se um aliado do Planalto, legislando em matérias que cabem ao Congresso e controlando narrativas sob o pretexto de combater “fake news”. Lula, em entrevista à Rede Globo em 1º de julho de 2025, chegou a afirmar: “Sem o STF, eu não consigo governar.” Tal declaração, escandalosa, revela um presidente que depende de um tribunal para impor sua vontade, atropelando a soberania do Legislativo.


O governo, em mais um movimento temerário, planeja recorrer ao STF para reverter a derrubada do decreto do IOF, alegando “usurpação de competência” pelo Congresso. Essa ação, segundo analistas ouvidos pelo Estadão em 2 de julho de 2025, é uma tentativa de subverter a vontade popular expressa pelos deputados. O STF, ao intervir repetidamente em questões legislativas, não apenas desrespeita a separação de poderes, mas também consolida um modelo em que a liberdade de expressão é regulada por juízes, e não pelo povo.


Um Brasil à deriva

O Brasil, sob Lula, é percebido no exterior como um país à deriva, onde a instabilidade política e a perseguição à oposição afastam investidores e aliados. Relatórios do Financial Times de 29 de junho de 2025 destacam que o risco-país disparou, com o CDS (Credit Default Swap) brasileiro atingindo 220 pontos, o maior desde 2022. A ausência de um plano de governo claro, com metas definidas, deixa o Brasil refém de improvisos e bravatas. Enquanto Lula insiste em demonizar o capital e o agronegócio, o país perde competitividade, e a confiança do mercado internacional desaba.


Como na tragédia grega, onde o herói, cego por sua hybris, conduz a si mesmo à ruína, Lula leva o Brasil a um ocaso inevitável. A derrota do IOF é um marco, mas o verdadeiro drama é a erosão de um Estado democrático de direito, substituído por um projeto de poder que privilegia a ideologia em detrimento da nação. O Congresso, ao menos por ora, resiste. Resta saber se o STF, agora convertido em árbitro supremo, permitirá que a voz do povo prevaleça ou se curvará à agenda de um governo que, dia após dia, empurra o Brasil para o abismo.


Gesiel Oliveira, escritor, colunista, analista de Geopolítica Mundial e professor de direito Constitucional e Penal.

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