ATUALIDADES: RETROSPECTIVA 2011
JANEIRO
01/01
Dilma toma posse como 1a. mulher presidente do Brasil
Dilma
Rousseff tornou-se neste sábado a primeira mulher presidente da
República e prometeu fazer da luta contra a miséria uma prioridade em
seu governo.
A
nova presidente prometeu, em seu discurso de posse no Congresso,
consolidar a 'obra transformadora' daquele que lhe passou a faixa e que a
escolheu para sucedê-lo, afirmando que governará para todos.
'A
luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza
extrema e a criação de oportunidades para todos', afirmou Dilma, de 63
anos, no Congresso.
'A
superação da miséria exige prioridade na sustentação de um longo ciclo
de crescimento. Com crescimento é que serão gerados os empregos
necessários para as atuais e as novas gerações', afirmou em discurso
logo após de assumir, que durou 40 minutos.
Dilma destacou também a necessidade de uma reforma política e medidas que modernizem o sistema tributário do país.
A
presidente assumiu o compromisso de avançar em áreas como educação e
saúde e disse que o Brasil deve ser um exemplo para o mundo de que é
possível ter crescimento econômico sem destruir o meio ambiente. Para
ela, este é um momento novo para o Brasil.
02/01
Após posse, sites da Presidência e do governo sofrem ataques
Um
dia após a posse de Dilma Rousseff como presidente, os dois principais
portais de comunicação do governo na internet ficaram fora do ar. O
grupo que assumiu a autoria de ataques ao site oficial da Presidência da
República (www.presidencia.gov.br) neste domingo, postou uma mensagem
no microblog Twitter - por volta das 21h - se responsabilizando por
outro ataque, ao site do Governo Federal .
11/01
No Rio de Janeiro deslizamentos matam quase mil
Enchentes
e deslizamentos de terra atingiram o estado do Rio de Janeiro,
localizado no Sudeste do Brasil, em janeiro de 2011. As cidades mais
afetadas foram Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São
José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do estado. Os serviços
governamentais contabilizaram 916 mortes e em torno de 345
desaparecidos, sendo 180 em Teresópolis, 85 em Nova Friburgo, 45 em
Petrópolis e duas em Sumidouro, ainda de acordo com o MP, outras 32
pessoas não foram encontradas em outras localidades da Região Serrana,
até aquele momento, nas quatro cidades, e cerca de 35 mil desalojados em
consequência dos desastres naturais. A
tragédia foi considerada como o maior desastre climático da história do
país, superando os 463 mortos do temporal que atingiu a cidade paulista
de Caraguatatuba, em 1967.
Segundo
as últimas informações da Secretaria de Estado da Saúde e Defesa Civil
do Rio de Janeiro, 428 pessoas morreram em Nova Friburgo, 382 em
Teresópolis, 71 em Petrópolis, 21 em Sumidouro, 4 em São José do Vale do
Rio Preto e 1 em Bom Jardim.
A
tragédia foi causada por um fenômeno raro que combina fortes chuvas com
condições geológicas específicas da região. Porém, ela foi agravada
pela ocupação irregular do solo e a falta de infraestrutura adequada
para enfrentar o problema, que se repete todos os anos no país.
Causas
O
ar quente e úmido vindo da Amazônia gerou nuvens carregadas no Sudeste.
Na região serrana do Rio, as montanhas formaram uma espécie de barreira
que impediu a passagem de nuvens e concentrou a chuva numa única área.
Somente
em Nova Friburgo, onde a chuva foi mais intensa, em 12 dias o volume
foi 84% a mais do que o previsto para todo mês de janeiro.
A
água da chuva foi responsável por dois fenômenos distintos. Primeiro, a
cheias nas nascentes dos rios, no alto das montanhas, que causou as
enchentes. O sistema de drenagem dos municípios era obsoleto e não
conseguiu escoar as águas.
E,
mais grave, os deslizamentos. O solo das encostas é constituído por uma
camada fina de terra e vegetação sobe a rocha. Quando fica encharcado,
se descola da montanha, descendo feito uma avalanche. A grande
inclinação das montanhas fez com que o deslizamento atingisse até 150
quilômetros por hora, aumentando a potência de destruição.
Boa
parte das mortes, contudo, poderia ter sido evitada com políticas
públicas. Durante décadas, os governos foram omissos – quando não
estimularam – os loteamentos em áreas de risco permanente. Na rota da
lama que desceu das encostas havia dezenas de imóveis, desde favelas até
hotéis e casas de alto padrão.
Aquecimento global
O
aquecimento global está por trás das mudanças climáticas que explicam
os contrastes de seca e enchentes em várias partes do mundo. No Brasil,
os prejuízos financeiros e as mortes se acumulam a cada verão.
No
ano passado, 283 pessoas morreram no Estado do Rio entre os meses de
janeiro e abril. As catástrofes aconteceram em Angra dos Reis, Niterói
(Morro do Bumba), na capital e em outras cidades. Em São Paulo, a chuva
destruiu a cidade histórica de São Luiz do Paraitinga. Em 2008, houve
135 mortes em Santa Catarina.
Compete
aos governos municipais regulamentar e fiscalizar o uso do solo. O
objetivo é impedir a construção de moradias nas encostas e zonas de
risco. Já os governos estadual e federal precisam investir em programas
preventivos e encontrar soluções menos burocráticas para garantir que os
recursos cheguem até as cidades.
Um
exemplo foi a liberação imediata de R$ 780 milhões da União para ajudar
na reconstrução dos municípios afetados pelas chuvas deste mês. A verba
foi liberada por meio de uma medida provisória assinada pela presidente
Dilma Rousseff. O valor gasto com a recuperação, todavia, é superior ao
que seria gasto com prevenção. Sem falar nas vidas perdidas.
14/01
Protestos populares acabam com 23 anos de poder de Ben Ali na Tunísia
O
presidente autoritário da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, foi forçado
a abandonar os 23 anos de poder após uma revolta popular. A revolução
foi desencadeada pela morte de Mohamen Bouazizi, um fornecedor de frutas
e vegetais que teve a sua produção confiscada pela polícia. A revolta
rapidamente se espalhou para todo o Oriente Médio, criando o que mais
tarde seria nomeado como a Primavera Árabe.
Um
mês de protestos populares nos quais morreram 70 pessoas, segundo
organizações de direitos humanos, acabaram finalmente nesta sexta-feira
com 23 anos de poder na Tunísia de Zine el Abidine Ben Ali, que
abandonou o país junto a vários membros de sua equipe política,
especialmente odiada pelos tunisianos.
As
sucessivas promessas de democratização e abertura realizadas por Ben
Ali nos últimos dias e semanas não serviram para aplacar a raiva de seus
compatriotas, que transformaram um dos países com mais aparente calma
social do Magrebe em um barril de pólvora.
O
primeiro-ministro, Mohamed Ghanuchi, anunciou na televisão estatal,
acompanhado dos presidentes das duas câmaras parlamentares, que assumia a
Presidência interina, e se comprometeu a respeitar a Constituição e
restaurar a estabilidade do país.
Algumas
horas antes, mais de oito mil manifestantes tinham se concentrado
perante a sede do Ministério do Interior para pedir a saída do
presidente e levavam um cartaz com letras vermelhas que dizia "Ben Ali
assassino".
Os
protestos também aumentaram nesta sexta-feira em muitas outras regiões
do país, apesar de Ben Ali ter anunciado, na noite anterior, uma
"profunda e completa" mudança política e que não se candidataria para as
próximas eleições presidenciais de 2014.
FEVEREIRO
11/02
Mubarak sai do poder no Egito após quase 30 anos
Após
permanecer no poder por quase três décadas, Hosni Mubarak, de 82 anos,
renunciou à Presidência do Egito, após 18 dias de protestos nas ruas da
capital do país, Cairo.
A
renúncia foi anunciada na TV estatal pelo vice-presidente egípcio, Omar
Suleiman. Segundo ele, Mubarak entregou a responsabilidade de conduzir a
nação a um alto conselho militar.
Durante
praticamente 30 anos, Mubarak manteve-se no poder, tornando-se um
aliado confiável dos EUA e de Israel na região, mas governando o Egito
com mão de ferro, abrindo pouco espaço para a oposição interna.
Estado de emergência
Na
prática, desde que assumiu o poder, Hosni Mubarak comandou o Egito como
um líder militar. Ele governou o país com base em uma lei de emergência
que restringia vários direitos dos cidadãos.
O
argumento de seu governo era de que o controle total seria necessário
para combater militantes islâmicos, cujos ataques têm como alvo, com
frequência, o lucrativo setor de turismo egípcio.
Durante
seu governo, Mubarak sobreviveu pelo menos seis tentativas de
assassinato. A mais séria foi o ataque ao carro presidencial logo após
sua chegada à capital da Etiópia, Adis-Abeba, em 1995, para participar
de uma cúpula de países africanos.
Sob
a liderança de Mubarak, o Egito viveu um período de relativa
estabilidade doméstica e desenvolvimento econômico, o que levou a
maioria da população a aceitar sua permanência do poder.
No
entanto, nos últimos anos, o presidente passou a sofrer, pela primeira
vez, pressões por mais democracia. As demandas vinham do próprio país e
também do seu aliado mais poderoso, os Estados Unidos.
Uma
nova eleição estava marcada para o próximo mês de setembro. Após o
início dos protestos, em janeiro, no entanto, Mubarak anunciou que não
concorreria à reeleição.
MARÇO
11/03
Tremor arrasa cidades e provoca crise nuclear
Um
terremoto de 9 graus na escala Richter, o mais forte já registrado no
Japão, causou um tsunami que devastou a costa nordeste do país no dia 11
de março. Ondas de até 10 metros de altura arrastaram tudo que
encontravam pela frente – navios, barcos, carros, casas e pessoas.
O
número de mortos chega a mais de 4 mil, a maioria na província de
Miyagi, localizada próximo ao epicentro. Outras 9.083 continuam
desaparecidas. Cidades inteiras foram destruídas. Em outras localidades,
faltam água, luz, alimentos e combustível.
O tsunami também danificou as instalações de usinas nucleares. No complexo de Fukushima Daiichi, uma das 25 maiores usinas do mundo, em quatro dias ocorreram três explosões na estrutura que abriga os reatores.
O tsunami também danificou as instalações de usinas nucleares. No complexo de Fukushima Daiichi, uma das 25 maiores usinas do mundo, em quatro dias ocorreram três explosões na estrutura que abriga os reatores.
19/03
Otan inicia preparativos para intervenção militar na Líbia
Aliados
ocidentais começaram a intervenção na Líbia bombardeando com mísseis
lugares estratégicos, em atos contra as forças do coronel Muammar
Khadafi.
Os
aliados da Otan já começaram os preparativos para iniciar as operações
militares na Líbia, uma vez aprovada a resolução do Conselho de
Segurança (O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas
(ONU) é formado por 15 países, sendo que China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia são membros permanentes. Os outros dez países são eleitos pela Assembléia Geral da ONU e têm mandatos de dois anos.)
França
e Reino Unido já mostraram sua disposição de aplicar a resolução e a
iniciar o mais rápido possível as operações militares.
Por
outro lado a Itália excluiu por enquanto a possibilidade de que seus
aviões participem das operações, embora permitirá que suas bases sejam
utilizadas na operação.
Representantes
dos 28 países da Otan se reunirão nesta sexta-feira na sede da Aliança
em Bruxelas para analisar a nova situação na Líbia, uma vez que o CS
autorizou o uso da força contra o regime de Muammar Kadafi .
Com
a resolução aprovada na ONU, a Otan já conta com a base legal que
sempre tinha considerado como um requisito indispensável para intervir
militarmente na Líbia.
18/03
Novo Partido Político de Kassab se chamará PSD
Depois
de cinco meses de articulações, o prefeito de São Paulo, Gilberto
Kassab, anunciou ontem o desligamento do DEM e a criação de um novo
partido, batizado de PSD (Partido Social Democrático), com o objetivo de
se cacifar politicamente para disputar a eleição estadual de 2014.
O
anúncio despertou certa desconfiança no Palácio dos Bandeirantes, que
travou uma queda de braço tácita com o prefeito nos últimos dias para
evitar que Kassab engordasse a nova legenda com aliados do governador
Geraldo Alckmin (PSDB).
O
lançamento oficial do novo partido será na Assembleia Legislativa
paulista. Na ocasião, será feita a leitura de manifesto de fundação da
sigla. O vice-governador Guilherme Afif Domingos e o secretário de
Negócios Jurídicos da Prefeitura paulistana, Cláudio Lembo, saem do DEM
para acompanhar Kassab.
Embora
o prefeito e Afif defendam a manutenção da aliança com o PSDB no novo
partido, aliados de Alckmin veem na mudança articulação de Kassab para
entrar na base aliada da presidente Dilma Rousseff. Alguns defendem que a
secretaria de Desenvolvimento Econômico, de Afif, seja mantida com o
DEM - e, portanto, retirada do vice.
24/03
STF decide que Ficha Limpa só vale para 2012 e ''barrados'' em 2010 vão assumir
O
Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que a Lei da Ficha Limpa não
valeu nas eleições de 2010. Recém-empossado no tribunal, o ministro Luiz
Fux deu o voto decisivo para liberar os candidatos ficha-suja que
disputaram cargos em outubro do ano passado e que tinham sido barrados
de assumir mandatos com base em restrições da lei.
O
julgamento de ontem não deixou claro qual será a extensão da Lei da
Ficha Limpa em futuras eleições, se políticos serão previamente barrados
ou não. Os ministros decidiram apenas que a norma não poderia ter sido
aplicada na eleição do ano passado. Outros pontos polêmicos da lei ainda
não foram debatidos e poderão ser definidos somente nas eleições
municipais de 2012.
'O
princípio da anterioridade (aprovação de lei com pelo menos um ano de
antecedência à eleição) é um princípio ético fundamental: não mudar as
regras do jogo com efeito retroativo', disse. Mendes citou julgamento
ocorrido no passado no qual o STF concluiu que a emenda da
verticalização, que obrigava aos partidos repetir as alianças nacionais
também nos Estados, somente poderia ser aplicada um ano após a sua
publicação.
ABRIL
07/04
Massacre do Realengo
Doze
adolescentes com idades entre 12 e 15 anos foram mortos na manhã do dia
7 de abril na escola municipal Tasso da Silveira, no bairro do
Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, num ataque sem precedentes no
Brasil.
O
atirador, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, se matou após ser
confrontado por um policial militar. Outros seis adolescentes, atingidos
pelos disparos, de um total de 13 feridos, continuam internados em
hospitais da região.
O
crime comoveu o país, que nunca havia sido palco de uma tragédia em
proporções semelhantes dentro de uma escola. Nos últimos dez anos,
ataques a escolas e universidades tornaram-se comuns nos Estados Unidos,
com registros também na Europa.
MAIO
01/05
Anunciada a morte de Bin Laden
Osama
bin Laden, líder da Al-Qaeda, foi morto pelos militares
norte-americanos em um esconderijo na cidade de Abbottabad, no
Paquistão.
A
morte de Bin Laden foi anunciada pelo presidente norte-americano Barack
Obama. De acordo com a Casa Branca, o líder da Al-Qaeda resistiu à
prisão e foi baleado na cabeça e no peito. O corpo foi lançado ao mar
após um ritual religioso feito conforme a tradição islâmica. O motivo do
sepultamento no oceano seria o fato de que dificilmente algum país
aceitaria receber os restos mortais do terrorista para um funeral.
O
anúncio da morte do terrorista foi comemorado em Nova York e em
Washington, cidades alvos dos ataques do 11 de setembro. O governo dos
Estados Unidos decretou alerta máximo em bases militares e para viagens
turísticas, em vista de eventuais retaliações de radicais islâmicos.
As
consequências da morte de Bin Laden, porém, ainda são incertas. Os
seguidores do extremista em todo mundo poderão se unir em torno de sua
figura de mártir, ou então, o fim da caçada ao terrorista poderá
abreviar o término da guerra no Afeganistão, iniciada para promover sua
captura e de outros líderes da Al Qaeda.
O que é certo, dizem os analistas, é que o episódio não foi o capítulo final da luta contra o terrorismo globalizado.
A
guerra contra o terrorismo custou US$ 1,18 trilhão aos cofres
americanos, em gastos militares com duas guerras, no Afeganistão e no
Iraque.
JUNHO
04/06
MEC admite erros em livro didático e diz que vai investigar
O
Ministério da Educação (MEC) e a Controladoria-Geral da União (CGU) vão
abrir uma investigação formal para identificar os responsáveis pelo
envio do material didático destinado à educação no campo que contém
erros básicos de matemática. Em um dos exercícios, o material afirmava
que dez menos sete é igual a quatro. Os livros foram impressos e
distribuídos a alunos de instituições multiseriadas, ou seja, de séries
diferentes, de escolas públicas da zona rural do País.
Em
comunicado oficial, o MEC reconhece que "erros de diagramação,
editoração e revisão" foram constatados em fevereiro por especialistas
contratados pelo órgão. Com isso, "os professores de educação no campo
foram orientados, então, a utilizar somente livros didáticos em suas
aulas".
No
entanto, a suspensão do uso do material didático só ocorreu
quinta-feira (2), pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após
denúncia do jornal O Estado de S.Paulo, que publicou na
sexta-feira que foram gastos R$ 13,4 milhões na impressão do material
didático com conteúdo errado. Os livros foram distribuídos para cerca de
40 mil classes, que atendem 1,3 milhão de alunos.
No
segundo semestre do ano passado foram encontrados erros graves em 200
mil exemplares da coleção Escola Ativa. No total, foram impressos 7
milhões de livros da coleção. A nota oficial minimiza o erro ao afirmar
que "o programa Escola Ativa atinge a menos de 1% dos estudantes de
escolas públicas de educação básica em todo o País".
Para
analisar o material, o MEC contratou uma comissão de professores
universitários que "chegaram à conclusão de que uma nova versão do
material de apoio do programa Escola Ativa só poderá ser reutilizada
depois de uma discussão com os coordenadores do programa, no próprio
MEC".
07/06
Crise derruba Palocci e obriga Dilma a mudar governo
Vinte
e três dias depois de provocar a maior crise política no governo de
Dilma Rousseff por causa das suspeitas de enriquecimento ilícito e
tráfico de influência a partir da revelação de um significativo aumento
patrimonial nos últimos quatro anos, Antonio Palocci pediu, no dia 7 de
junho, demissão do cargo de chefe da Casa Civil. Ele será substituído
pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que toma posse nesta
quarta-feira, 8, às 17 horas, no Palácio do Planalto.
Despedida.
No final da tarde desta terça Palocci, o mais poderoso ministro do
governo de Dilma Rousseff, entregou a carta de demissão. Disse que
considerou 'robusta' a manifestação do procurador-geral da República o
que, segundo ele, confirmou a 'retidão de suas atividades profissionais
no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento,
ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta'.
No
final da curta nota, Palocci disse que preferiu solicitar o afastamento
por considerar que 'a continuidade do embate político poderia
prejudicar suas atribuições no governo'. A nota de demissão foi
protocolar, destas que costumam ser escritas quando um importante
ministro sai.
Sem mandato de deputado federal, Antonio Palocci ficará longe da cena política por algum tempo.
Distante.
Dilma também divulgou nota para anunciar a saída de Palocci. Disse que
recebeu dele uma carta com o pedido de demissão, que a aceitou e que
lamentou 'a perda de tão importante colaborador'. Destacou a 'valiosa
participação' de Palocci no governo e agradeceu aos 'inestimáveis
serviços que prestou ao governo e ao País.' Foi uma nota sem emoção,
distante.
Entre
os parlamentares do PT que defendiam Palocci e que anunciavam agora a
disposição de defendê-lo, ficava sempre uma pergunta: como explicar para
a sociedade que alguém tenha acumulado em quatro anos uma fortuna de
mais R$ 20 milhões e tenha comprado um apartamento avaliado em R$ 6,6
milhões? Aos jornalistas que faziam plantão no Palácio do Alvorada
acompanhando os rumores do dia, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria
da Presidência) deu uma resposta: 'A permanência dele (Palocci) depende
da presidente'. E Dilma preferiu mudar.
JULHO
06/07
Denúncias derrubam Nascimento e secretário assume interinamente
Três
dias após denúncias sobre um suposto esquema de propina no Ministério
dos Transportes, o ministro Alfredo Nascimento renunciou ao cargo no dia
6 de julho, e a presidente Dilma Rousseff nomeou interinamente o
secretário-executivo Paulo Passos para o comando da pasta.
Nascimento é o segundo ministro do governo Dilma a cair em meio a denúncias em apenas dois meses.
O
ministro não resistiu às novas revelações de irregularidades dentro do
ministério e que envolviam o seu Partido da República. A crise se
instalou na pasta após reportagem da revista Veja ter apontado, no fim
de semana, que dois assessores diretos do ministro teriam participado de
um esquema de propinas em obras federais.
Segundo a denúncia, o secretário-geral do PR, deputado Valdemar Costa Neto (SP), seria o responsável pelo esquema.
Nascimento,
que também foi ministro dos Transportes no governo do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, retomará sua cadeira no Senado Federal no
lugar do suplente João Pedro (PT-AM). Ele foi eleito senador pelo
Amazonas em 2006.
AGOSTO
04/08
Ex-chanceler Amorim entra no lugar de Jobim, 3º ministro a sair em 7 meses
Depois
de muita tensão política e declarações polêmicas, a presidente Dilma
Rousseff aceitou no dia 4 de agosto o pedido de demissão do ministro da
Defesa, Nelson Jobim. Jobim foi substituído por Celso Amorim,
ex-ministro de Relações Exteriores no governo Lula
Depois
de um dia marcado por muita tensão política, a presidente Dilma
Rousseff aceitou ontem à noite o pedido de demissão do ministro da
Defesa, Nelson Jobim. Trata-se do terceiro integrante do primeiro
escalão a cair em sete meses de governo. Jobim será substituído por
Celso Amorim, que foi ministro de Relações Exteriores no governo Lula.
A
gota d'água para a queda de Jobim foram as críticas feitas por ele às
ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações
Institucionais), publicadas na revista Piauí, que circulou ontem. 'Ou
você pede para sair ou eu saio com você', disse Dilma a Jobim, por
telefone, pouco depois das 15 horas.
Na
reportagem da Piauí, o titular da Defesa qualificou Ideli Salvatti como
'fraquinha' e disse que Gleisi Hoffman nem sequer conhecia Brasília.
Afirmou, ainda, que o governo tinha feito muita 'trapalhada' na
negociação sobre a Lei de Acesso à Informação e o debate sigilo eterno
de documentos ultrassecretos.
Nas
últimas semanas, gestos e declarações de Jobim azedaram a relação com o
governo, sobretudo por ter admitido que votou em José Serra (PSDB) em
2010 e ter feito críticas à condução política da administração de Dilma.
Jobim era mais um ministro herdado do governo Lula. Os outros dois que
saíram foram Antonio Palocci (Casa Civil) e Alfredo Nascimento
(Transportes).
Dilma
estava muito irritada com o fato de Jobim ter se encontrado com ela na
quarta-feira, em audiência, e não ter falado nada sobre suas opiniões a
respeito das ministras - ambas da cota pessoal de Dilma. No mesmo
encontro, Jobim deu explicações sobre declarações que soaram mal no
governo e saiu dizendo que era ministro 'por prazer'. Na noite da
quarta, logo depois de saber que trechos da revista seriam publicados no
dia seguinte, Jobim ligou para Ideli e falou da reportagem, feita há
cerca de um mês. Insistiu que as palavras dele estavam 'fora de
contexto'.
05/08
Standard and Poor's rebaixa nota dos EUA pela 1ª vez na história
Nota passou de 'AAA' para 'AA+'.
A
agência de avaliação de risco financeiro Standard and Poor's (S&P)
reduziu nesta sexta-feira (5) a nota da dívida pública dos Estados
Unidos, algo inédito na história. A qualificação do crédito americano de
longo prazo passou da nota máxima "AAA" para "AA+", diante da crescente
dívida e do pesado déficit no orçamento.
A
S&P também assinalou a "perspectiva negativa" da nova
classificação, afirmou a S&P em comunicado, um sinal de que outro
rebaixamento da nota é possível nos próximos 12 a 18 meses.
"O
rebaixamento reflete nossa opinião de que o plano de consolidação
fiscal com que o Congresso e o governo concordaram recentemente fica
aquém do que, em nossa visão seria necessário para estabilizar a
dinâmica de médio prazo da dívida. Mais amplamente, o rebaixamento
reflete nossa visão de que a eficácia, a estabilidade e a
previsibilidade das instituições políticas e formuladoras de políticas
dos EUA enfraqueceram, num momento de desafios ficais e econômicos, a um
grau que prevíamos quando atribuímos uma perspectiva negativa para o
rating, em 18 de abril de 2011", disse a S&P.
"Desde
então, mudamos nossa visão das dificuldades para a superação das
divergências entre os partidos políticos quanto à política fiscal, o que
nos torna pessimistas quanto à capacidade do Congresso e do governo de
alavancarem seu acordo, esta semana, para um plano de consolidação
fiscal que estabilize a dinâmica da dívida do governo em algum momento
próximo", prossegue o relatório.
A
decisão veio depois de uma batalha amarga no Congresso sobre o corte de
gastos e o aumento de impostos para reduzir a dívida norte-americana e
permitir que o limite de endividamento legal fosse elevado.
Em
2 de agosto, o presidente dos EUA, Barack Obama, sancionou a lei
designada a reduzir o déficit fiscal em US$ 2,1 trilhões ao longo de dez
anos.
Os títulos do Tesouro dos EUA - conhecidos com Treasuries,
uma vez vistos como o investimento mais seguro do mundo, estão
classificados agora abaixo de títulos emitidos por países como
Grã-Bretanha, Alemanha, França ou Canadá.
A S&P atribui aos Estados Unidos a classificação "AAA" desde 1941.
No
dia em que o presidente Barack Obama sancionou o acordo que elevava o
teto da dívida americana, as outras agências de risco - Moody's e Fitch -
mantiveram a classificação máxima para a nota de crédito dos EUA. A
Moody's, porém, acrescentou uma "perspectiva negativa" para a nota.
17/08
Wagner Rossi é o quarto ministro a deixar o governo Dilma em oito meses
O
ministro da Agricultura, Wagner Rossi, enviou carta de demissão à
presidente Dilma Rousseff, no dia 17 de agosto, após a Polícia Federal
anunciar investigação sobre as denúncias contra a pasta.
O
ministro da Agricultura, Wagner Rossi, enviou carta de demissão à
presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, 17, após a Polícia
Federal anunciar investigação sobre as denúncias contra a pasta. Depois
de Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes) e
Nelson Jobim (Defesa), Rossi é o quarto ministro a sair do governo em
oito meses.
A
relação do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, com o lobista Júlio
Fróes - que teria atuado durante meses dentro do ministério - será
investigada pela Polícia Federal. Um inquérito foi aberto na
segunda-feira, 15, e o ex-presidente da Comissão de Licitação do
ministério Israel Batista já prestou depoimento. Dentre as denuncias que
surgiram na imprensa contra o ministério, estão o uso eleitoral da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e suposto tráfico de
influência.
Além
disso, o jornal Correio Braziliense denunciou que Rossi teria utilizado
um avião de uma empresa que depende de autorizações do Ministério da
Agricultura para vender seus produtos. A Ourofino Agronegócio trabalha
com agrotóxicos, sementes e saúde animal e colocou à disposição do
ministro e de seu filho Baleia Rossi (PMDB-SP), deputado estadual, um
avião Embraer Phenon 100 avaliado em US$ 7 milhões.
SETEMBRO
11/09
10 anos do 11 de Setembro
Muito
provavelmente este não era nem o local nem o momento ideal para se
identificar o estado de uma nação que, dez anos depois do pior ataque
terrorista de sua história, tenta se recuperar de uma crise econômica de
proporções gigantescas, causada em grande parte pelo endividamento
gerado pelas invasões do Iraque e do Afeganistão. Mas as centenas de
familiares das vítimas do 11 de setembro de 2001, reunidas em uma
cerimônia histórica no Marco Zero, onde ficavam a Torres Gêmeas,
aplaudiram enfaticamente o ex-presidente George W. Bush e o ex-prefeito
Rudy Giuliani, ambos republicanos, enquanto o presidente Barack Obama e o
atual prefeito Michael Bloomberg foram recebidos friamente.
14/09
Em 5 minutos, Dilma aceitou carta de demissão de Novais
Furiosa
com a sucessão de denúncias envolvendo o ministro do Turismo, Pedro
Novais, a presidente Dilma Rousseff conversou no dia 14 de setembro com
ele por apenas cinco minutos, no Palácio do Planalto, quando recebeu sua
carta de demissão. Apenas o vice-presidente Michel Temer presenciou o
encontro, no qual Novais alegou ter sido 'vítima de calúnias e
difamações'
Na
carta, porém, o ministro só agradeceu a confiança de Dilma. Ao
contrário do ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi - que caiu no mês
passado e saiu acusando um 'importante político' por sua desgraça -,
Novais apresentou um texto curto e formal. Não explicou as denúncias que
pesam contra ele nem disse que iria se defender.
Dilma
segurou Novais enquanto pôde, para não abrir nova crise de
relacionamento com o PMDB, mas avisou Temer, ainda na terça-feira, que o
partido precisava encontrar rapidamente outro nome para o Turismo. 'A
situação é insustentável', afirmou. Ela também conversou na quarta, por
telefone, com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Novais
também havia pago salários de uma governanta de sua casa com dinheiro
público, por sete anos, quando era deputado. O que mais irritou Dilma
foi o fato de Novais continuar cometendo irregularidades quando já
estava no ministério.
No
mês passado, o Turismo foi alvo de operação da Polícia Federal, que
investigou desvios de recursos na pasta e prendeu 36 pessoas, entre elas
o secretário executivo Frederico Costa. Em dezembro, antes da posse de
Dilma, o Estado revelou que Novais havia pago despesas de motel com
verba da Câmara.
18/09
Ocupe Wall Street
Centenas
de manifestantes passaram a primeira noite de "ocupação" perto de Wall
Street, em Nova York, para protestar contra a cobiça, a corrupção e os
cortes orçamentários nos Estados Unidos
OUTUBRO
20/10
Muammar Kadafi foi capturado e morto em Sirte
Muammar
Kadafi, o coronel que liderou a Líbia durante 42 anos até ter seu
governo posto em xeque a partir das revoltas originadas no país durante a
Primavera Árabe, foi morto em um confronto na cidade de Sirte nesta
quinta-feira. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo
primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mahmoud
Jibril. "Esperávamos havia muito tempo por este momento. Muammar Kadafi
foi morto", afirmou à agência AP.
"Confirmamos
que todos os males, mais Kadafi, desapareceram deste amado país. Acho
que os líbios precisam perceber que é hora de começar uma nova Líbia,
uma Líbia unida, um povo, um futuro", disse.
"Nós
anunciamos ao mundo que Kadafi foi morto pelas mãos da revolução",
declarou o porta-voz do CNT, Abdel Hafez Ghoga, à AFP. "É um momento
histórico. É o fim da tirania e da ditadura. Kadafi encontrou seu
destino”.
Na
Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que
o povo líbio saiu vencedor de sua revolução após a morte de Kadafi.
Obama disse que os Estados Unidos estarão ao lado da Líbia para a
construção de um futuro digno.
O
presidente americano também disse que a morte de Kadafi marca o fim de
um "longo e doloroso capítulo para o povo líbio" e é um grande momento
na história do país. "A sombra negra da tirania desapareceu", disse.
Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.
26/10
Orlando Silva deixa Ministério do Esporte
Orlando
Silva anunciou nesta quarta-feira sua saída do cargo de ministro do
Esporte após não resistir a denúncias de que comandaria um esquema de
desvio de recursos na pasta.
Uma
fonte do Planalto disse sob condição de anonimato que Dilma deve
decidir sobre um substituto nas próximas 24 horas e que a tendência é a
pasta permanecer sobre controle do PCdoB, partido de Silva.
'Eu decidi sair do governo para que possa defender a minha honra', disse ele a jornalistas após se reunir com Dilma.
O
agora ex-ministro voltou a rejeitar as acusações e disse que não serão
apresentadas provas contra ele, e disse que 'em questão de poucos dias,
poucas semanas, a verdade vira à tona'.
Orlando
Silva se torna o sexto ministro de Dilma a cair desde junho, o quinto
em meio a denúncias de irregularidades e o quarto ministro herdado do
governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a deixar o cargo.
A nova baixa na Esplanada, assim como as anteriores, não devem, no entanto, impactar negativamente na popularidade de Dilma.
'Neste
momento, a forma que essa questão tem sido colocada, que tem sido
interpretada pelos veículos de comunicação, está sendo positivo para o
governo',.
'Está
sendo construída uma imagem de que ela (Dilma) tem uma resposta mais
rápida a essas questões envolvendo o mau uso de dinheiro público.
Evidentemente que se isso persistir, pode acabar gerando uma visão
negativa.'
Há
mais de uma semana Orlando Silva vinha tendo de responder a acusações,
feitas pelo policial militar João Dias Ferreira, de que comandaria um
esquema em que organizações não-governamentais que firmam convênios com o
ministério teriam de pagar até 20 por cento dos valores dos contratos a
pessoas ligadas ao PCdoB.
Ele
rebateu as acusações em depoimentos durante audiências na Câmara e no
Senado e argumentou que as denúncias do policial militar foram uma
represália à decisão do ministério de romper convênios firmados com ONGs
dirigidas por João Dias e de exigir a devolução dos recursos pagos,
pois os acordos não teriam sido cumpridos.
A
queda do ministro do Esporte acontece em um momento em que o governo
federal trava uma disputa com a Fifa, entidade que comanda o futebol
mundial, e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo sobre a Lei Geral
da Copa, que dispõe sobre normas referentes ao Mundial de 2014, que
será no Brasil, como preço de ingressos e proteção às marcas de
patrocinadores, por exemplo.
Entre
os pontos envolvidos nesta queda de braço estão a concessão de meia
entrada em jogos do Mundial em alguns casos previstos em lei e a
proibição da venda de bebidas alcoólicas em estádios. A Fifa se opõe a
essas medidas, mas o governo se recusa a suspender leis vigentes no país
durante o torneio.
Além
da disputa com a Fifa, a queda do ministro do Esporte é mais uma das
preocupações em torno da Copa e da Olimpíada de 2016. Algumas obras de
estádios e de infraestrutura --como as de mobilidade urbana e de
aeroportos-- estão atrasadas, e críticos questionam o alto volume de
recursos públicos envolvido na realização dessas competições.
Além
de Orlando Silva, já deixaram o ministério de Dilma em meio a denúncias
de irregularidades Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento
(Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo).
Nelson Jobim (Defesa) saiu do governo após a divulgação de entrevista em
que fez críticas a colegas de gabinete.
26/10
ONU divulga projeção sobre população mundial
A
população mundial está crescendo em uma velocidade jamais vista e vai
chegar a 7 bilhões no dia 31 de outubro, segundo a ONU. Em 2050, este
número deve alcançar 9,3 bilhões.
Alguns
dos fatores que contribuem para o rápido aumento populacional são a
alta taxa de natalidade em alguns países e a maior longevidade da
população. Hoje, 893 milhões de pessoas tem mais de 60 anos.
Até
a metade deste século, segundo a ONU, este número vai praticamente
triplicar, chegando a 2,4 bilhões. A expectativa de vida média atual é
de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950.
População envelhecida
Na
Grã-Bretanha, o número de pessoas com mais de 85 anos mais do que
dobrou entre 1985 e 2010 para 1,4 milhão, enquanto o percentual de
pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período,
segundo estatísticas oficiais.
Baby boom
Já
na Zâmbia, no sul da África, a grande questão para o governo é o
altíssimo número de nascimentos. Com uma população de 13 milhões de
pessoas, as estimativas são de que esse número triplique até 2050 e
chegue a 100 milhões até o fim do século, fazendo com que o país tenha
uma das populações mais crescem no planeta.
Enquanto a fertilidade global caiu de cinco para 2,5 crianças desde 1950, as mulheres de Zâmbia tem seis filhos, em média.
Segundo
a ONU, que divulga nesta quarta-feira um relatório sobre o Estado da
População Mundial, é preciso mais planejamento e investimento nas
pessoas para lidar com a crescente população mundial e suas
consequências - a necessidade por mais alimentos, água e energia e a
maior produção de lixo e poluição.
"Permitindo
que as pessoas melhores suas próprias vidas, podemos apoiar cidades
sustentáveis, que sirvam como catalisadoras para o progresso, forças de
trabalho produtivas que estimulem o crescimento econômico, populações
jovens que contribuam para o bem-estar das economias e sociedades, e uma
geração de pessoas idosas saudáveis, que estejam ativamente envolvidas
nas questões sociais e econômicas de suas comunidades."
27/10
Para Israel, adesão da Palestina à Unesco afasta chances de acordo de paz; Brasil apoia decisão
A
admissão da Palestina à Unesco ( Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura) como Estado membro afata as perspectivas de
um acordo de paz, afirmou nesta segunda-feira o governo israelense, ao
condenar "a manobra unilateral" palestina.
"Israel
rejeita a decisão da Assembleia Geral da Unesco (...) aceitando a
Palestina como Estado membro da organização", indica um comunicado do
ministério das Relações Exteriores, ao estimar que "se trata de uma
manobra palestina unilateral que não mudará nada no terreno, mas que
afasta a possibilidade de um acordo de paz".
Após
a adesão da Palestina, Israel declarou que irá mudar sua política de
cooperação com a Unesco. "Após esta decisão, o Estado de Israel
considerará seus próximos passos sobre a cooperação com a organização",
adverte ainda a nota.
O
ministério diz que a posição israelense é em prol do diálogo como a
única via para conquistar a paz, e que ele deve acontecer sem condições
preliminares, incluindo a exigência palestina de suspender o crescimento
das colônias de judeus em seu território.
"A
estratégia palestina na Unesco e os passos similares em outros
organismos da ONU supõe uma rejeição dos esforços da comunidade
internacional para avançar no processo de paz", diz a nota, que agradece
aos países que se opuseram ao pedido palestino.
Israel
também declarou sua decepção pelo fato de que a União Europeia não
conseguiu alcançar uma posição unificada nesta questão.
Os
países que votaram sim "adotaram uma versão de ficção científica da
realidade ao admitirem um Estado que não existe nesta organização
encarregada da ciência... A Unesco deve se preocupar com a ciência e não
com a ficção científica", disse o embaixador israelense, Nimrod Barkan.
A
admissão da Palestina como membro número 195 da Unesco o foi ovacionada
pelos participantes da Conferência Geral da Unesco. Foram registrados
107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções.
Votaram
a favor do ingresso, entre outros, Brasil, Índia, China, Espanha e
França, enquanto Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Israel rejeitaram e
se abstiveram o Reino Unido, Colômbia, Japão e México.
Governo brasileiros parabeniza Palestina
O
governo do Brasil parabenizou o Estado da Palestina por sua admissão
como membro da Unesco. Em nota divulgada pelo Ministério das Relações
Exteriores, o governo destaca a primeira vitória obtida pelos palestinos
em um órgão ligado à ONU.
“O
governo brasileiro felicita a Palestina por sua admissão como membro
pleno da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura [Unesco]”, diz o comunicado. “Com o resultado, a Palestina
torna-se o 195º Estado-Membro da Unesco – primeira agência especializada
do sistema das Nações Unidas a admitir a Palestina como membro pleno."
Em
setembro, na 66ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova
York, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud
Abbas, obteve a principal sinalização da comunidade internacional em
favor do reconhecimento do Estado da Palestina. Vários líderes mundiais,
inclusive a presidente Dilma Rousseff, defenderam o direito de os
palestinos terem seu país.
28/10
Após vazamento, Ministério Público Federal no Ceará pede anulação total ou parcial do Enem 2011
O
Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) encaminhou à Justiça
Federal ação civil pública pedindo a anulação das provas do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicadas no último fim de semana. Outra
opção dada pelo procurador da República Oscar Costa Filho é que sejam
anuladas apenas as questões que vazaram da fase de pré-teste do Enem por
meio de apostila distribuído pelo Colégio Christus, de Fortaleza.
O
pedido do MPF-CE, em caráter liminar, ocorreu após a notícia de que
estudantes do colégio cearense receberam uma apostila, semanas antes da
prova do Enem, que continham 14 questões que foram cobradas no exame.
Esses itens fizeram parte do pré-teste do Enem, do qual os alunos do
Christus participaram em outubro de 2010.
O
pré-teste é feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep) para avaliar se as questões em análise são válidas e
qual é o grau de dificuldade. Os cadernos de questões do pré-teste
deveriam ter sido devolvidos após a aplicação e incinerados pelo Inep. A
Polícia Federal investiga se houve fraude na aplicação do pré-teste.
De
acordo com o procurador, como os alunos tiveram acesso antecipado às
questões, o exame deveria ser anulado porque houve violação do princípio
da isonomia. A decisão do Ministério da Educação (MEC), divulgada ontem
(26), foi de que as provas dos alunos do Christus serão canceladas e
eles terão uma nova chance de fazer o Enem no final de novembro.
O
MEC informou que vai recorrer, caso a ação seja aceita pela Justiça.
Segundo a pasta, o procurador do ministério, Mauro Chaves Filho, e a
Advocacia-Geral da União vão reagir à ação “com a procuração de mais de 4
milhões de estudantes que não tiveram problema com a prova”.
NOVEMBRO
08/11
Vazamento do Pré-Sal na Bacia de Campos
O
vazamento de milhares de litros de petróleo na Bacia de Campos, no Rio
de Janeiro, evidenciou o quanto o governo brasileiro está despreparado
para lidar com acidentes dessa natureza.
O
acidente aconteceu no Campo do Frade, localizado a 120 km do litoral
fluminense, no dia 8 de novembro. Ainda não se sabe ao certo a extensão
do desastre e nem o impacto à biodiversidade marinha e à pesca na
região.
A
multinacional Chevron do Brasil, que explora o campo, assumiu a
responsabilidade pelo derramamento de óleo. No dia 23 de novembro, a ANP
(Agência Nacional do Petróleo) determinou a suspensão das atividades da
empresa no país até que sejam explicadas as causas e identificados os
responsáveis pelo acidente.
A
ANP também negou o pedido de abertura de um novo poço no Campo do
Frade, que teria como objetivo atingir a camada pré-sal. A empresa
americana explora 12 poços na Bacia de Campos e produz 79 mil barris
diários.
A
Chevron já recebeu multas de R$ 50 milhões e de R$ 100 milhões,
aplicadas, respectivamente, pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e pela ANP. O Estado do Rio
de Janeiro também entrou com uma ação civil pública para pedir
indenizações de R$ 100 milhões.
Especialistas,
no entanto, acham baixos os valores das multas: para as empresas,
dizem, é mais barato correr o risco de poluir o ambiente do que investir
em equipamentos caros de prevenção.
Para
se ter uma ideia, o valor da multa do Ibama representa menos de 1% do
plano de investimento de US$ 5 bilhões da Chevron no país, no prazo de
dez anos.
O
desastre aconteceu durante a perfuração de um poço de petróleo no fundo
do mar. Segundo a petroleira, o derramamento durou quatro dias ? o poço
começou a ser fechado dia 13 ?, e o óleo que continua vazando é
?residual? (20 barris de petróleo por dia).
A
mancha de óleo se estendeu por uma área de 163 quilômetros quadrados, o
equivalente a 16,3 mil campos de futebol. No último dia 22, a ANP
informou que a mancha havia sido reduzida a dois quilômetros quadrados.
O
volume vazado seria o correspondente a 2,4 mil barris (381,6 mil
litros), de acordo com a Chevron. Dezenas de espécies de baleias,
golfinhos e pequenos cetáceos que usam a Bacia de Campos como rota de
migração podem ser afetados pelo óleo.
Em
janeiro de 2000, 1,3 milhão de litros de óleo vazaram na Refinaria
Duque de Caxias, da Petrobras, na Baía de Guanabara. Em julho do mesmo
ano, outros 4 milhões de litros de óleo cru foram derramados da
Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária (PR).
Despreparo
A
Bacia de Campos possui as maiores reservas de petróleo do Brasil e
responde por 80% de toda a produção nacional do minério. Há quatro anos
foi anunciada as descoberta de uma imensa reserva na camada pré-sal, o
que tornaria o Brasil um dos principais produtores e exportadores
mundiais de petróleo e derivados.
Há
hoje 140 plataformas marítimas em atividades nas bacias de Campos,
Santos e Espírito Santo, a maioria pertencente à Petrobras.
O
vazamento no Campo do Frade serviu de alerta para a falta de
fiscalização e de preparo do Estado em prevenir e conter desastres
ambientais provocados por derramamento de óleo, na exploração de
petróleo na camada pré-sal.
Como o pré-sal fica distante da costa, medidas de segurança envolvem custos mais altos e complexa logística na sua adoção.
No
ano passado, após o desastre ocorrido no Golfo do México, um dos
maiores vazamentos do mundo, o governo brasileiro se comprometeu em
criar um Plano Nacional de Contingência para Derramamento de Óleo.
O
objetivo do plano seria preparar uma estratégia de contenção de
vazamentos de grandes proporções, evitando a degradação ambiental,
contaminação da fauna e da flora marinhas e prejuízos à pesca e turismo.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o projeto está em fase de
conclusão e será enviado ao Congresso para ser votado.
12/11
Berlusconi anuncia renúncia após derrota no Parlamento
O
primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou sua renúncia no
dia 12 de novembro, ao sofrer uma humilhante derrota parlamentar,
depois de uma rebelião partidária que o privou da maioria.
Em
carta ao presidente Giorgio Napolitano, Berlusconi confirmou que
deixará o cargo assim que o Parlamento aprovar reformas orçamentárias
urgentes, conforme exigiu a União Europeia depois de a Itália virar a
'bola da vez' da crise da dívida na zona do euro.
Berlusconi
já estava encurralado havia várias semanas. Ele enfrentava uma série de
escândalos sexuais, acusações de corrupção e rompimento com aliados,
mas foi a situação econômica que determinou sua queda.
Governando
a Itália pela terceira vez desde 1994, Berlusconi tentou até o final se
reaproximar da ala rebelde do partido PDL para se manter no poder. Sua
irritação com a perda da maioria ficou expressa por uma foto que flagrou
as palavras '8 traidores' no seu bloco de anotações após o anúncio do
resultado da votação parlamentar.
A
taxa de juros na Itália vinha disparando, contribuindo para as sérias
preocupações de que a zona do euro pode não ser capaz de sobreviver caso
a sua terceira maior economia precise declarar uma moratória.
O
valor pago pelos títulos italianos com vencimento em dez anos chegou
nesta terça-feira a 6,74 por cento acima do valor de face, mas recuou em
seguida. Analistas dizem que a Itália estava chegando ao mesmo estágio
em que Portugal, Grécia e Irlanda se viram obrigados a pedir socorro.
Mas,
no caso da Itália, isso poderia ser impraticável. 'É difícil ver que
nós, na Europa, temos recursos para levar um país do tamanho da Itália
para um programa de resgate', disse o primeiro-ministro finlandês, Jyrki
Katainen, ao Parlamento do seu país.
Com
o 'spread' (diferença) entre os títulos italianos e alemães chegando a 5
por cento -- um sinal do risco adicional que envolve os papéis da
Itália --, a dirigente empresarial local Emma Marcegaglia declarou: 'Não
podemos continuar assim por muito tempo'.
Analistas
dizem que os juros atuais, se forem mantidos, eliminarão a economia
orçamentária prevista como parte de um doloroso programa de austeridade.
Mesmo
sem Berlusconi, não há garantias de que reformas destinadas a reduzir a
dívida e estimular o crescimento serão implementadas rapidamente, e o
alívio dos mercados com a notícia da renúncia dele pode ser passageiro.
23/11
Iêmen nomeia líder da oposição como primeiro-ministro
O
vice-presidente do Iêmen nomeou o líder da oposição Mohammed Basindwa
como o novo primeiro-ministro interino, sob um acordo para encerrar
meses de protestos que abalaram o país. O presidente Ali Abdullah Saleh
se tornou o quarto governante árabe derrubado por revoltas populares que
estão remodelando o cenário político do Oriente Médio e norte da
África.
O
vice-presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi nomeou Basindwa em um decreto
divulgado pela agência Saba. O anúncio aconteceu depois que na
sexta-feira partidos da oposição escolheram Basindwa, chefe de uma
aliança que liderou meses de protestos contra Saleh, para formar um novo
governo.
'Um
decreto presidencial publicado hoje... determina Mohammed Salem
Basindwa para formar um governo de unidade nacional', disse a Saba.
Basindwa,
que foi ministro das Relações Exteriores entre 1993-1994, tem a missão
de formar o novo governo sob o acordo assinado em Riad na última
quarta-feira, quando Saleh transferiu os poderes para seu vice para
resolver a crise resultante de 10 meses de manifestações pró-democracia.
DEZEMBRO
04/12
Carlos Lupi pede demissão do Ministério do Trabalho
O
ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo em função
das denúncias de corrupção. 'Faço isto para que o ódio das forças mais
reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não
contagie outros setores do Governo', afirma em nota divulgada no Blog do
ministério. Lupi diz que o pedido de demissão, feito hoje à presidente
Dilma Rousseff, é de caráter irrevogável. 'Saio com a consciência
tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante
por acreditar que a verdade sempre vence', diz a nota. Lupi diz que
pediu demissão em função da perseguição política e pessoal da mídia há
dois meses sem direito de defesa e sem provas.
08/12
Crise na Grécia se agrava após pedido de referendo
O
primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, enfrentava pedidos por
sua renúncia dentro do próprio partido nesta terça-feira, depois de
convocar um referendo sobre o acordo de ajuda externa fechado na semana
passada.
Um
proeminente parlamentar do Partido Socialista de Papandreou deixou o
cargo, enquanto outros dois disseram que a Grécia precisa de um governo
de união nacional seguido de eleições antecipadas, algo também exigido
pela oposição. Os líderes de Alemanha e França lutavam para limitar os
danos da crise para a zona do euro. Outros políticos europeus
expressaram incredulidade com o anúncio que surpreendeu a todos,
inclusive o próprio ministro das Finanças de Papandreou.
Executivos
gregos expressavam desespero sobre como o país está sendo administrado e
os mercados especulavam se a Itália será o próximo país a entrar na
crise de dívida. Jean-Claude Juncker, que preside as reuniões de
ministros das Finanças da zona do euro, não quis descartar a
possibilidade de um calote grego. "O primeiro-ministro grego tomou essa
decisão sem discuti-la com seus colegas europeus", disse ele em
Luxemburgo. Perguntado se um "não" no referendo significaria bancarrota
para a Grécia, Juncker respondeu: "Eu não posso descartar que este seria
o caso, mas depende de como exatamente a questão é formulada e do que o
povo grego votará sobre sobre o referendo".
Renúncias
Papandreou disse que precisava de mais apoio político para os cortes orçamentários e as reformas estruturais exigidas pelos credores internacionais. Mas seus problemas aumentaram drasticamente. Uma reunião de governo deve ser realizada nesta terça-feira. A parlamentar Milena Apostolaki deixou o cargo, reduzindo a maioria de Papandreou para apenas 152 assentos de 300 antes de um voto de confiança.
Papandreou disse que precisava de mais apoio político para os cortes orçamentários e as reformas estruturais exigidas pelos credores internacionais. Mas seus problemas aumentaram drasticamente. Uma reunião de governo deve ser realizada nesta terça-feira. A parlamentar Milena Apostolaki deixou o cargo, reduzindo a maioria de Papandreou para apenas 152 assentos de 300 antes de um voto de confiança.
Repercussão
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, conversará com a chanceler alemã, Angela Merkel, nesta terça-feira. Enquanto isso, o humor azedava na Grécia sobre a ideia de referendo. "Eles devem estar loucos. Isso não é jeito de se administrar um país", disse o executivo sênior de uma das maiores empresas da Grécia, que não quis ser identificado.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, conversará com a chanceler alemã, Angela Merkel, nesta terça-feira. Enquanto isso, o humor azedava na Grécia sobre a ideia de referendo. "Eles devem estar loucos. Isso não é jeito de se administrar um país", disse o executivo sênior de uma das maiores empresas da Grécia, que não quis ser identificado.
Pela
zona do euro, políticos reclamavam, dizendo que Atenas está tentando
estragar o pacote de resgate. Eles se preocupam menos sobre o destino da
Grécia e mais sobre as possíveis consequências para a união monetária
após o referendo. Um parlamentar alemão sugeriu que a zona do euro pode
deixar Atenas à deriva, cortando sua ajuda financeira e permitindo que a
nação dê calote em suas dívidas enormes. "Para mim, isso faz parecer
que alguém está tentando escapar do que foi combinado, uma coisa
estranha a se fazer", disse Rainer Bruederle, líder na coalizão de
Merkel.
Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.
A
primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou
340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB.
Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram
inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção
por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento
econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes
economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.
Um
fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e
pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da
região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes
de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas
pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra
os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de
impostos.
Os
Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de
US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de
maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como
receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando
normalmente. O governo, então, passou por um longo período de
negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo
(2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na
ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência
Standard & Poor's retirou a nota máxima (AAA) da dívida americana.
11/12
Em plebiscito, eleitor do Pará rejeita criação de Estados, mas expõe divisão
O
'não' à divisão do Pará foi a opção vitoriosa no plebiscito realizado
ontem, no qual os eleitores foram consultados sobre a formação de dois
novos Estados. Com 99,7% das urnas apuradas, os contrários à criação de
Tapajós (região oeste) tinham 66% dos votos. Os que se opuseram a
Carajás (sul) chegaram a 67%.
A
vitória por larga margem da frente que defende a manutenção do atual
território esconde diferenças regionais marcantes. A proposta de divisão
foi abraçada com entusiasmo pelos eleitores das áreas que poderiam se
separar. Em Santarém, principal cidade da região oeste do Estado, a
criação de Tapajós teve quase 99% dos votos. Em Marabá, a frente
pró-Carajás conquistou 93% dos eleitores.
Mas
essas duas cidades, juntamente com as demais das regiões separatistas,
concentram apenas 35% do eleitorado paraense - ou seja, na prática, a
consulta foi decidida pelos 65% que estão em Belém ou áreas próximas e
que, durante a campanha, demonstraram contrariedade com a perda de
território e recursos naturais resultante de uma eventual divisão. Na
capital, o 'não' conquistou 95% do eleitorado.
Após
a confirmação do resultado, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB),
contrário a criação dos novos Estados, reconheceu a legitimidade das
reivindicações dos separatistas por mais investimentos, principalmente
em saúde e educação.
17/12
Morre o Ditador norte-coreano Kim Jong-il
O
ditador norte-coreano Kim Jong-il, morto no dia 17 de dezembro,
transformou seu país em uma potência militar que, nos últimos cinco
anos, ameaçou o planeta com um programa nuclear com fins militares. A
dinastia de Jong-il comanda há meio século a Coreia do Norte, um dos
países mais pobres e fechados do mundo.
A
notícia da morte de Jong-il levou apreensão aos países vizinhos na
Ásia. A Coreia do Norte continua tecnicamente em guerra com a vizinha
Coreia do Sul, quase 60 anos após assinado o armistício (cessar-fogo).
Por
conta do risco de instabilidades na transição de poder, a Coreia do Sul
colocou suas Forças Armadas em estado de alerta máximo, e afirmou que a
vizinha do Norte fez testes com mísseis, logo depois do comunicado da
morte do ditador.
O Partido Trabalhista anunciou que o filho mais novo do ditador, Kim Jong-un, substituiu o pai no cargo.
Muito Massa o seu blog Professor, meus PARABÉNS!!!
ResponderExcluirobrigada por compartilhar um pouco do seu conhecimento conosco.
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