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Uma reflexão sobre a morte e a efemeridade da vida. (Por Gesiel de Souza Oliveira)

Como ladrão,sem avisar, a morte chega. Sempre naquela hora em que menos esperamos. Morrer é algo que nem quem vai, nem quem fica estão preparados para compreender. Uma hora estamos entre todos, outra hora estamos distante para sempre de todos. Não há rico, pobre, inteligente, famoso, influente, politico, empresario, trabalhador, mendigo, ninguém escapa desse encontro. Mais cedo ou mais tarde ela virá nos encontrar. Todos nós, alguns vivendo muito ou pouco, de causas naturais, sem culpa ou intencionalmente, mas ela nos encontrará um dia. Você acabou de ser promovido, tem planos para sua carreira, fez uma consignação no contra-cheque para comprar um carro do ano ou a casa dos seus sonhos, precisa fazer algo que deixou pendurado de ontem, pagar um conta, deixar os filhos na escola, e no meio do trajeto da rotina desgastante, em uma tarde ensolarada, MORRE. Como assim? Perguntam atônitos os que ficam. Aí ficam algumas indagações sem respostas: E a promessa de ensinar o filho a andar de bicicleta? A promessa da viagem com esposa? E aquele sorvete com os filhos que foi remarcado por causa da reunião inadiável?. É a morte, ela chegou! De que valeram tantos anos de dedicação ao trabalho árduo? De que valeu acumular tanto dinheiro, fama, influência e poder? 
Há ainda os que escolhem a hora de partir, movidos irracionalmente pela depressão, decepção, desilusão, sem a felicidade que o dinheiro não comprou. Muitas vezes estão cheio de dinheiro mas vazio de felicidade, que é a essência que move nossas vidas. Aí todo mundo sempre faz a mesma pergunta: POR QUE? Como se isso fosse ajudar a explicar alguma coisa, como se a morte tivesse uma causa apenas. Há uma mistura de fatores que deixam mais dúvidas que lembranças nesses casos. Mas a ordem natural das coisas ia tão bem na sua vida: Emprego, relacionamento, amor, casamento, filhos, lar, estabilidade. Em um piscar de olhos tudo se esvai. Num acidente na esquina, num AVC na flor da idade de uma vida sedentária ou não, numa doença que ninguém esperava ou nas mãos de um assaltante. Sempre fazemos a mesma pergunta: "POR QUE"? Morrer é uma interrupção abrupta que nós nunca estaremos prontos para entender. Obriga você a se retirar no melhor da vida sem sequer se despedir de ninguém, sem ter construído a casa dos teus sonhos, sem dar tempo de rever aquele filme que te emociona ao lado de quem você ama. Antes dela chegar você deixou em casa a sandália embaixo da cama, a escova de dente naquele lugar de sempre, e também algumas contas a pagar. Como a vida nos apronta uma pegadinha como essa? Você segue sem saber se vai chegar o seu destino, começa um projeto sem ter a certeza que vai concluí-lo, diz que é feliz, mas esconde a infelicidade atrás de um "sorriso pré-moldado". Malha todo dia e morre numa segunda de manhã. 

Queremos sempre viver bem a vida, mas não temos prioridades. Na correria não conseguimos distinguir trabalho, lazer, tempo pra família. Morrer desfaz a ordem natural dos nossos planos. Morrer é um momento inescapável que marca nossa saída deste plano e petrifica ou não nossas lembranças a partir daí. Quem vive esperando o futuro pra ser feliz, perde a felicidade de cada momento da vida e do presente, preso às amarguras do passado e impedindo a felicidade do amanhã. Não deixe que os traumas do passado lhe impeçam de agarrar as novas oportunidades de ser feliz que a vida lhe dá. Esse é o grande mistério da vida: A capacidade de recomeçar, de se recompor, e seguir adiante depois de cada decepção. O melhor mesmo é fazer agora, é começar agora, ou mesmo recomeçar, pois deixar pra amanhã não tem garantia nenhuma. A vida bem vivida não é aquela orientada pela aparência, dinheiro, aquisições, status social ou nível intelectual, e sim pela busca da paz interior nos pequenos detalhes. Para aproveitar melhor a vida, não espere se dar conta que aquilo que era rotina se transformou em lembrança. 

Por isso viva tudo que há para viver. Deixe marcas. Aí façamos uma pergunta: Será que vamos deixar boas lembranças? Ou simplesmente seremos lembrados como aquele que "já foi tarde". Dessa vida nada podemos levar, mas podemos deixar. Então deixei sementes, sejam elas de alegria, paz, amor, carinho ou dedicação. Deixe boas histórias para seus filhos, parentes e amigos contarem sorrindo aos outros, a seu respeito. Entre tudo isso, nunca deixe de amar, aproveitar cada momento como se fosse o último, deixar boas impressões, apertar a mão do próximo, abraçar, brincar feito moleque, e sorrir, sorrir muito mesmo. Desapegue-se de tudo que pode enegrecer o seu coração e tornar a vida mais pesada do que ela já é. Grafar as lembranças ruins no ferro e as boas lembranças na areia da praia é o que torna muitas vidas vazias, por viverem relembrando o que deveriam esquecer e esquecerem o que deveriam relembrar. O que fica na vida não é o ponto de partida, nem o ponto de chegada, são as sementes que plantamos ao longo caminho. Perdoe! Viva, não apenas exista!

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