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A distopia orwelliana tupiniquim escarlate - Por Gesiel Oliveira



O poder cega o ditador ! Lembro-me muito de um livro que li na minha faculdade de Geografia na Universidade Federal do Amapá em 1997, chamado de "a revolução dos bichos" de George Orwell, escrito em 1945. A história se passa em uma fazenda onde os animais se rebelam contra seus donos humanos e estabelecem um sistema de autogestão. Mas entre todos os animais, eles escolhem os porcos para os governarem.
 
No entanto, gradualmente os porcos se tornam cada vez mais autoritários, tiranos e corruptos e acabam se transformando em opressores muito piores que os seres humanos, que os animais da fazenda conseguiram derrubar. Agora o porco líder começa a matar os próprios porcos e demais bichos da fazenda que o ajudaram a chegar ao poder, para enfim, reinar tiranicamente absoluto. Qualquer semelhança é mera coincidência! Não pense que a tirania tem amigos. Não pense que alguém embriagado pelo poder vai respeitar por amizade. Mas na nossa realidade paralela as degolas começam sempre nessa sequência quase matemática: 1) aliados ideológicos de baixo clero, 2) empresários que apoiaram e financiaram, 3) aliados de grandes mídias incluindo as Big Techs, 4) aliados políticos e por fim 5) aliados de extrema confiança. 



Esse mesmo escritor, George Orwell, descreve também em sua obra mais famosa, "1984", uma distopia sombria e totalitária. Distopia é um gênero literário que descreve uma sociedade imaginária e futura caracterizada por condições de vida extremamente negativas, opressivas e desumanas.
Esse livro foi publicado em 1949 e apresenta um futuro distante, onde o mundo é governado por três superpotências em constante guerra. Essa história se passa em Londres, capital da grande Oceania, onde o Partido controla todos os aspectos da vida dos cidadãos, vigiando e controlando tudo que o povo faz, incluindo seus pensamentos e sentimentos.
 
O protagonista, Winston Smith, que ousou pensar e agir diferente começa a questionar e enfrentar o sistema, e por isso passa a ser terrivelmente perseguido, sendo preso por muito tempo e torturado até denunciar quem estava com ele. O livro retrata a vigilância constante, a manipulação da informação, a censura, a tortura e a destruição da privacidade como elementos fundamentais da sociedade distópica criada por Orwell. "1984" continua sendo uma crítica contundente aos regimes totalitários e à opressão do Estado sobre a liberdade individual dos cidadãos. Mas o compositor e cantor brasileiro Bezerra da Silva, já dizia que "a malandragem quando é muita, vira bicho, fica grande e come o dono". Democracia é poder chamar de genociada quem não é. Ditadura é proibir chamar de corrupto quem é. Vamos aguardar os próximos passos dessa distopia orwelliana escarlate.


Gesiel Oliveira - Prof de Geopolítica, Direito Penal e Constitucional, escritor e membro vitalício da Academia de Letras Evangélica do Amapá.

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