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O silêncio ensurdecedor do PT e da grande imprensa diante do escândalo envolvendo o Ministro da Justiça: hipocrisia, indiferença ou complacência?

A "dama do tráfico" palestrando dentro do Ministério dos Direitos Humanos


O governo atual tem sido marcado por uma série de escândalos, controvérsias e episódios questionáveis, mas o mais recente escândalo envolvendo a dama do tráfico atingiu um novo patamar de perplexidade. A situação, em que uma figura diretamente ligada ao crime organizado se reúne com o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, além de ter tido sua viagem paga por um dos ministérios, é simplesmente inaceitável. No entanto, mais chocante do que esse evento é a postura inerte do governo em lidar com essa questão, sem exonerações e tomando uma postura de defesa nas redes sociais.

Se essa situação tivesse ocorrido em um governo diferente, com nomes diferentes, certamente estaríamos testemunhando um frenesi midiático inflamado. O escrutínio da imprensa seria intenso e implacável, as manchetes estampariam jornais, e os debates televisivos seriam dominados por especialistas indignados. No entanto, estranhamente, a atual imprensa se mantém notavelmente calada diante desse cenário.

Seria isso um exemplo flagrante de hipocrisia seletiva? Quando o espectro político é outro, as reações parecem seguir uma lógica distinta. As críticas, por vezes justas e necessárias, parecem estar condicionadas à coloração partidária, o que é um desserviço à sociedade e à democracia. Onde estão os defensores incansáveis dos direitos humanos e da ética no governo?

O Ministro da Justiça, figura central nessa controvérsia, mantém-se firme em sua cadeira, apesar do claro e preocupante vínculo de seus assessores diretos com personagens sombrios. Se fosse em outra gestão, a pressão para uma demissão seria avassaladora. No entanto, o silêncio e a falta de ação parecem ser a norma do dia.

Até mesmo as declarações do Ministro Flávio Dino nas redes sociais, comparando essa situação a um "redoxon em uma piscina olímpica", revelam uma insensibilidade alarmante diante de um problema sério que envolve a segurança pública e a integridade do governo. Já o presidente Lula se limitou a afirmar que “tudo não passa de fake news”



É preciso relembrar que nenhum governo está imune a falhas ou escândalos, mas a maneira como esses incidentes são tratados reflete diretamente a seriedade e o compromisso de uma administração com os princípios democráticos e a transparência. O atual governo, ao não agir de maneira firme e imparcial diante dessas questões, lança dúvidas sobre sua própria integridade e compromisso com a ética além de solapar suas próprias bases, enfraquecendo substancialmente a credibilidade, já decadente, do atual governo.

Em um país que clama por justiça e integridade, a complacência diante de situações tão sérias é inaceitável. O povo merece e exige respostas claras e ações concretas. A omissão é cúmplice e a sociedade não pode aceitar a leniência como padrão. A falta de demissão do Ministro da Justiça neste cenário alarmante é um desrespeito à população e à moralidade pública que não podem ser ignorados.

O atual governo do PT está demonstrando uma postura de conivência e impunidade ao não demitir o ministro da justiça, Flávio Dino, depois do escândalo envolvendo a reunião com quatro assessores diretos com a dama do tráfico dentro do Ministério da Justiça.

A discrepância no tratamento de casos é uma nódoa na justiça brasileira. Enquanto manifestantes do 8/01 são condenados a penas pesadas e submetidos a medidas restritivas severas seja em presídios, seja confinado em prisões domiciliares, com o uso de tornozeleiras eletrônicas, por atos que, muitas vezes, não causam danos físicos ou materiais significativos, o caso da dama do tráfico suscita questionamentos graves sobre a igualdade perante a lei. O que estaria ela fazendo em Brasília perambulando de gabinete em gabinete do atual governo petista?

É um fato desconcertante constatar que essa figura ligada ao crime organizado, comprovadamente envolvida em atividades ilícitas, tenha sido condenada a uma pena inferior à de manifestantes do 8/01. Não só isso, mas o fato de não usar uma tornozeleira eletrônica, medida comumente aplicada a condenados por crimes menos graves, ressalta a dualidade e a injustiça presentes no sistema judicial que a cada dia mais fica evidente, a depender de quem está sendo julgado.

Além disso, a postura do governo diante desse escândalo é, no mínimo, conivente para não dizer, omisso ou prevaricador. O Ministro da Justiça, mesmo diante de evidências claras, contundentes e preocupantes, permanece intocado em sua posição, sem enfrentar as consequências de suas conexões questionáveis e de sua responsabilidade perante a segurança e ética institucional.

É inegável que se tal situação tivesse ocorrido durante o governo anterior, de Jair Bolsonaro, a reação da imprensa e da oposição teria sido ensurdecedora. Manchetes acusatórias, STF dando prazo de 48 horas para exonerar os ministros envolvidos, debates acalorados e exigências forte por parte da imprensa pela demissão imediata ecoariam por todo o país. No entanto, o que se vê agora é uma imprensa, em sua esmagadora maioria, silente, omissa, “passando panos” em um escândalo que em qualquer país minimamente sério, esses dois ministros, da justiça e dos direitos humanos, já estariam exonerados, demonstrando uma preocupante seletividade na abordagem e distorção dos acontecimentos políticos.

A declaração do Ministro Flávio Dino, na Rede Social X comparando essa situação a um "redoxon em uma piscina olímpica", é, no mínimo, um desrespeito à inteligência da população e à gravidade do assunto. Tratar um escândalo desse porte com tal banalização evidencia a falta de sensibilidade e seriedade com a qual alguns representantes do governo lidam com questões cruciais para o país.

A complacência diante de um caso tão sério mina a confiança da sociedade nas instituições, perpetuando a sensação de impunidade e desigualdade perante a lei e desmoralizando ainda mais as instituições envolvidas. O povo brasileiro clama por transparência, ética, combate a impunidade e responsabilidade por parte de seus representantes. É inadmissível que em um país que busca justiça e igualdade, sejam tolerados comportamentos e conexões que colocam em risco esses valores fundamentais. A falta de atitude por parte do atual governo e a passividade da imprensa “chapa branca” frente a este escândalo são um desrespeito à sociedade brasileira e à própria democracia. O governo do PT está mostrando que não tem compromisso com a ética, a moral, a lei e pelo povo. Está protegendo seus aliados e ignorando os anseios da população. Está fazendo o oposto do que prometeu na campanha eleitoral.

Que país do mundo a mulher do comandante do tráfico, condenada a 10 anos, mas estranhamente em liberdade, tem reuniões sem tornozeleira eletrônica no Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, passeando livremente nos gabinetes em Brasília, enquanto o Cacique Sererê, preso provisório, sem decisão condenatória definitiva, passou meses isolado em uma cela e agora está preso em domicílio com tornozeleira, por criticar e se manifestar contra ministros, e foi proibido até de ir ao velório do próprio pai que morreu aos 103 anos.

Estamos com saudades do tempo do “ódio” do presidente que “odiava pobres”, quando os piores escândalos estavam ligados a “leite condensado e cartão de vacina”. Já o “governo do amor” é complacente com ministra e assessores que vão a final de campeonato de futebol, ou que vão a feiras de animais em jatos da FAB, que tem ministra de turismo envolvida com milícias, ministro da Justiça que esconde imagens das câmeras de segurança do 08/01 e nenhum deles cai, nenhum deles sofre sequer uma nota de reprimenda pública por parte do presidente da república, contrária às suas condutas imorais e ilegais. É o “governo do amor”!

A omissão diante de tais fatos compromete não apenas a credibilidade do governo, mas também a confiança da população na capacidade das instituições em garantir um ambiente seguro e justo para todos. É urgente que se exija responsabilidade e transparência, independentemente de cores políticas. Em meio a toda essa indiferença dolosamente prevaricante, uma coisa é certa, a vaga no STF que até poucos dias parecia certa para Flávio Dino está cada vez mais distante.

É hora de colocar os interesses da nação acima de interesses partidários e agir com a seriedade e urgência que essa situação exige. O Brasil não pode tolerar a perpetuação da impunidade e da incoerência nas esferas de poder. A responsabilidade é de todos, e a cobrança por ética e transparência é um dever de cada cidadão.


Gesiel de Souza Oliveira,
 Tem 45 anos, é casado, pai de 3 filhos, Amapaense, Palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.

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