O preço da escalada da arbitrariedade: Como as decisões da guerra persecutória de Moraes contra Elon Musk podem afetar a economia e a segurança nacional.
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No cenário contemporâneo de batalhas pela liberdade de
expressão, a mais recente contenda entre Alexandre de Moraes e Elon Musk não é
apenas um confronto entre dois titãs, mas uma demonstração perturbadora de como
o ativismo judicial pode corroer os pilares da democracia e da soberania
nacional. A derrubada da plataforma X (antigo Twitter) e a intimação de Musk,
orquestrada de maneira tão irregular quanto autoritária, escancaram as graves
violações à legislação brasileira e os riscos que tais precedentes representam
para a liberdade digital e o livre mercado.
Ao analisar os eventos que culminaram na ordem de intimação
de Elon Musk, é impossível ignorar o método utilizado: uma postagem na própria
plataforma X, em vez do procedimento legal adequado que seria uma citação por
carta rogatória à CEO Linda Yaccarino, residente nos Estados Unidos. Tal medida
não só evidencia um desprezo flagrante pelas normas jurídicas internacionais,
mas também uma tentativa de exercer um poder coercitivo desproporcional,
desconsiderando completamente os preceitos básicos de justiça e devido processo
legal.
Os dados revelam a gravidade do ato. Segundo o artigo 368 do
Código de Processo Civil brasileiro, a citação de um residente estrangeiro deve
seguir rigorosos procedimentos internacionais, garantindo a legalidade e a
legitimidade do processo. A citação via rede social, especialmente em uma
plataforma cuja sede corporativa se encontra fora do território brasileiro,
constitui uma afronta aos princípios fundamentais do direito internacional e
uma deturpação da autoridade judiciária e portanto é um ato nulo de pleno
direito pela nossa legislação nacional. Em termos práticos, trata-se de uma
aberração jurídica sem precedentes.
Além disso, a decisão de Alexandre de Moraes de bloquear as
contas da StarLink, empresa de internet via satélite de propriedade de Musk,
exacerba ainda mais as ilegalidades cometidas. A StarLink, responsável por
prover conectividade em áreas remotas, tem sido uma ferramenta essencial para o
desenvolvimento e inclusão digital em regiões desassistidas do Brasil. Ao
ordenar o bloqueio de suas contas, Moraes não apenas ultrapassa seus limites
jurisdicionais, e adentra no degradante campo da ilegalidade, mas também
compromete o progresso tecnológico e a soberania digital do país.
A plataforma X, em resposta, declarou enfaticamente que não
irá cumprir ordens ilegais, pois a nossa Constituição Federal do Brasil ampara
tal comportamento no Artigo 5º, inciso II, onde está determinado que
"ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei". E a lei neste caso está sendo desrespeitada, para ser o
mais eufemista possível. Tal posicionamento, além de legítimo, é necessário
diante do avanço de um Estado que parece disposto a utilizar todas as suas
ferramentas coercitivas para sufocar a liberdade de expressão e de mercado.
"A liberdade de expressão é a base de qualquer sociedade livre; quando ela
é suprimida, todos os outros direitos correm o risco de desmoronar",
observou Sir Roger Scruton, destacando a importância de resistir a tais
tentativas de controle autoritário.
A questão que se coloca, portanto, não é apenas a da
legalidade ou não das ações de Alexandre de Moraes, mas sim a da defesa da
liberdade individual frente a um Leviatã estatal incontrolável que, sob o
pretexto de defender a “ordem, segurança e democracia”, se arroga o direito de
suprimir direitos fundamentais. Como alguém pode alegar defender a Constituição
usando de meios que violam a própria Constituição? As estatísticas corroboram o
sentimento de inquietação generalizada: uma pesquisa do Instituto Brasileiro de
Opinião Pública e Estatística (IBOPE) revelou que 62% dos brasileiros
consideram que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem extrapolado suas
atribuições, com um aumento de 20% desde o início das investigações conduzidas
por Moraes.
O caráter arbitrário das medidas adotadas contra Elon Musk e
suas empresas reflete um ativismo judicial desenfreado que não encontra
respaldo nem na legislação brasileira, nem no direito internacional. A citação
por meio de uma postagem na plataforma X, em vez da correta utilização dos
instrumentos legais, é um exemplo gritante de como o Judiciário, ao se afastar
das normas que deveria proteger, se transforma em um perigoso inimigo da
liberdade. Como disse Edmund Burke: "O maior erro consiste em fazer
através do poder aquilo que não pode ser feito através do direito."
A perseguição judicial contra Musk deve ser vista como um
marco alarmante da capacidade do Estado de intervir de maneira despótica na
vida de indivíduos e empresas, independentemente de fronteiras ou jurisdições.
E é precisamente neste ponto que a resposta da direita conservadora deve ser
firme e unívoca: o combate a qualquer tentativa de supressão da liberdade
individual e empresarial é uma questão de princípio inegociável.
Elon Musk, com sua recusa em cumprir ordens ilegais, se
coloca como um baluarte da liberdade no século XXI, desafiando abertamente a
tentativa de controle estatal que Alexandre de Moraes personifica. A StarLink,
ao ser injustamente atacada, não é apenas uma vítima do arbítrio, mas um
símbolo de como a inovação e o progresso podem ser sufocados por um Estado que
não reconhece limites para sua própria autoridade.
Este caso, que repercute internacionalmente, deve servir
como um alerta para todos os que valorizam a liberdade. A intimação irregular
de Musk, a violação das contas da StarLink e a tentativa de forçar o
cumprimento de ordens ilegítimas por parte da plataforma X não são meros
episódios isolados, mas sim parte de uma estratégia mais ampla de controle e
supressão dos direitos fundamentais. A ordem ilegal de Moraes para que a
Plataforma X nomeia imediatamente alguém para representá-la no Brasil, é na
prática uma ordem para que o X escolha quem será preso. E é precisamente contra essa estratégia que se
deve levantar a voz da razão, a voz da liberdade e a voz do direito.
A disputa entre Alexandre de Moraes e Elon Musk não é apenas
uma batalha legal; é um confronto entre duas visões de mundo diametralmente
opostas. De um lado, a visão de um Estado todo-poderoso, capaz de impor suas
vontades à revelia das leis. Do outro, a visão de um mundo onde a liberdade
individual e empresarial é sagrada, e onde a lei deve servir para proteger, e
não para oprimir. A história, sem dúvida, lembrará quem se posicionou do lado
certo desta batalha.
A mordaça digital: Como a decisão arbitrária de Moraes
ameaça a infraestrutura essencial do Brasil
No intrincado mosaico das liberdades modernas, a recente
ofensiva jurídica do ministro Alexandre de Moraes contra as empresas de Elon
Musk, particularmente a Starlink, representa não apenas um ultraje à
legalidade, mas também um ataque frontal aos alicerces da conectividade e do
progresso nacional. Ao ordenar o bloqueio das contas bancárias da Starlink,
Moraes não apenas transgride os limites da jurisdição e do devido processo
legal, mas também coloca em risco serviços essenciais que sustentam desde as
Forças Armadas até hospitais e instituições de ensino em todo o território
brasileiro.
A Starlink, líder inconteste em internet via satélite no
Brasil, contabiliza uma impressionante base de 215.528 conexões de banda larga
fixa conforme os dados de junho da Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel). Esse número, que representa um crescimento exponencial de mais de
224% em relação ao mesmo período de 2023, ilustra a dependência crescente de
diversas camadas da sociedade brasileira em relação à tecnologia de ponta
proporcionada pela empresa de Musk. O impacto social e econômico dessa expansão
é inegável, promovendo inclusão digital em áreas remotas e fortalecendo a
infraestrutura crítica do país.
A determinação de Moraes, portanto, ecoa como um ato de
despotismo jurídico que ignora as consequências reais e tangíveis para milhões
de brasileiros. Ao congelar as operações financeiras da Starlink, o ministro
compromete a continuidade de serviços que são vitais para o funcionamento de
hospitais que dependem de telemedicina, escolas que utilizam plataformas
digitais para educação à distância e até mesmo as Forças Armadas, que contam
com a conectividade estável e abrangente fornecida pela empresa para operações
estratégicas e de segurança nacional.
Especialistas do setor alertam para os riscos iminentes
dessa decisão. Fabio Alencar, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de
Telecomunicações por Satélites (Sindisat), adverte que um bloqueio prolongado
das contas bancárias da Starlink pode levar a um verdadeiro 'apagão' digital.
"Se as contas continuarem bloqueadas, a empresa perderá a capacidade de
receber e efetuar pagamentos, afetando toda a cadeia operacional, desde o
pagamento de fornecedores até a manutenção dos gateways essenciais para o
funcionamento do serviço", ressalta Alencar. Com mais de 10 gateways
distribuídos estrategicamente pelo país, a interrupção desses serviços poderia
mergulhar vastas regiões em um isolamento digital sem precedentes.
A situação se agrava quando se considera os contratos
firmados entre governos locais e empresas nacionais que atuam como
intermediárias da Starlink para conectar escolas e instituições públicas. No
âmbito federal, projetos como os conduzidos pela Rede Nacional de Pesquisa
(RNP) e iniciativas vinculadas aos recursos do leilão do 5G dependem
diretamente da infraestrutura fornecida pela Starlink. Em 2023, o próprio
presidente Luiz Inácio Lula da Silva testemunhou os benefícios dessa tecnologia
ao visitar o Navio Hospital Escola Abaré, equipado com conexão Starlink, e
elogiou a eficácia do serviço, ainda que inadvertidamente endossando a inovação
de Musk.
A decisão de Moraes, portanto, não apenas contraria os
princípios legais básicos, mas também se revela contraditória em relação aos
interesses estratégicos e sociais do próprio governo que ele representa.
Bloquear a operação financeira de uma empresa, que nada tem a ver com outra, e
que contribui de forma tão significativa para o desenvolvimento nacional é, nas
palavras de Edmund Burke, "um exemplo de poder arbitrário que corrói a
confiança pública e subverte a ordem natural das coisas". A contradição é
patente e alarmante.
No que tange às Forças Armadas, a Starlink desempenha um
papel crítico. A Marinha do Brasil, por exemplo, utiliza os serviços da empresa
para garantir a conectividade do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, o
maior e mais importante navio de guerra da frota nacional. Embora a Força
ressalte que informações militares sensíveis não sejam transmitidas através da
tecnologia de Musk, a dependência operacional é inegável. O Exército Brasileiro
também se beneficia da robusta infraestrutura da Starlink, especialmente em
equipamentos militares situados na região norte do país, onde alternativas de
conectividade são escassas ou inexistentes.
A ação de Moraes, portanto, transcende a esfera civil e
adentra perigosamente o terreno da segurança nacional. Comprometer a economia,
ao afetar relações entre as empresas que usam a plataforma X para negociarem e
venderem seus produtos, além de afetar profundamente a comunicação das Forças
Armadas em um mundo onde a informação é uma arma estratégica, equivale a
desarmar o país diante de ameaças externas e internas. "A segurança de uma
nação reside na capacidade de proteger e comunicar seus interesses vitais;
obstruir essa capacidade é trair a própria nação", já advertia Winston
Churchill, destacando a importância crucial das comunicações seguras e
eficientes para a soberania nacional.
À luz das decisões arbitrárias que desafiam os fundamentos
da legalidade, o Brasil se vê à beira de um precipício onde a sombra do
autoritarismo ameaça eclipsar os princípios mais básicos de nossa Constituição.
Quando o artigo 5º, inciso II, assegura que "ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei," ele não é apenas
uma formalidade jurídica; é a âncora que protege a liberdade individual contra
os caprichos do poder. No entanto, ao observarmos o avanço desenfreado de
medidas judiciais que atropelam os limites da lei e da jurisdição, somos
compelidos a encarar uma realidade inquietante: a escalada do ativismo judicial
está pavimentando o caminho para uma nova ditadura, disfarçada sob o manto da
legalidade, mas corroendo silenciosamente a própria essência do Estado de
Direito.
A insegurança jurídica gerada por decisões como as de
Alexandre de Moraes não é apenas uma ameaça aos direitos de empresas e
indivíduos, mas um sinal claro de que o Brasil está se movendo perigosamente em
direção a um regime onde a vontade de poucos prevalece sobre as leis de todos.
Se não resistirmos a essa erosão institucional, arriscamos perder as liberdades
pelas quais tantas gerações lutaram, trocando a democracia pela tirania e a
justiça pelo arbítrio. A história nos ensina que, quando o poder se torna
ilimitado, a liberdade torna-se um luxo inalcançável, e o povo, prisioneiro de
um Estado que já não serve aos seus cidadãos, mas a si mesmo.
A comunidade internacional observa com preocupação o
desenrolar desses acontecimentos, ciente de que precedentes como este podem
desencadear uma onda de insegurança jurídica que afugenta investimentos e
inovações tecnológicas essenciais. O Brasil, que nos últimos anos tem lutado
para se posicionar como um hub de inovação e desenvolvimento tecnológico na
América Latina, arrisca manchar sua reputação e comprometer seu futuro ao
permitir que decisões judiciais arbitrárias interfiram de maneira tão drástica
no livre mercado e na liberdade de expressão.
A plataforma X, também alvo das ações de Moraes, reafirmou
sua posição de não cumprir ordens ilegais, sustentando a defesa intransigente
da liberdade de expressão e dos princípios democráticos. Tal postura é
fundamental em um momento em que o ativismo judicial ameaça suprimir vozes dissidentes
e controlar narrativas, utilizando o aparato estatal para impor censura e
limitar o acesso à informação.
Em síntese, a cruzada pessoal de Alexandre de Moraes contra
Elon Musk e suas empresas representa um capítulo sombrio na história recente do
país, onde o abuso de poder e a subversão das leis colocam em risco não apenas
os direitos individuais, mas também a infraestrutura crítica e o
desenvolvimento socioeconômico do Brasil. É imperativo que as instituições e a
sociedade civil se mobilizem para defender os princípios fundamentais que regem
uma nação livre e soberana, garantindo que o Estado de Direito prevaleça sobre
os caprichos autoritários de figuras investidas de poder.
Como bem sintetizou Friedrich Hayek, um dos grandes
pensadores do liberalismo contemporâneo: "A grandeza de uma sociedade
livre é medida pela limitação do poder coercitivo de suas autoridades".
Permitir que decisões como a de Moraes se tornem norma é trilhar um caminho
perigoso rumo ao autoritarismo e à estagnação. Cabe à sociedade brasileira
reafirmar seu compromisso com a liberdade, a legalidade e o progresso,
resistindo a todas as tentativas de mordaça digital e controle desmedido que
ameaçam seu futuro e sua essência democrática.
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