Pular para o conteúdo principal

Memórias de uma outra Macapá

Por Gesiel Oliveira

A Macapá daquele tempo
Era pequena e pacata,
Roupa no varal, chinelo do lado de fora,
No ônibus do “Seu Daniel”, em vinte minutos, eu tudo rodava
Aquele trapiche Eliezer Levy de madeira
Daqueles casais de namorados apaixonados
O círculo militar e aquela visão paradisíaca
A praça Veiga Cabral e o Roberto Carlos cantado alto naquela lanchonete: “Eu sou o nego gato”
O mês de agosto, ensaiávamos inteiro
Nosso orientador era o Professor 90
As inúmeras repetições, incansáveis e reiteradas
Eram os “Arautos do Setentrião”
Tinham um só propósito: fazer bonito no 7 de setembro
Naquele dia a cidade parava
Crianças com balões e bandeiras nas mãos nos aguardavam
E ao longo da Avenida FAB se aglomeravam
A esperar passar aquele seu parente ou amigo
Firmando o passo na cadência sincronizada
Era o ápice da nossa alegria juvenil
Ah Macapá, que te vi desde a tenra idade
Daquele antigo cinema no começo da Tiradentes
A cidade era pequena e todo mundo ia a pé logo depois do almoço para o cinema. 
Ninguém reclamava do sol quente, ninguém se queixava do calor.
No retorno passava pelo ‘poço do mato’, pelos Boêmios e pelo campo do Américo, lá no Laguinho.
Corria com meus amiguinhos por debaixo da chuva, e uma calha era nossa alegria.
Mas tínhamos medo daquela velha senhora solitária, que morava ali na Marcílio Dias.
Ela prometia que um dia um caldo faria, de um de nós quando pegasse.
Eram tempos de alegria, que só me restam hoje na nostalgia
Dias que na memória ficaram eternizados
Dias que não mais voltarão
Dias de felicidade
Que ainda existem quando fecho meus olhos
Memórias da minha infância
Ainda viva na minha lembrança.

Fotos: Fotografias Históricas Amapá)










Foto: Floriano Lima





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Conheça os 40 balneários mais lindos do Amapá e descubra como chegar até eles.

Hoje quero compartilhar com vocês algumas sugestões de balneários no Amapá. Com apoio do Vlog da  Deyse G. Lobato , você conhecerá lugares que nem imagina que existem aqui no nosso lindo Estado do Amapá. Acompanhe: 1) Cachoeira do Sucuriju:  Fica no distrito de Maracá, no Município de Mazagão. A cachoeira fica dentro da Reserva Extrativista do Rio Cajari - Resex Cajari - que é gerenciada pelo Instituto de Conservação da Biodiversidade - ICMBio.  Como chegar lá?  Fica localizada antes da comunidade de São Pedro, passando o Maracá, em um ramal entrando para a esquerda de quem vai no sentido Macapá-Laranjal do Jari, na Comunidade da Torre.  Passando a comunidade de Sororoca.  A Torre foi desmontada há algum tempo, mas todos os moradores das proximidades conhecem e sabem informar. Este espetáculo da natureza fica distante aproximadamente 5 km adentrando neste ramal. Vale a pena conhecer este lindo lugar. No período de  é o melhor período para para ver o esplendor da beleza desta que

Luto na igreja do Amapá: faleceu o Pr Oton Alencar.

  No início da tarde de hoje 19/07/2023, quarta-feira, recebemos a triste notícia do falecimento do Pr Oton Miranda de Alencar, aos 79 Anos de idade, no Hospital São Camilo. Ele passou 45 anos na gestão efetiva da igreja. Foram 17 anos como Vice-Presidente do seu Pai Pr Otoniel Alves de Alencar (1962 a 1994). Com a morte do Pr. Otoniel Alencar, ocorrida no dia 28 de abril de 1994, os membros da Assembleia de Deus no Amapá escolheram o novo sucessor e líder da igreja que foi Pr. Oton Alencar, que presidiu a igreja a igreja até o 20/11/2022 em uma gestão que durou 28 anos (1994 a 2022).  Todas as outras grandes Assembleias de Deus surgiram a partir da Igreja A Pioneira, que passou a ser chamada também de Igreja-Mãe no Amapá. São exemplos: a Assembleia de Deus CEMEADAP (hoje presidida pelo Pr Lucifrancis Barbosa Tavares), a Assembleia de Deus Zona Norte (fundada e presidida até hoje pelo Pr Dimas Leite Rabelo), a Assembleia de Deus do Avivamento (presidida hoje pelo Pr Ezer Belo das Chaga

Frida Vingren, a história omitida da primeira pastora.

Gesiel Oliveira Frida Maria Strandberg Vingren nasceu 9 de junho de 1891, Själevad, Suécia, era de uma família de crentes luteranos. Formou-se em Enfermagem, chegando a ser chefe da enfermaria do hospital onde trabalhava. Tornou-se membro da Igreja Filadélfia de Estocolmo, onde foi batizada nas águas pelo pastor Lewi Pethrus, em 24 de janeiro de 1917 (com 25 Anos). Pouco depois, recebeu o batismo no Espírito Santo e o dom de profecia.  O chamado para a obra missionária sempre a impulsionou. Nessa época, surgiu na Suécia um movimento por missões, onde muitos jovens estavam imbuídos do desejo de ganhar almas para Cristo. Após comunicar ao pastor Pethrus que o Senhor a chamara para o campo missionário brasileiro, Frida ingressou em um renomado Instituto Bíblico na cidade de Götabro, província de Nerícia. O curso era frequentado por pessoas que já tinham o chamado para missões e por aqueles que tinham apenas vocação missionária. Frida veio para o Brasil no ano de 1917 (c