Que ironia cruel o mundo nos reserva nestes tempos de alianças efêmeras e traições veladas. Imaginem um gigante como os Estados Unidos, berço da democracia e baluarte contra a tirania, recuando de sanções que ele mesmo impusera com o vigor de um cowboy no Velho Oeste. O pretexto é lindo, mas não se enganem, estamos falando dos orgulhosos americanos, que sempre colocam seus majestosos interesses em primeiro lugar. Estamos falando da Lei Magnitsky Global, essa ferramenta afiada, nomeada em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, assassinado em 2009 por denunciar corrupção em seu país, e transformada em 2016 numa arma diplomática americana para punir violadores de direitos humanos ao redor do globo. Pois bem, em 12 de dezembro de 2025, o Departamento do Tesouro dos EUA, sob o comando do segundo mandato de Donald Trump, retirou as sanções impostas em setembro contra Alexandre de Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, e sua esposa, a advogada Viviane Ba...
Era 2019, e as ruas ferviam com o cheiro de esperança patriótica, bandeiras tremulando como asas de águias em voo rasante. Milhões bradavam contra a corrupção, pela família, pela pátria, um rugido que ecoava de Brasília ao Oiapoque. Mas devagar, como o veneno que se infiltra gota a gota, a reação do sistema começava. Não com tanques nas avenidas, mas com teclas de teclado e canetas de relator. Alexandre de Moraes, o ministro que se ergueu como um colosso judicial, tecendo uma teia de inquéritos que mais parecem redes de arrastão, transformou o Brasil num presídio de mordaça. Hoje, em novembro de 2025, os brasileiros não gritam mais, sussurram, se tanto. As redes sociais, outrora arenas de debate aceso livre, viraram pátios de recreio vigiados, onde um post errado pode render buscas e apreensões e bloqueio de redes sociais. E o pior, esse cala-boca não caiu do céu, foi construído tijolo por tijolo, normalizando o absurdo até que a impunidade reinasse suprema, como um rei sem coroa...