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sábado, 27 de dezembro de 2014

Mensagem de ano novo: o poder do perdão.

Nesse momento de desejos e congratulações, pensei em escrever sobre algo que trouxesse alegria verdadeira a todos. Pensei em falar sobre algo que pudesse esvaziar nosso coração de situações que nos atormentam. Resolvi então escrever, nesses últimos momentos de 2014, sobre algo que vem tirando a paz de muita gente, e que estão em lado antagônicos: o ódio e o perdão. Não é fácil enfrentar a maldade com bondade, a falsidade com sinceridade, a maledicência com benção, a desonestidade com equidade, a parcialidade com imparcialidade, o engodo com a veracidade, o conluio com a hombridade, a má fé com a fidedignidade, o mal com o bem, a pedrada com o perdão. Mas muitas vezes isso é necessário para que possamos afastar todo o impedimento e obstáculo do caminho da nossa felicidade plena. O mal é como um bumerangue que a vida nos apresenta, ou seja, quanto maior a força aplicada contra nossos inimigos, maior a velocidade que ele se voltará contra nós. Por isso ao invés de amaldiçoar, abençoe. Ao invés de desejar o mal a quem te magoou, ore por ele. A vida nos mostra que a ingratidão não tem memória, e o ódio é como um veneno que preparamos para o outro beber, mas que acabamos tomando primeiro, porque se o guardarmos dentro do nosso coração ele nos consome de dentro para fora, até dominar toda nossa vida e nos destruir. Por isso, libere-se desse fardo desnecessário e perdoe! Porque a vingança satisfaz um momento e o perdão satisfaz uma vida. Não sei ao certo se a maior barreira está em estender a mão e pedir perdão ou dar um abraço perdoando. Mas sei que essa barreira não pode ser maior que a sua vontade de ser plenamente feliz. Enfim, a verdadeira essência de uma vida feliz reside em saber fazer o bem indistintamente, porque o bem é como borboleta que vai, mas sempre volta de onde saiu. Não nos esqueçamos daqueles que nos estenderam a mão nos momentos em que mais precisamos. Valorizar quem não te dá valor e desvalorizar quem te valoriza é uma das piores crises de prioridades, por isso valorize a humildes verdadeira de parentes e amigos mais chegados. A maior crise de prioridades está em valorizar que não nos valoriza e desvalorizar quem nos valoriza. Não permitamos que a maldade alheia altere a sua boa natureza. A alegria de fazer o bem indistintamente é um excelente combustível para uma vida feliz, e portanto deve ser buscada. Não deixe que uma pequena falha do próximo se perpetue em forma de ódio petrificado no seu coração. A pior forma de resolver algo que nos machucou é pagando na mesma moeda, porque nessa troca ninguém ganha, todos perdem. Libere-se de todo ódio, esvazie seu coração do rancor, pois você só terá felicidade depois que transpor a muralha do perdão. Que esse novo ano seja repleto de vida plena, conquistas, paz, amor, felicidade, saúde, e esperança em dias melhores. É o que desejo para você e sua família. Que Deus vos abençoe, e Feliz 2015. Pr Gesiel de Souza Oliveira e família.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Siga a voz da felicidade e não da aparência (Por Gesiel Oliveira)

Há muitas pessoas que vivem uma vida direcionada pela aparência. Encobrem suas infelicidades nos relacionamentos, crises conjugais, rejeições e aflições atrás de uma cortina de aparências. Vivem como se o mundo girasse em torno do que se pode ver e não do que verdadeiramente somos. Tentando dar mais valor ao que se pode ver e empobrecendo o que não podemos ver. Trocam verdadeiramente mais importa pelo que é mais belo. Trocam o essencial pelo fútil. Realmente estamos diante de uma crise generalizada de prioridades. E ela começa quando, por exemplo, valorizamos mais o que aparentamos ser aos olhos dos outros, do que o que realmente nos faz sentir bem. Há momentos que temos de ser mais “ridículos” e menos “formais” e a vida vai nos mostrar que a verdadeira felicidade não está na formalidade daquilo que se pode ver, ou aparenta ser, mas naquilo que podemos sentir. Aprendemos com o tempo, que a vida bem vivida não é aquela orientada pela aparência, dinheiro, aquisições, status social ou nível intelectual, e sim pela busca da paz interior nos pequenos detalhes. Portanto, em boa parte das vezes, a origem da felicidade está em sermos o que somos e não buscar se adequar ao que os outros querem que sejamos. Siga a voz da felicidade e não da aparência. A descoberta e os efeitos de nossas escolhas vem com o tempo. Muitas vezes o que aparentava ser bonito se torna feio, o que parecia ser feliz se converte em infelicidade, e o que achávamos que era forte se torna fraco. Tudo porque temos um impulso natural em escolher, preferir e seguir aquilo que se apresenta belo diante de nós. Costumamos olhar muito mais para o rótulo que para o conteúdo. Não se pode medir o que não se pode ver, assim como não se pode especular somente pelo que se apresenta diante dos nossos olhos, é preciso conhecer, tocar, experimentar, viver, conviver e acima de tudo querer viver o que somos e o que nos faz feliz. Conteúdo e forma serão sempre conflitantes. Queremos que nossos filhos sejam o que os amigos ou a família desejam, desejamos ter um emprego que nos dê status, buscamos o carro do ano, postamos fotos de felicidades quando nossos corações estão despedaçados, buscamos um ideal de felicidade baseado no mercantilismo capitalista que supervaloriza a aparência em padrões pré-definidos, e por outro lado, ofusca o real sentido da essência, do valor, do conteúdo, e por isso, não a alcançamos. Por essa razão há aparentes bênçãos que podem nos trazer tribulações, assim como há tribulações que poderão se converter em bênçãos. Quem vive de aparência, ainda não atentou que o conteúdo é o que importa. De um feio casulo pode sair uma bela borboleta, de nuvens escuras podem sair águas límpidas, de uma cara amarrada podem sair boas atitudes, de uma frustração pode sair uma edificante lição, de uma lágrima pode sair um sorriso, de um livro de capa desgastada e feia pode sair uma belíssima história, de uma noite escura pode raiar um novo dia, de um velho ser, Jesus pode levantar um novo ser. Quem procura ser aceito apenas pelas aparências, vive na verdade a pior das rejeições: a própria! A essência é o que de fato tem valor.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Avante, uma hora você chega lá! (Por Gesiel Oliveira)

Sabe aquele dia que você acorda ainda cansado porque ainda nem terminou a correria do dia anterior? Acorda, olha para o despertador, diz pra si mesmo: “só mais um pouquinho, só mais cinco minutos...”. Aí você dá aquela piscada e olha novamente para o relógio, e incrivelmente ele deu um salto de meia hora. Você acorda de um salto só, corre para o banheiro, tentando compensar a meia hora perdida em menos de 5 minutos. Corre para o banho, corre para o trabalho, mais correria, vai para o almoço, volta para o trabalho, mais correria no trabalho, fim de expediente, engarrafamento, cansaço, chega em casa já a noite, janta, dorme e recomeça no outro dia tudo novamente. Dia após dia, mês após mês, ano após ano. Você demora a se dar conta que não foi isso que você desejou e sonhou para sua vida. Você se dá conta que aquilo que deveria ser um “quebra galho” está querendo se tornar definitivo. A pressa faz imprudentes escolhas onde o cuidado é menor e o medo é maior. E por fim o medo do desafio se torna maior que a iniciativa de enfrentá-lo, reforçando o ciclo do comodismo que não lhe permite avançar e ser feliz. E a vida, seus detalhes, momentos e a sua beleza, vão se esvaindo levemente pelo ralo do tempo, sem que você perceba. O tempo vai se encarregando de tirar o foco das coisas verdadeiramente importantes. Você come, bebe, trabalha, dorme e permanece a reclamar sem se mover do lugar, esperando que as coisas mudem, sem que suas atitudes mudem. Não reclame dessa rotina. Em algum momento você optou por estacionar nela quando escolheu evitar os desafios, as dificuldades e espinhos do caminho que conduziriam ao seu sonho. Não chame de destino aquilo que você mesmo escolheu. Quando você fugiu dos desafios, a rotina se encarregou de arrastar os sonhos para longe. O tempo pára para quem pára no tempo. O tempo corre para quem corre no tempo. Mas correr no tempo aqui, significa correr em busca do que desejamos, e não perpetuar o comodismo que é a âncora do medo. No grito do silêncio reprimido interior, muitas pessoas aprisionam suas ansiedades, angústias, fracassos, medos, frustrações e decepções, tentando levar a vida adiante, ignorando a origem da sua infelicidade e enganando a si mesmos. Muitos não avançam porque vivem esperando o futuro pra serem felizes, sem mudar a rota do presente, ancorados em medos do passado. Jogue fora essa âncora e navegue sem medo do mar, rumo aos seus sonhos. E essa disposição de ser feliz não vem de fora, vem de dentro de cada um de nós. Assim como a água dá à planta o milagre das flores, um espírito alegre e disposto faz brotar em nós uma vida de felicidade permanente. Se você realmente quer mudar esse rumo da sua vida, é preciso colocar isso como uma questão de prioridade daqui para frente. Ter a iniciativa para ser feliz é sempre um desafio que esbarra na correria e nos compromissos do dia-a-dia. O segredo da conquista não está em quantas vezes você começa ou recomeça, e sim em continuar buscando motivado, buscando até alcançar. Quando nada parecer dar certo, lembre-se do cortador de pedras martelando a rocha, uma, duas, três e talvez 100 vezes, sem que uma única fissura apareça. Mas na centésima primeira martelada a pedra se abre em duas, e aí você compreende que não foi aquela última martelada que conseguiu isso, mas todas as que vieram antes. Avante, uma hora você chega lá!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Perdemos mais tempo sonhando e planejando que buscando (By Pr Gesiel de Souza Oliveira)


O difícil mesmo é quebrar a inércia, sair do comodismo de uma vida insossa e cinzenta. O que vem depois acontece com mais facilidade. Começamos e paramos constantemente, pois invertemos a ordem de prioridades. Perdemos mais tempo sonhando e planejando que buscando. Não somos capazes de nos lembrar do jantar com esposa, da programação teatral na escola do filho, da data do aniversário da nossa mãe, de nossos compromissos com a nossa família, mas não esquecemos de nenhum detalhe que envolva dinheiro, trabalho e outras trivialidades que nos desnorteiam de nossas metas.Perdemos muito tempo fazendo o dispensável e deixando pra depois o indispensável. É um engano ficarmos esperando que as coisas mudem sem que nossas atitudes mudem primeiro. Na vontade de alcançar o inalcançável sem esquecer do imprescindível, atendendo o dispensável e focado no improvável, prossiga. Nas nostálgicas sinfonias silogísticas da inenarrável miscelânea sensitiva do que deveria ter ficado atrelado ao pretérito e não ficou, siga. Mesmo em um misto de fatigante passado, irresoluto presente e impresumível futuro, avance.

As redes sociais e as mudanças de hábitos (Pr Gesiel Oliveira)


Os grupos em redes sociais revelam condutas e personalidades no mínimo estranhas que ajudam a entender um pouco a respeito do comportamento de cada pessoa. É comum as pessoas falarem pela internet o que seriam incapazes de falar pessoalmente. Estar do outro lado da tela passa a sensação de poder falar tudo o que quiser. Há pessoas que dizem: "o perfil é meu e eu posto o que quiser". Correto, mas quem disse que falar o que quiser o isenta das consequências cíveis e criminais decorrentes do excesso? É comum que pessoas que ajam assim não conheçam o limite do que se pode e do que não se deve dizer, mostrar ou revelar em redes sociais. Transformam o privado em público, perdem a noção de moderação e de privacidade, moral, pudor e discrição. Muitos sentem a falsa percepção que vivem num grande "big brother" interminável onde ele é centro das atenções. Outros transformam suas linhas do tempo em um muro das lamentações ou despejo irrestrito e gratuito de azedume, mau humor, desrespeito e indiretas. Definitivamente não é esse o propósito das redes sociais. Internet não é conversa de bar, de corredor, nem lugar pra se expor os extremos do ódio, sentimentos , discutir relacionamentos pessoais ou fazer acusações antes de conhecer os fatos. Rede social não é divã, nem confessionário, e esse excesso de exposição no máximo só ajudará a deixar a situação ainda mais complexa. É incrível a quantidade de ações judiciais movidas por crimes virtuais no judiciário brasileiro. Há também muita ostentação velada, vestida de falsa humildade. Encontramos também "professores de deus" (aqueles que tudo sabem e que suas opiniões mais parecem "dogmas", por não aceitarem nenhum tipo de contrariedade). Sinceridade nunca foi justificativa para falar tudo o que se sabe a respeito de determinado assunto particular e jorrar ao infinito da internet toda mágoa de situações que poderiam ser solucionadas em simples conversas pessoais. As relações ficam cada dia mais virtuais e menos verdadeiras. O desequilíbrio, destempero e stress são mais facilmente detonados no mundo virtual que no real. As redes sociais aproximam os que estão distantes e distanciam os que estão perto. Podem fortalecer os laços de amizades dos que estão distantes e afrouxar as relações dos que estão perto, no dia a dia e ao nosso lado por pura falta de diálogo devido ao excesso no uso. Assim como as redes tem o poder de aproximarem os que estavam distantes há anos, também tem o poder de desfazerem amizades longas por pura falta de paciência e compreensão em um simples toque no teclado com um "block" ou "unfollow" motivados pelo irrazoável de um impulso de momento da frieza do mundo virtual. Agregam centenas, e às vezes, milhares de amigos que na vida real não são amigos e que você não poderá contar quando realmente precisar. Essas novas tecnologias criaram uma nova modalidade de amizade, cada vez mais volátil, complexa e menos compreensiva. Enquanto as pessoas não deixarem desequilibradamente de viverem no mundo virtual, as relações serão cada vez menos reais. Viva a vida lá fora e experimente a felicidade da amizade real.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A mortandade de peixes no Rio Araguari e as possíveis causa ( Por Gesiel de Souza Oliveira, Geógrafo, escritor e especialista em Geografia do Amapá).

Mortandade de peixes próximo à Hidrelétrica em Ferreira Gomes
O Rio Araguari é o maior rio genuinamente amapaense, pois tem sua nascente na Serra Lombarda, norte do Estado, e atravessa vários Municípios, como as cidades de Porto Grande (cujos primeiros habitantes chegaram por ele), Ferreira Gomes e Cutias do Araguari. É um rio historicamente vinculado à origem daquele povo. O Araguari deságua no oceano Atlântico, na fronteira entre os municípios de Amapá e Cutias do Araguari, e formava até pouco tempo ondas gigantescas que  davam origem a pororoca pelo encontro das águas doces do Araguari com as águas salgadas do Oceano Atlântico, ativadas pela força gravitacional da lua sobre a Terra e pela consequente variação das força da maré. Pois bem, eu não quero falar sobre a vazão do Araguari, nem sobre os impactos provocados pela bubalinocultura ou pelo assoreamento. A situação é cada vez mais complexa. Os efeitos da antropização agora atingem a ictiofauna (fauna aquática). E esse recente problema ambiental atinge o Amapá de um forma avassaladora. O aparecimento de peixes mortos no leito do Rio Araguari vem preocupando pescadores,  moradores do município de Ferreira Gomes, distante 137 quilômetros de Macapá. Desde o início de agosto deste ano os peixes aparecem mortos, boiando no rio, em um trecho próximo a construção de uma hidrelétrica, o que nos ajuda a dar uma dica sobre as reais motivações, apesar de não podermos ainda atribuir a culpa exclusivamente a nenhum causador, pois os laudos definitivos ainda não foram concluídos. A mortandade já foi alvo de protestos contra a empresa executora da obra e alvo de investigação por parte do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial (Imap). 

Moradores relatam que  a cada vez que isso acontece, os peixes aparecem mortos em quantidades maiores. O mau cheiro e a presença de urubus são constantes na orla da cidade nesse período. Há uma preocupação generalizada quanto ao consumo de peixes provenientes do Rio Araguari, e isso tem impactado profundamente a pesca artesanal nessa região. Os pescadores são os mais atingidos diretamente, e os efeitos secundários atingem a economia municipal local e tem provocado muitos questionamentos e preocupações por parte dos munícipes da região atingida. 

A empresa Ferreira Gomes Energia, responsável pela construção da hidrelétrica, tem sistematicamente alegado que o problema nada tem a ver com a construção da barragem. Sabe-se que a construção de hidrelétricas afeta o ciclo de reprodução natural de muitas espécies de peixes, pois na piracema as espécies costumam subir rio acima para a desova e reprodução. A construção da barragem atrapalha esse processo natural. A usina tem recomendação legal para não acionar as turbina acima do limite permitido, especialmente durante o período de reprodução dos peixes, no qual cardumes gigantescos sobem o rio para se reproduzirem.  Se isso ocorre, é comum termos o que chamamos tecnicamente de “barotruma”. O rápido crescimento populacional humano que estamos vivendo na atualidade traz consigo um enorme apetite por recursos para se sustentar. A produção energética é um desses desafios ao crescimento sustentável.  A crescente demanda por energia tem  gerado grandes investimentos no setor hidrelétrico. As usinas hidrelétricas podem causar diversos  impactos ao meio ambiente,  desde aumento do volume dágua antes da barragem, até  o rebaixamento do nível do rio depois da barragem. Dentre tantos impactos ambientais, um dos mais severos é a mortandade de peixes pela passagem pelas turbinas. As  variações de pressão a que esses peixes se submetem ao passar por uma turbina, podem gerar barotraumas (como exoftalmia (olhos saltados- condição caracterizada por uma protuberância para fora da órbita do olho, é geralmente causada pela submissão à altas cargas de pressão ou variação de condições da temperatura na água; eversão (destruição) do estômago e intestino, embolia, etc.). É comum a embolia em peixes provocados pelo turbilhonamento da água despejada pelas hidrelétricas. A embolia acontece quando o sistema sanguíneo e pulmonar ficam obstruídos por coágulos decorrentes de bolhas de ar excessivas no ambiente aquáticos, provocando um processo de asfixia irreversível e fatal. Há uma baixa quantidade de informação sobre o assunto, principalmente quando se trata do conhecimento relativo à espécies e usinas hidrelétricas na Amazônia, onde os impactos podem ser ainda mais devastadores.  Em muitos casos quando há o acionamento das turbinas e o descumprimento da orientação ambiental, provocam a morte de peixes em grande quantidade, e normalmente isso acontece próximo a barragem.  Recentemente o problema voltou a acontecer no Rio Araguari, com  o aparecimentos de peixes mortos no local próximo a obra da barragem, a empresa alegou que constantes exames foram feitos e descartam a hipóteses de contaminação da água.

Um laudo preliminar emitido recentemente pelo Imap (em meados de agosto) também não detectou a contaminação, mas segundo o diretor técnico do instituto, o parecer é inconclusivo pelo fato de o Araguari apresentar grande poder de diluição de água. Pescadores dizem estarem assustados com a situação. A obra possui Licença de Operação (LO) desde o dia 17 de julho e tem previsão de entrar em funcionamento em janeiro de 2015. Os pescadores desconfiam que produtos químicos tenham sido jogados pela hidrelétrica no leito do rio mas nada foi confirmado até o presente momento. Há também relatos de funcionários da empresa que informaram que foi feita uma limpeza (dentro da hidrelétrica) em agosto com sabão em pó, solução de bateria e outros produtos, o que poderia ter provocado esse efeito próximo à barragem. Segundo os moradores das proximidades, as espécies de peixes mais atingidas foram: acari, filhote e tucunaré.

Outra causa provável seria o rebaixamento do nível do rio, em decorrência da construção da barragem, o que teria provocado uma variação da temperatura da água do rio, suficiente para provocar a mortandade de muitas espécies aquáticas. Barotrauma, contaminação com substâncias químicas, variação térmica provocada pelo rebaixamento do nível do rio em decorrência da construção da barragem ou causa naturais? Há diversas teses, mas o mistério acerca da mortandade dos peixes continua. Os laudos definitivos ajudarão a compreender a motivação desse fenômeno. O que se deduz diante das evidências que se dispõem, é que isso teria causa ligada à antropização (ação e interferência do homem sobre o meio) e não decorrente de causas naturais. E que isso seria um conjunto de elementos e não apenas decorrente de uma causa.


Gesiel de Souza Oliveira
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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

"Não dá pra ser tão humilde com os soberbos, nem arrogante com os humildes" (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)

Quando Gandhi estudava Direito na Universidade de Londres tinha um professor chamado de Peters, que não gostava dele, mas Gandhi não baixava a cabeça para a arrogância do professor. 

Um dia o prof. estava comendo no refeitório e ao sentaram-se juntos, o
Prof. disse na frente de todos: - "Sr. Gandhi, você sabe que um porco e um pássaro não comem juntos?"
Ao que Gandhi respondeu: "Ok, Prof. já estou indo voando e foi para outra mesa". 
O prof. aborrecido resolve vingar-se no exame seguinte, mas Gandhi responde, brilhantemente, todas as perguntas. 
Então Peters resolve fazer a seguinte pergunta: - "Sr. Gandhi, indo o Senhor por uma rua e encontrando uma bolsa, abre-a e encontra a sabedoria e muito dinheiro. Com qual deles ficava?" .
Gandhi respondeu: - Claro que com o dinheiro, Prof.! 
Professor: - Ah! Pois eu, no seu lugar, ficaria com a sabedoria. 
Gandhi: - Tem razão prof, cada um ficaria com o que não tem! 
O prof. furioso e procurando uma situação para humilhá-lo publicamente, escreveu na prova de Gandhi: "IDIOTA" e lhe entregou. 
Gandhi recebeu a prova, leu e entregou de volta dizendo:
- Prof. o Sr. assinou a prova, mas não deu a minha nota!

Moral da historia:
Semeie a Paz, Amor, Respeito e Compreensão. Mas trate com firmeza quem te trata com desprezo. Ser gentil não é aceitar ser capacho, nem saco de pancadas! Não dá pra ser tão humilde com os soberbos, nem arrogante com os humildes.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A verdadeira transformação (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)


Quando tantos problemas começam a nos atormentar com maior incidência, é a hora de pararmos e fazermos uma reflexão, uma auto avaliação. Por que tantos nos incomodam? Por que tudo nos irrita? Por que não conseguimos manter uma amizade? Por que tudo dá errado? Por que estamos cada vez mais sós? Seria o momento para pararmos de exigir mudanças nos outros e em tudo que nos cerca, e começarmos a promover mudanças em nós mesmos? Para aproveitar melhor a vida, não espere se dar conta que aquilo que era rotina se transformou em lembrança. Também não permita que seu sonho seja menor que o seu medo. Quem é incapaz de avançar vira especialista em criar pretexto para transformar faísca em incêndio, transformando toda possibilidade em incredulidade. “Probleminha” é problema e tem de ser revolvido antes que se transforme em “problemão”. Muitos problemas poderiam ser evitados se nossa iniciativa fosse maior que nosso comodismo. Há um jogo nesse nosso mundo: ou você influencia o que está em sua volta ou é influenciado. Não deixe o meio inóspito mudar o teu caráter, transforme-o pela força de suas convicções e do seu caráter. Não construa muros, edifique pontes em sua jornada. Não feche portas, abra janelas para a sua vida. Sua atitude pode transformar problemas em oportunidades ou vice-versa, está em suas mãos. A verdadeira transformação e mudança que desejamos não se deve buscar de fora para dentro, mas de dentro para fora. As lágrimas de hoje regarão as vitórias do amanhã, porque o anteontem de depois de amanhã é o hoje, e não é à toa que ele é chamado de presente, use esse presente, que Deus tem te dado, para transformar o seu amanhã. Muitos não avançam porque vivem esperando o futuro pra serem felizes, sem mudar a rota do presente, ancorados em medos do passado. Vemos nossos cabelos brancos se multiplicarem, viramos a folhinha dos meses e nada muda, nossos sonhos vão ficando cada vez mais esquecidos, nossos projetos de felicidade vão sucumbindo um a um diante da nossa inércia, até virarem somente uma lembrança ancorada no comodismo. E é aí que a “ficha cai” e percebemos quanto tempo perdemos esperando a mudança, sem compreender que somos nós mesmos que devemos promovê-las. Perdemos mais tempo sonhando e planejando, que buscando e é aí que reside a chave da verdadeira mudança: a iniciativa em buscar a felicidade. Nada melhor que sorrir, brincar, amar e ser amado. A felicidade está mais próximo de nós que imaginamos. Falta querer buscá-la. A escolha entre conhecer ou não o caminho que conduz à verdadeira felicidade depende exclusivamente do nosso livre arbítrio. Nossa vida é muito efêmera para ser desperdiçada com sentimentos que ofusquem a beleza da essência do bom viver. Quem vive esperando o futuro pra ser feliz, perde a felicidade de cada momento da vida e do presente, preso às amarguras do passado e impedindo a felicidade do amanhã. É um engano ficarmos esperando que as coisas mudem sem que nossas atitudes mudem primeiro.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Lágrimas das tentativas (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)


Não adianta fugir, não adianta chorar
Não adianta evitar, o jeito é encarar.
Nossas escolhas têm efeitos na vida
A lágrima manifesta a vontade alcançada ou interrompida,
Se alcançada, vem acompanhada de alegria
Da lembrança do empenho, da luta e das ventanias
Se interrompida vem acompanhada da dor
Que pode nos parar ou nos motivar a seguir com mais fervor
Muitos param por acharem que o comodismo é a melhor saída
Evitam batalhas, dores, choros, mas também evitam conquistas
Mais são os que fogem que os que lutam
Por isso, poucos são os que a vitória cantam
Afaste-se mais dos frustrados e acomodados
Aproxime-se mais dos destemidos e focados
A lágrima é corporificação física de um sentimento
Que nasce na alma, cresce no coração e transborda pelos olhos do pensamento
Que as lágrimas das tentativas
Não impeçam o sorriso da conquista
Não permita que a indecisão seja maior que a iniciativa
Nem que seu sonho seja menor que o medo dos desafios da vida
Nunca se arrependa por ainda não ter conquistado,
Mas sim por nunca ter tentado.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Lições da vida (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)

O que nos leva a escolher uma vida morna, rotineira, inerte e só de sonhos, desprovida de ações, conquistas e de busca pela felicidade? A resposta está estampada no comodismo e na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença do "Bom dia", quase que sussurrados, nas chances que cessam frente à correria diária. Falta coragem e sobra covardia até pra ser feliz na vida de muitos. O sonho fica para trás, as oportunidades escorregam entre os dedos, chances que passam sem que aja uma ação, o sonho se reduz à vontade inerte, a vontade é suplantada pelo medo e comodismo. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, entre o medo e a possibilidade, entre a derrota e vitória, mas não o são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris surgiria em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que a “fé mova montanhas”, pois sozinha nada pode, a fé deve estar sempre ao lado da iniciativa e persistência. Nem que todas as estrelas estejam ao alcance, sem esses três elementos, continuaremos só a observar, e a desejar. Optar pela antecipada derrota da inércia, à dúvida da conquista, é desperdiçar a chance de uma possibilidade e aí está a diferença entre o tangível e intangível dos desafios. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo, para a vitória, perseverança. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Uma luta cujo fim é o instantâneo da inércia, não é luta, é medo. Não deixe que a saudade o sufoque, que a rotina o acomode, que o medo o impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em seus ideais. Gaste mais tempo realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando. Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa, você não precisa buscar um relacionamento perfeito, mas fazer o seu relacionamento o mais perfeito possível, numa busca incansável por ajustes, diálogo, compreensões e ideais. Para ser feliz no seu relacionamento, você tem a tarefa de, primeiro buscar a felicidade de quem pode te trazer a felicidade. Com a vida você percebe que nem sempre quem você ajudou te ajudará, que no teu sufoco, a mão estendida muitas vezes será a que menos você esperava, e que não podemos mudar nossa natureza, simplesmente por raiva da má natureza do próximo. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher da sua vida. Você aprende a gostar de você mesmo(a), e a valoriza-se, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você, e que só você nunca percebeu isso. Constata que a maior beleza que carregamos não é a física, mas sim a da alma e do espirito. O segredo é não correr atrás das borboletas e sim esperá-la com paciência, cuidando do jardim, para que elas venham até você, pois elas sempre voltarão. No final das contas, você vai encontrar não quem você sempre procurou, mas quem sempre procurou você.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Apostila de Direito Constitucional para o concurso do TJAP

Para quem está estudando para o concurso do Tribunal de Justiça do Amapá para o cargo de analista judiciário e técnico judiciário, estamos disponibilizando gratuitamente a apostila de direito constitucional item a item do edital 001/2014-TJAP. Bons Estudos. 



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Baixe aqui as apostilas:
1-Apostila Direito Constitucional
2-Questões gabaritadas
3-Questões trabalhas em sala de aula

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O meu Amapá de um jeito que você nunca viu (Por Gesiel de Souza Oliveira)


Resolvi escrever um pouco sobre a minha terra. Quero lhes mostrar em versos e em fotos um pouco desse pedacinho da Amazônia. 

Obs.: Algumas fotos não são de minha autoria e pertencem ao fotógrafo amapaense Floriano Lima (as que estão assinadas). Todas as demais fotos são de minha autoria.


Escolhi morar na linha do equador

Onde o sol, o rio e a natureza se encontram com o calor

Lugar lindo, cheio de mangueiras e o rio-mar

A brisa gostosa na beira rio, o futlama, o vento e o puro ar

O Curiaú, o silêncio, o pasto, o tempo corre devagar

Seus balneários e suas belezas naturais a nos encantar

A beleza cênica, os búfalos, a várzea

Levam-me a uma sensação quase mágica 

A imponente fortaleza de São José a nos recepcionar

Que encanta a minha querida cidade de Macapá

O marabaixo, a fazendinha, tuas matas as riquezas naturais

Nossos bem preservado solo, fauna e flora

A cultura, festas e alegria, neste povo aflora

Prossigo sem esquecer do teu passado de lutas e vitórias 

Olhando para um futuro de prosperidade e glórias


Conheça um pouco mais da nossa terra:









sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A triste realidade do agronegócio no Amapá (Por Gesiel de Souza Oliveira, Geógrafo, Bacharel em Direito, Professor de Direito Penal e Oficial de Justiça).

O Estado do Amapá possui uma área de 142.828,521 km², dos quais 72% das terras são destinados a unidades de conservação e terras indígenas (10,5 milhões de hectares). São dezenove Unidades de Conservação que perfazem cerca de 9,29 milhões de hectares, tornando-o o único estado da federação que destinou um percentual tão grande de suas terras para a preservação total ou parcial. Isso quer dizer que temos apenas 28% de terras destinadas ao uso produtivo para fins de expansão urbana, desenvolvimento da agricultura, pecuária, e demais atividades do setor primário e secundário. A proposta inicial seria conseguir um retorno financeiro em razão da preservação de grande parte da floresta, fauna e recursos hídricos, mesmo conhecendo os efeitos no crescimento do agronegócio e na contenção da antropização produtiva. De fato esse retorno financeiro até hoje não ocorreu. Por outro lado nos últimos 15 anos o Amapá passou por um grande processo de urbanização, e hoje (agosto de 2014) conta com uma população estimada em 750.912 habitantes. Esse forte êxodo rural é proveniente de outros Estados, sendo que atualmente cerca de 90% de toda a população estão concentradas nos maiores centros urbanos como Macapá, Santana, Laranjal do Jari e Oiapoque, sendo que 75% vivem só em Macapá e Santana, manifestando um atípico caso de hipertrofia do setor urbano e do setor terciário em razão de ausência de políticas públicas voltadas para o setor primário. No Amapá além do incorrigível problema fundiário, da má distribuição de terras, grilagem e irregularidades fundiárias, temos uma administração que quase nada fez para estimular o agronegócio e a agricultura familiar. No Amapá quase tudo que chega às nossas mesas vem de outros Estados especialmente o Pará e Maranhão. Farinha, açaí, arroz, feijão, legumes, massas, etc. o Amapá ainda vive em pleno século XXI uma verdadeira política de “pacto colonial” onde se exportam produtos primários (minério, principalmente) a baixíssimos preços aos grandes centros urbanos que em troca fornecem bens e produtos manufaturados com um preço muito maior. O resultado disso é que o dinheiro do Amapá não circula aqui, pelo contrário vai enriquecer outros Estados. A realidade é que no Amapá até empresas de mineração estão fechando as portas a exemplo da Zamin, a Ecometals, a Anglo American e sua parceira Cliffs Natural Resources, dentre tantas outras. As poucas que permanecem pagam insignificantes royalties perto dos estratosféricos recursos advindos da venda do minério no mercado internacional. Elas exploram o Estado de forma especulativa e com retorno rápido, pois quase nenhuma permanece. Essa política de dependência, ancorada em uma inércia administrativa tem revelado números estarrecedores. Nos últimos 4 anos mais de 1000 empreendimentos fecharam as portas no Amapá, conforme dados do IBGE e da Junta Comercial. O ritmo de crescimento populacional não para de crescer, proveniente principalmente do Afuá, Breves, Chaves e do Estado do Maranhão. O município de Tartarugalzinho possui a mais alta taxa de fecundidade por mulher no Brasil, o que na prática revela que o Amapá tem produzido algo. O perfil do imigrante que chega ao Estado é de baixa ou nenhuma qualificação profissional, normalmente analfabeto e com poucas perspectivas de crescimento profissional. Isso acaba fortalecendo os bolsões de pobreza, desemprego e agravando ainda mais a situação, já caótica, da habitação, saúde, segurança, educação e demais setores sociais. Do limitado orçamento da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (que em 2014 foi de R$18.200,00) mais de 60% é destinado ao pagamento de carros, caminhões e transporte. Ou seja, mais da metade do que deveria ser investido em incentivos aos pequenos agricultores é destinado ao pagamento de transporte de “quase nada”, se traduzindo na prática em um grande “elefante branco”, típico cabedal eleitoreiro de funções e cargos de apadrinhados que sugam os parcos recursos em forma de infindáveis contratos de aluguéis de veículos. Nos últimos 15 anos e como consequência lógica dessa falta de uma política agrícola capaz de desenvolver o meio rural, observou-se nesse período uma redução de 30% no número de estabelecimentos agrícolas e em 42% na área total cultivada no Estado, diminuindo a produção dos principais produtos agrícolas entre 40 a 60%. Esse decréscimo produtivo se transforma em uma dependência de importação de outros Estados. Atualmente, mais de 90% dos produtos de origem agrícola e pecuária consumidos no Estado são provenientes de Estados próximos. Se de um lado existe um mercado consumidor interno capaz de absorver uma significativa produção agropecuária e florestal que vem de fora, do outro lado tem-se uma agricultura de subsistência, caracterizada pela adoção de sistemas de produção com baixos padrões tecnológicos e, consequentemente com níveis de produtividade aquém das demandas da população estadual. Os pequenos agricultores gastam excessivamente com deslocamento e transporte. Quase nada sobra para reinvestimento e promoção de crescimento do seu micro negócio, se transmutando na prática em simples manejo de subsistência. Os recursos naturais existentes nos ecossistemas do Amapá apresentam uma grande potencialidade para a exploração sustentada e geração de novos produtos, como frutas nativas, fitoterápicos, pigmentos, cosméticos, repelentes e inseticidas naturais. No entanto os poucos investimentos em pesquisa tem sido desenvolvidos pela EMBRAPA (Governo Federal). Os poucos investidores no agronegócio tem reclamado sempre dos mesmos pontos: rigor na expedição de licenças ambientais, pesada fiscalização, altos impostos, multas e falta de linha de crédito. Como resultado temos um dos mais promissores e potenciais ambientes para desenvolvimento do agronegócio que não avança presa aos grilhões da burocracia, falta de políticas públicas para o setor, falta de apoio, estrutura de produção e escoamento. Pior que não crescer diante da uma inércia administrativa, é o retrocesso que estamos experimentando no agronegócio no nosso Estado. Nossa esperança pode morrer ou recrudescer a partir de 05 de outubro, o destino está em nossas escolhas.

domingo, 24 de agosto de 2014

Raio-x da política amapaense (Por Dr Gesiel de Souza Oliveira)

Infelizmente o Estado tem o governo que merece. Isso que vivemos no Amapá é fruto dessa histórica política da mentalidade da corrupção arraigada, onde os políticos usam de malversação de recursos públicos durante o mandato inteiro para "juntar" e os eleitores para "sugar" durante a campanha eleitoral, de forma que esse ciclo se fecha para quem pretende entrar. E mesmo quando alguém consegue transpor esse hermético sistema, tem de entrar no esquema que mantém a política no Amapá. Uma sistema de retro-alimentação viciada, incurável e hereditária. Um caminho que algumas famílias já conhecem bem os meandros e que há décadas se revezam no poder. Um povo mantido por uma aberrante relação impulsionada pela miséria e troca de favores. Um Estado que agoniza com um passado manchado, um desarticulado presente e um improvável futuro. Órgãos públicos que viram cabedais para pendurar por 4 ou 8 anos agitadores de bandeiras no lugar de técnicos. Cargos que viram cegos propaladores de um crescimento que só se vê bem pintado na propaganda institucional, preocupados em simploriamente manter sua função remunerada a todo custo, mesmo que isso signifique o retrocesso. Gente que viu o Amapá ser aviltado no cenário nacional, gente que em junho foi para as ruas quebrar tudo em protestos contra a corrupção, e que agora está lá na esquina com uma bandeirola de qualquer cor na mão e R$40 no bolso fazendo campanha para os mesmos personagens da velha política amapaense. É um ciclo incurável, incapaz de mudar esse triste, insólito e decadente quadro econômico e social do segundo Estado com o menor PIB e um dos mais pobres do Brasil. Lugar com economia ancorada no contracheque público, onde mais de 1000 empreendimentos foram fechados nos últimos 4 anos, milhares de desempregados congestionam o hipertrofiado setor terciário que concentra mais 80% da população de um Estado sem setor primário e secundário. Empresas que no mundo inteiro são fortes e crescem a todo vapor, como a Coca-cola e a mineradora Zamim, fecharam as portas no Amapá desempregando centenas de amapaenses, dentre tantos outros empreendimento que devido à alta carga tributária e à politica de pagamento antecipado de ICMS, instituído no atual governo, não puderam continuar no Estado. O último hospital construído no Amapá foi feito por Janary Gentil Nunes na década de 50, e de lá pra cá, se fizeram “puxadinhos” e “guaribadas”. A segurança sem orçamento, equipamentos e quadro de pessoal, é uma insegurança decadente. Mas a ânsia, a vontade de assumir um Estado quebrado é forte. Em disputa está a "viúva", o “zumbi”, a "teta" ou tantos outros infinitos sinônimos hilários, alcunhas que sintetizam a atual situação que se tornou esse rincão sofrido, que virou ícone da corrupção para o resto do Brasil. Uma mentalidade de corrupção arraigada e intimamente ligada e fomentada pelos que estão à frente por décadas e décadas. Lugar onde a memória não existe, onde o bom senso não vale mais que um “tiket” combustível ou uma cesta básica, onde técnicos são obrigados a virarem cabos eleitorais, onde o orçamento para propaganda é 10 vezes maior que o destinado à segurança pública, na malograda tentativa de escamotear a inoperância de um "marasmo" administrativo. Dizer que nosso Estado não tem jeito surge até como compreensível para um povo sem força até para sonhar com a mudança. Mas ainda há uma única saída possível, e que está materializada em um papel moeda dentro de sua carteira, chamada de título eleitoral. Exerça seu direito conscientemente. Não troque seu voto por um desejo imediato, para em troca sofrer por mais quatro anos. Não é a política que faz o candidato virar ladrão, mas sim o voto inconsequente que faz o ladrão virar político.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Uma reflexão sobre a morte e a efemeridade da vida. (Por Gesiel de Souza Oliveira)

Como ladrão,sem avisar, a morte chega. Sempre naquela hora em que menos esperamos. Morrer é algo que nem quem vai, nem quem fica estão preparados para compreender. Uma hora estamos entre todos, outra hora estamos distante para sempre de todos. Não há rico, pobre, inteligente, famoso, influente, politico, empresario, trabalhador, mendigo, ninguém escapa desse encontro. Mais cedo ou mais tarde ela virá nos encontrar. Todos nós, alguns vivendo muito ou pouco, de causas naturais, sem culpa ou intencionalmente, mas ela nos encontrará um dia. Você acabou de ser promovido, tem planos para sua carreira, fez uma consignação no contra-cheque para comprar um carro do ano ou a casa dos seus sonhos, precisa fazer algo que deixou pendurado de ontem, pagar um conta, deixar os filhos na escola, e no meio do trajeto da rotina desgastante, em uma tarde ensolarada, MORRE. Como assim? Perguntam atônitos os que ficam. Aí ficam algumas indagações sem respostas: E a promessa de ensinar o filho a andar de bicicleta? A promessa da viagem com esposa? E aquele sorvete com os filhos que foi remarcado por causa da reunião inadiável?. É a morte, ela chegou! De que valeram tantos anos de dedicação ao trabalho árduo? De que valeu acumular tanto dinheiro, fama, influência e poder? 
Há ainda os que escolhem a hora de partir, movidos irracionalmente pela depressão, decepção, desilusão, sem a felicidade que o dinheiro não comprou. Muitas vezes estão cheio de dinheiro mas vazio de felicidade, que é a essência que move nossas vidas. Aí todo mundo sempre faz a mesma pergunta: POR QUE? Como se isso fosse ajudar a explicar alguma coisa, como se a morte tivesse uma causa apenas. Há uma mistura de fatores que deixam mais dúvidas que lembranças nesses casos. Mas a ordem natural das coisas ia tão bem na sua vida: Emprego, relacionamento, amor, casamento, filhos, lar, estabilidade. Em um piscar de olhos tudo se esvai. Num acidente na esquina, num AVC na flor da idade de uma vida sedentária ou não, numa doença que ninguém esperava ou nas mãos de um assaltante. Sempre fazemos a mesma pergunta: "POR QUE"? Morrer é uma interrupção abrupta que nós nunca estaremos prontos para entender. Obriga você a se retirar no melhor da vida sem sequer se despedir de ninguém, sem ter construído a casa dos teus sonhos, sem dar tempo de rever aquele filme que te emociona ao lado de quem você ama. Antes dela chegar você deixou em casa a sandália embaixo da cama, a escova de dente naquele lugar de sempre, e também algumas contas a pagar. Como a vida nos apronta uma pegadinha como essa? Você segue sem saber se vai chegar o seu destino, começa um projeto sem ter a certeza que vai concluí-lo, diz que é feliz, mas esconde a infelicidade atrás de um "sorriso pré-moldado". Malha todo dia e morre numa segunda de manhã. 

Queremos sempre viver bem a vida, mas não temos prioridades. Na correria não conseguimos distinguir trabalho, lazer, tempo pra família. Morrer desfaz a ordem natural dos nossos planos. Morrer é um momento inescapável que marca nossa saída deste plano e petrifica ou não nossas lembranças a partir daí. Quem vive esperando o futuro pra ser feliz, perde a felicidade de cada momento da vida e do presente, preso às amarguras do passado e impedindo a felicidade do amanhã. Não deixe que os traumas do passado lhe impeçam de agarrar as novas oportunidades de ser feliz que a vida lhe dá. Esse é o grande mistério da vida: A capacidade de recomeçar, de se recompor, e seguir adiante depois de cada decepção. O melhor mesmo é fazer agora, é começar agora, ou mesmo recomeçar, pois deixar pra amanhã não tem garantia nenhuma. A vida bem vivida não é aquela orientada pela aparência, dinheiro, aquisições, status social ou nível intelectual, e sim pela busca da paz interior nos pequenos detalhes. Para aproveitar melhor a vida, não espere se dar conta que aquilo que era rotina se transformou em lembrança. 

Por isso viva tudo que há para viver. Deixe marcas. Aí façamos uma pergunta: Será que vamos deixar boas lembranças? Ou simplesmente seremos lembrados como aquele que "já foi tarde". Dessa vida nada podemos levar, mas podemos deixar. Então deixei sementes, sejam elas de alegria, paz, amor, carinho ou dedicação. Deixe boas histórias para seus filhos, parentes e amigos contarem sorrindo aos outros, a seu respeito. Entre tudo isso, nunca deixe de amar, aproveitar cada momento como se fosse o último, deixar boas impressões, apertar a mão do próximo, abraçar, brincar feito moleque, e sorrir, sorrir muito mesmo. Desapegue-se de tudo que pode enegrecer o seu coração e tornar a vida mais pesada do que ela já é. Grafar as lembranças ruins no ferro e as boas lembranças na areia da praia é o que torna muitas vidas vazias, por viverem relembrando o que deveriam esquecer e esquecerem o que deveriam relembrar. O que fica na vida não é o ponto de partida, nem o ponto de chegada, são as sementes que plantamos ao longo caminho. Perdoe! Viva, não apenas exista!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O evangélico não deve se envolver em política? (Por Gesiel de Souza Oliveira)

"Há tempo de orar, há tempo de agir e há tempo de esperar,
estamos no tempo de fazer os dois primeiros e esperar
que as mudanças que sonhamos venham".

O que temos visto nas últimas décadas é um crescimento quantitativo dos evangélicos, mas em termos de expressão e representação, uma estagnação ou até mesmo um retrocesso. Somos muitos (quase 50 milhões de evangélicos no Brasil) mas pouco ou quase nada, em termos de representação legislativa. A grande mídia vem sistematicamente servindo como plataforma para propalar os ideais do liberalismo anticristão, um processo que ganha força a cada dia: o “estereótipo do evangélico alienado da politica”. Isso tem ajudado a explicar porque tanta gente critica a representação na política por parte de membros ou pastores de igrejas em todo o Brasil. Por outro lado, existem mais de 900 projetos de lei tramitando só no âmbito do congresso nacional, que afrontam a igreja, princípios cristãos, família, casamento, liberdade religiosa, de expressão, descriminalização do uso de entorpecentes, aborto, projetos de leis para que a igreja passe a ser fiscalizada pelo MP e TC, minimização dos decibéis dos sons emitidos pelo culto religioso durante o período noturno, cartilhas sobre orientação sexual para crianças da pré-escola, dentre outros. Todos os segmentos sociais possuem representação nas casas de leis, tais como maçons, médicos, advogados, engenheiros, odontólogos, umbandistas, fazendeiros, etc, e mesmo assim continuamos na velha "estória" alimentada pela esquerda liberal, de que é um "acinte um crente falar ou se envolver em política". Essa anacrônica ideia ardilmente alimentada, de que não podemos misturar religião e política, tem seus fundamentos em movimentos contrários a ampliação da representação evangélica no Brasil. A ideia de que todo mundo pode concorrer a um cargo político menos o "crente" ou "pastor", pois não podem se envolver porque isso é "coisa do diabo", porque é "pecado", porque não podemos misturar o "santo com o profano", dentre outros infundados argumentos. A Bíblia mesmo nos recomenda transformar o mundo em nossa volta com base na experiência transformadora que tivemos, é o que se extrai de Romanos 12.2: " não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento". Diz também as Sagradas Escrituras em João 1:5 que "a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela". Dessa forma, compreendemos que a política está desse jeito por causa da nossa histórica omissão, por causa de um sistema corrupto arraigado na mentalidade do brasileiro que vota em troca de favores, cargos, benefícios ou dinheiro. O reino das trevas é construído sobre mentiras, segredos, descaminhos e escuridão. Ele exige a ausência de luz para que sobreviva e se perpetre. Por isso seus asseclas tem difundido o que lhes é mais interessante. Todos as categorias sociais tem representação, mas quando se fala de representação evangélica, logo aparece alguém nos atacando, como se fôssemos "seres espiritualizados", seres "angelicais" alheios às mudanças em nossa volta, desconectados da realidade social e política que nos cerca e que nos oprime por meio de leis elaboradas por segmentos que perseguem a igreja. Pura "baboseira" liberal, barata, marxista e ateia, que só engole quem não conhece as perversas nuances da política anticristã que se alastra pelos corredores de Brasília, insuflado pelas minorias ultra-liberais muito bem representadas no congresso nacional. É tempo de despertar. Há tempo de orar, há tempo de agir e há tempo de esperar, estamos no tempo de fazer os dois primeiros e esperar que as mudanças que sonhamos venham com nossas atitudes no dia 05 de outubro. É tempo de acordar, um despertar cidadão e cristão, cônscios de seus deveres, direitos e do poder do nosso voto. Aos pastores e membros é sempre de bom alvitre que tenham o cuidado de manifestar o seu apoio como cidadão, nunca comprometendo a igreja, pois devemos ter consciência de que os membros tem livre arbítrio. Somos sim livres para votar em quem quisermos, mas também somos conscientes que se fizermos uma escolha errada, teremos mais quatro anos para continuarmos reclamando e sofrendo por causa de um erro do qual fomos alertados. Minha opinião é de que o pastor pode e deve, como orientador de multidões, apoiar quem tiver condições de representar dignamente nosso povo, mas quem digita na urna é o cidadão. Prefiro votar em candidato indicado pelo meu pastor que tenha uma vida digna, respeitável e que possua condições de falar pelo nosso segmento, que votar em alguém que vá representar os interesses de um partido, de um grupo sem compromisso com família, Bíblia e os princípios cristãos e que ao final vá votar contra o nosso povo nos projetos de leis que nos afetem. É um engano ficarmos esperando que as coisas mudem sem que nossas atitudes e nossa mentalidade mudem primeiro, e é o que tenho observado, e que o povo evangélico vem fazendo, mudando a sua mentalidade, dando pouco ouvido a quem não deseja que tenhamos representação, e fazendo a mudança que precisamos para um Brasil melhor.

A vida gira (Por Gesiel de Souza Oliveira)


Não perca a sua paz porque alguém está falando mal de você, lembre-se se que se você está sendo perseguido é porque está avançando. O mal arrogado contra o outro é como bumerangue atirado ao vento, vai com uma velocidade e volta com o dobro dela, contra quem o arremessou. Quando os nossos males forem velhos, os de quem nos perseguem serão novos. É impressionante ver a vida ensinando aqueles que sempre nos perseguiram. A injustiça que hoje é praticada contra nós, amanhã será praticada contra quem a provocou e contra quem se omitiu. A vida gira como uma roda gigante, hoje você está embaixo, e daqui a pouco vai estar em cima. Quem semeia discórdia ceifa solidão. Quem planta maldade colhe ruína. Quem fala dos outros pra nós, vai falar de nós para os outros. Cuidado com aquela pessoa que sempre te diz: “estão falando mal de você!”. A verdade sempre triunfa sobre a mentira, é só esperar, que o tempo se encarrega de revelá-la. Uma mentira repetida muitas vezes não se torna verdade, só a prolonga, cedo ou tarde a verdade vem à tona. A vida gira, as palavras vão e voltam, por isso devemos tomar cuidado ao falar demais, para não deixarmos para nos lembrar de tudo o que no impulso dissemos, quando precisarmos de alguém que achávamos que nunca precisaríamos. Falar imprudentemente, é sofrer consequências que você não pode prever. Por isso vale a dica: pensar e depois falar é sempre melhor que falar e depois pensar. Deus nos deu dois ouvidos e uma boca, num claro sinal que devemos ouvir mais que falar, e quando resolvermos falar, cuidemos para que nossas palavras sejam mais proveitosas que o nosso silêncio.

Lembranças (por Gesiel de Souza Oliveira)


Neste dia dos pais sinto tanto a sua ausência
Você sempre foi e sempre será a minha referência
Há momentos que penso que foi somente um sonho
Mas de repente me encontro tristonho
A melancolia, a saudade misturada à nostalgia
Daqueles momentos que pareciam magia
Aquela mão que sempre segurava a minha
Quando saíamos daquela humilde casinha
Aquela voz grave e ao mesmo tempo carinhosa
Que sempre me ensinava lições bondosas
Aquele cuidado, aquele abraço, aquele olhar
Só me resta na lembrança, e não há como voltar
A limitação financeira nunca impediu nossa felicidade
Porque aquela casinha era sustentada pela vontade
De servir a Deus e viver debaixo de sua unção
Porque sabíamos que ele era nossa provisão
Sinto saudade daquele tempo
Que voou pra longe como o vento
Daquele inesquecível tempo de criança
Ainda vivo na minha lembrança
Feliz dia dos pais Pr Nery Ferreira
Combatestes o bom combate, vencestes a carreira

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Valorize no tempo certo (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)

Reclamamos e dizemos que nossa vida não muda, não melhora, que tudo o que desejamos não dá certo, esquecemos de onde viemos e para onde vamos. Queremos sempre mais e mais. Esquecemos de olhar para baixo, nessa escada longa que subimos. Estamos sempre olhando para cima. Acabamos esquecendo de quem segurou essa escada da nossa vida para que nós pudéssemos subir. Comemos, bebemos, trabalhamos, dormimos e permanecemos a reclamar sem sequer lembrar de quem nos deu a mão no momento em que mais precisávamos. 

Queremos sempre que as coisas mudem para melhor em nossas vidas, mas estamos indiferentes a quem realmente precisa e que sempre esteve perto de nós. Nossa ganância não nos permite mais sentir a dor, sentir a necessidade e as dificuldades dos que nos deram a mão lá no começo de tudo. Temos sempre uma justificativa pronta para retirar a culpa de nossas costas, para fechar os olhos para o que está patente à nossa frente, para nos omitirmos quando poderíamos agir. Esperamos que as coisas mudem, sem que nossas atitudes mudem. Perdemos muito tempo fazendo o dispensável e deixando pra depois o indispensável. Queremos, mas estancamos na vontade. Começamos e paramos constantemente, pois invertemos a ordem de prioridades. 

A ingratidão não tem memória. Quem costuma fazer o bem deve estar disposto a encarar a ingratidão, a falta de reconhecimento e o desprezo, sem perder a sua boa natureza. É interessante que a pessoa que sempre faz o bem, mesmo que sofra uma decepção, não mudará sua natureza, em estar sempre disposto a ajudar. Queremos que as mãos sempre estejam estendidas em nossa direção, mas nos negamos a estender a mão para quem precisa. Não somos capazes de lembrarmos do que comemos ontem, da data do aniversário do nosso filho, de nossos compromissos com a nossa família, de lembrar se aquela pessoa que nos ajudou tem algo para comer, beber ou vestir, mas nunca esquecemos de nenhum detalhe que envolva o nosso dinheiro, créditos, patrimônio, trabalho e outras trivialidades que nos desnorteiam de nossas metas e nos fazem perder a sensibilidade com o próximo. 

A crise de prioridades começa quando passamos a valorizar mais quem não nos valoriza e esquecer de quem sempre se importou conosco. A pior crise de prioridades é valorizar quem nos despreza e desprezar quem sempre nos valorizou. Ficamos parados e anestesiados pelo individualismo, pela falsa ideia que o nosso dinheiro nos proporciona. Deixamos de conversar, interagir, sentir, ver, experimentar, e por fim, de viver. Essa condição leva pra longe de nós um belíssimo sentimento: a empatia, que é aquela sensibilidade que nos permite nos imaginarmos, nos colocarmos no lugar de outra pessoa. Refiro-me à capacidade psicológica de sentir o que sentiria uma outra pessoa, caso estivéssemos na mesma situação vivenciada por ela. A ausência do cultivo desse sentimento nos torna mais insensíveis e vazios a cada dia. Para ao final chegarmos a conclusão de que poderíamos ter feito mais. Trocamos a ordem natural das coisas, supervalorizando o fútil e subvalorizando o imprescindível. Deixamos de participar da vida de quem sempre nos amou, seja por falta de tempo, seja por desorganização, seja pelo individualismo, seja pela ingratidão. E tudo de forma que nem percebemos a “inversão de valores”, a “crise de prioridades”, que nos trazem efeitos permanentes e irretroativos. 

O “estalo” acontece quando nos sobrevém os efeitos de tudo aquilo que plantamos. Normalmente esse “estalo” costuma acontecer tarde demais. Quando queremos aproveitar a vida que passou e não volta mais. Quando olhamos as fotos e percebemos o quanto perdemos dos bons momentos ao lado daquela pessoa. O quanto poderíamos ter feito mais por ela. Mas aí já será tarde demais para fazer o que deveria ter sido feito. Para aproveitar o que deveria ter sido aproveitado. Para viver o que deveria ter sido vivido. Enfim, a verdadeira essência de uma vida feliz e abençoada, reside em saber fazer o bem indistintamente, não nos esquecendo daqueles que nos estenderam a mão no momento em que mais precisamos. A vida é como uma roda gigante, horas estamos lá embaixo, horas estamos lá no alto. A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira. Valorize no tempo certo para que a vida não te obrigue a valorizar no tempo errado.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Memórias de uma outra Macapá (Por Gesiel Oliveira)



A Macapá daquele tempo não me foge da memória
Era pequena, pacata e cheia de histórias
Roupa no varal, chinelo do lado de fora,
A brincadeira sadia não tinha hora
No ônibus do “Seu Daniel”, em vinte minutos eu tudo rodava
Tudo perto, e até mesmo a pé, ninguém cansava
Aquele trapiche Eliezer Levy de madeira
Dos casais de namorados apaixonados olhando as estrelas
O círculo militar e aquela visão linda do Rio Mar
A praça Veiga Cabral e o Roberto Carlos a cantar
O mês de agosto, ensaiávamos inteiro
Todos os jovens do GM se doavam por inteiro
Eram os “Arautos do Setentrião”
Conhecidos por serem o melhor pelotão
Nosso orientador era o Professor 90
Nos desfiles era quase uma lenda
As inúmeras repetições, incansáveis e reiteradas
Nos mínimos detalhes, ele não deixava passar nada
Tinham um só propósito, fazer bonito no 7 de setembro
Naquele dia a cidade parava para o movimento
Crianças com balões e bandeiras nas mãos nos aguardavam
Ao longo da Avenida FAB se aglomeravam
A esperar passar a escola com roupa padronizada
Firmando o passo na cadência sincronizada
Era o ápice da nossa alegria juvenil
Uma dedicação como nunca mais se viu
A Macapá daquele tempo era tranquila
Daquele antigo cinema, daquela fila
A cidade era pequena e todo mundo se conhecia
As sessões no cineminha ninguém perdia
Ninguém reclamava do sol quente, ninguém se queixava do calor.
No retorno passávamos pelo ‘poço do mato’ e matávamos o calor
E pelo Boêmios, pelo campo do Américo, lá no Laguinho.
A molecada já conhecia bem esse caminho
Corria com meus amiguinhos por debaixo da chuva forte
Na poça d´água brincávamos sem que ninguém se importe
Mas tínhamos medo daquela velha senhora solitária
Que morava na Marcílio Dias, senhora autoritária
Ela prometia que um caldo faria,
Se um de nós pegasse algum dia.
Eram tempos inesquecíveis de alegria,
Que hoje só me restam na nostalgia
Dias que na memória ficaram eternizados
Nessas poucas linhas sintetizados
Dias de felicidade, flashes da memória
Que aconteceram e viraram “estória”
Memórias firmes da minha infância
Ainda viva na minha lembrança.





quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ouvindo os dois lados (Por Pr Dr Gesiel de Souza Oliveira)


Uma das minhas maiores preocupações em tempos de informação imediata, é o cuidado em procurar saber a fonte, em procurar conhecer os fatos antes de repassá-la com um simples toque pelo Whatsapp, Facebook, Twitter ou outras redes sociais de comunicação instantânea. Antes de tudo quero dizer que não tenho procuração do Pr Paulo Marcelo para proceder à sua defesa, mas por conhecê-lo de longas datas, sabendo que sempre foi um pastor que nunca desonrou sua convenção, que sempre levou a mensagem do evangelho genuíno dentro e fora do País, e que tem um ministério que ao longo de tantos anos tem enfrentado a fúria do inimigo de nossas almas, pregando, apoiando a obra e cumprindo o IDE do Senhor, passo a fazer esta reflexão textual. Pois bem, uma noticia intitulada "Pastor Paulo Marcelo é preso com armas, drogas e munições" correu de forma viral, inconsequente e leviana há cerca de duas semanas pelas redes sociais. Eu também fui um dos que recebeu a tal "informação" via Whatsapp. Imediatamente percebi que havia algo errado. Li muitos comentários de pessoas que não conhecem o ministério deste honrado homem, não conhecem a sua vida como pastor, pai de família e servo de Deus dedicado à obra. Li comentários tecendo duríssimas críticas, condenando-o, jogando a sua imagem na lama, sem ao menos ter o cuidado de abrir o www.google.com e procurar saber a origem dos fatos. Mas notícia ruim corre o mundo enquanto a verdade ainda está se calçando. Mas a verdade sempre triunfa sobre a mentira, é só esperar, que o tempo se encarrega de revelá-la, e foi o que aconteceu em seguida. Lamento que a verdade dos fatos não tenha corrido na mesma velocidade que as acusações levianas pelas redes sociais. Dessa forma, o próprio pastor emitiu nota de esclarecimento em seu perfil no Facebook sobre o que de fato aconteceu, leiam:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A todos os meus admiradores, amigos e irmãos em Cristo Jesus, que têm nos acompanhado e apoiado com as vossas orações ao longo de mais de 15 anos de atividades Ministeriais, como pregador do Evangelho. 
Venho publicamente, pelo respeito e consideração que tenho por todos, esclarecer acerca das informações, que desde ontem estão sendo vinculadas nas redes sociais e em alguns meios de comunicação, envolvendo a minha pessoa.
1- Há alguns meses fui convidado para um projeto político no meu estado do Paraná, orando a Deus e falando com minha família, achamos melhor não, nesse intervalo algumas pessoas de muita influência em Foz do Iguaçu, me ameaçaram a não sair, pois os interesses pessoais são maiores que os interesses da defesa da família e da fé, como não aceitei, e mesmo assim alguém ainda me achava uma ameaça, há meses convivia com um terror psicológico e emocional. Como minha família esta sozinha e eu em minhas muitas viagens, contratei um segurança pessoal, que trabalha e às vezes permanece em minha residência, outras me acompanha durante o dia, me leva ao aeroporto, para a igreja, leva meus filhos ao colégio e os busca.
2 - Como ainda não sei, mais em breve saberemos, houve uma denúncia que em minha residência havia alguém armado. Foi expedido um Mandado de Busca e Apreensão, e na data de 16/07/2014, tal Mandado foi cumprido, sendo encontrada a arma no coldre, e dentro coldre algo que ainda não sabemos o que se trata que foi notificado como aparente entorpecente. A arma e o possível entorpecente estavam no mesmo lugar, lugar esse que meu funcionário frequenta e havia deixado sua ferramenta de trabalho lá. Sendo homem público e muito conhecido não sabemos como a imprensa acompanhou a diligência policial. As notas em internet foram notificadas antes de os fatos serem esclarecidos.
3 - Apresentamos o registro da arma, pois tal é devidamente legalizada, como um funcionário já informou pertencer a ele o que foi encontrado. 
4 - Já informei a meu Pastor Presidente Isaias Cardoso dos Santos, ele recebeu meu funcionário, entendeu o ocorrido e como me conhece há 19 anos e minha história fala mais alto que um fato, entendeu e fará também uma nota em carta no meu site e enviaremos a quem acharmos conveniente.
5 - Sou muito bem preparado para momentos assim, confesso que estou sofrendo muito, pois isso acontece em Foz do Iguaçu diariamente, e a imprensa não notifica nada, as fotos que foram publicadas estão em croma, quem conhece internet sabe o que estou falando, mais como sou pessoa pública e principalmente Pastor usaram isso para ofender a Igreja e nossa fé, infelizmente muitos irmãos ajudam a promover fatos desordenados e que não foram no momento esclarecidos, mas breve serão !
6- Peço oração por mim, por minha família, pelos meus funcionários e colaboradores que amo muito e tenho carinho por todos eles, quero deixar muito claro que estou esclarecendo isso não por ter medo de perder agenda ou notoriedade, pois o que queria ter visto já vi, sou antes de mais nada um pregador conhecido, sou crente e amo a Deus, ao Senhor Jesus, e a vocês, por isso posso pregar aqui até Jesus voltar, ou aí nas igrejas que me amam, que me conhecem, nos Pastores e amigos que tenho e fiz em 15 anos. Peço a compreensão de todos, o amor de vocês, e esperem os fatos virem a tona depois julguem, concluam seus raciocínios, mais os que me amam e me conhecem esses não preciso justificar nada, pois sabem quem sou, então me ajudem nessa guerra que vai passar e logo estarei na sua Igreja para chorarmos juntos de alegria e com vitórias em Deus !
Irmãos, compartilhem !!! Vamos superar a noticia infundada com a verdade.
Rogo a oração dos crentes em Jesus.
Fiquem na Paz do Senhor!!!
Seu amigo
Pr Paulo Marcelo
Servo de Deus.


Depois do esclarecimento de proprio punho do Pr Paulo Marcelo, a própria convenção ao qual o Pr Paulo Marcelo pertence CIEADEP - Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Estado do Paraná, por meio de seu presidente, o respeitado Reverendo Ival Teodoro da Silva e o Presidente da IEADFI, Reverendo Isaías Cardoso dos Santos, emitiram uma nota oficial informando que fizeram uma minuciosa análise por iniciativa do próprio Pr Paulo Marcelo, com oitivas, provas testemunhais e materiais, e concluíram que tudo não passou de um mal entendido, (que acredito eu, ser um plano arquitetado de desmoralização por questões políticas naquele Estado - grifo nosso) ao qual o referido pastor foi dolosamente e injustamente submetido. Veja a nota:






terça-feira, 22 de julho de 2014

A paciência (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)


Por que sonhar sem insistir?
Por que prosseguir sem ter um alvo a perseguir?
Pois esse esforço de que adiantaria?
Ter um alvo se não tivermos iniciativa?
Sem fé, sem insistência e uma meta
É impossível seguir na direção certa
O que a maioria acha, não muda o que é
Continue buscando seus sonhos com fé
Só não se machuca quem foge das batalhas
Mas quem prossegue, vence as suas falhas
Cedo ou tarde terá sua oportunidade
É questão de organizar suas prioridades
O impaciente costuma entregar sua benção para o persistente
Por isso seja sempre prudente e esteja sempre ciente
Que o caminho que leva a vitória passa pelo deserto
E algumas desmotivações virão por certo
Desistir é mais cômodo que tentar
Não pare de andar, insistir e buscar
Prossiga, mesmo diante da dificuldade
Jesus converte frustração em felicidade
Não murmure no vale da tribulação e perseguição
Transforme as pedras do caminho em altares de adoração
As tuas lágrimas regarão a semente dos teus ideais
Ter prudência no caminho nunca é demais
Tenha um sonho, iniciativa e persistência
E saiba que a vitória só vem com paciência
Deixe a luz da esperança guiar tua trajetória
E Jesus afastar a escuridão da incredulidade da sua história
A história não eterniza covardes
Mesmo com medo, prossiga controlando as ansiedades
Independente do que os outros tenham em mente
E não olhando para o impossível, vá lá e tente.
Pr Gesiel Oliveira.