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sábado, 25 de novembro de 2023

Não dá para ignorar esse cadáver - Por Gesiel Oliveira.

 

Clériston da Cunha, sua esposa e suas duas filhas.

Na narrativa multifacetada da mitologia grega, os deuses, imortais e caprichosos, regiam o destino humano com seus caprichos insensatos. Entretanto, no cenário terreno e contemporâneo, os seres de toga, ocupantes do "olimpo tupiniquim", demonstram uma teatralidade que, se não fosse trágica, seria cômica. Em um dos episódios recentes do palco judiciário brasileiro, a trama se desenrola com a omissão espetacular do Ministro Alexandre de Moraes e do Supremo Tribunal Federal. O desfecho? A morte de Clériston da Cunha, no cárcere frio da Papuda.

 

Oh, como as ironias do destino ecoam entre os mármores do STF! Enquanto as vozes da justiça ecoam com fervor nas decisões passadas, ecoa também o silêncio ensurdecedor diante da tragédia que poderia ter sido evitada. Afinal, como não lembrar das decisões anteriores do próprio Tribunal que clamavam por respeito à vida e à dignidade humana? A hipocrisia impera onde o poder ilimitado aumenta. Não temos mais uma constituição federal, mas onze, que podem mudar a depender do humor de como amanhece de cada um dos "deuses do olimpo tupiniquim".  Assim como na mitologia, onde o destino era selado entre risos divinos, neste teatro da modernidade, as contradições se entrelaçam. Decisões contraditórias que refletem a incoerência dos vereditos passados do STF, que ora exaltavam a importância dos direitos fundamentais, ora parecem esquecê-los em gavetas empoeiradas.

 

Enquanto a família de Clériston enlutada pranteava seu ente querido, em outro plano "superior e indiferente a dor e clamor", assistimos a uma surreal celebração funesta: Lula, o retórico habilidoso imperador da nova "democracia relativa do amor", condecorava com a medalha Barão do Rio Branco Janja e Alexandre de Moraes, por serviços "excepcionais" prestados à República. Ah, que espetáculo para pisotear a dignidade brasileira! Enquanto o luto se instalava, os louros das "honras supremas" eram tecidos em salões requintados, longe da sombria realidade do povo patriota abandonado nos presídios da papuda e da colmeia. Parece que, para alguns, a justiça é uma comédia de máscaras, onde a tragédia humana é apenas um detalhe menor.

 

A morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos presos políticos do 8 de janeiro, na penitenciária da Papuda, em Brasília, é um fato que deveria chocar e indignar a todos os brasileiros que prezam pela democracia, pela justiça e pelos direitos humanos. No entanto, o que se vê é um silêncio ensurdecedor por parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que se omitem diante das arbitrariedades e dos excessos cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes, o algoz dos patriotas que ousaram protestar.

A morte de Cunha é mais um capítulo trágico da perseguição política que o ministro Alexandre de Moraes vem promovendo contra os dissidentes do regime lulista, usando como instrumento os inquéritos inconstitucionais abertos pelo próprio STF, sem a participação do Ministério Público, que é o órgão responsável pela investigação e pela acusação criminal no país. Moraes se tornou o juiz, o acusador e o carrasco dos patriotas e até assistente de acusação, violando os princípios do devido processo legal, da presunção de inocência, da imparcialidade, da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana.

 

O que mais impressiona é a indiferença dos demais ministros do STF, que assistem passivamente às arbitrariedades de Moraes, sem esboçar nenhuma reação ou crítica. Parece que o STF se tornou um tribunal de exceção, que julga e condena os “inimigos do poder”, sem respeitar as garantias constitucionais e os direitos fundamentais. Onde estão os guardiões da Constituição, que deveriam zelar pela democracia, pela justiça e pelos direitos humanos? Onde está a voz dos ministros que se dizem “defensores da liberdade de expressão”, da manifestação pacífica, da democracia e do contraditório e da ampla defesa? Onde está a sensibilidade dos ministros que se comovem com os presos comuns do tráfico de entorpecentes, mas se calam diante dos presos políticos?

 

A morte de Cleriston da Cunha é um grito de alerta para a sociedade brasileira, que não pode se calar diante dos abusos e dos excessos cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes, que se tornou uma ameaça à democracia, à justiça e aos direitos humanos. É preciso que o Congresso Nacional, o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil, as entidades da sociedade civil e os cidadãos de bem se mobilizem para exigir o fim desses inquéritos inconstitucionais, a libertação dos presos políticos, a responsabilização dos culpados pela morte de Cunha e o impeachment de Moraes, que já demonstrou não ter condições morais, éticas e jurídicas para ocupar uma cadeira no STF, muito menos para conduzir inquéritos arbitrários mantidos a ferro e fogo. A democracia, a liberdade, a justiça e os direitos humanos não podem mais esperar.

 

Onde está a justiça do nosso país? Na Constituição Federal? Na lei? Certamente não! A quem podemos recorrer quando o processo já começa na última instância? E como se defender quando quem acusa é vítima, juiz, delegado, executor da sentença e última instância a se recorrer? Como se defender se os autos não estão disponíveis aos próprios advogados? E como os advogados defenderão se são calados sumariamente por força de um regimento interno que tomou uma posição anômala com mais força que a própria a própria Constituição Federal? O Brasil está de cabeça para baixo. Tirar das mãos dos ministros a capacidade decidir monocraticamente é dar um duro golpe na maior máquina de gerar arbitrariedades do Brasil atual. Imagine que uma lei federal aprovada por 513 deputados, legítimos representantes do povo, escolhidos pelo voto direto, em dois turnos, sancionado pelo presidente da república, e após tudo isso, essa lei pode simplesmente ser declarada inconstitucional por decisão liminar de um só ministro. Isso não é democrático! Essa é a fonte de tantas arbitrariedades, não é à toa que os ministros da suprema corte estão criticando ferozmente a PEC que limita os poderes das decisões monocráticas do STF.

 

Os ministros, sempre os mesmos, não se limitam mais a prender inocentes, mas abusam de libertar culpados. Veja o caso da "Dama do Tráfico", condenada a 10 anos, sem tornozeleira eletrônica e livre e solta em Brasília, palestrando, reunindo no Ministério da Justiça e visitando os gabinetes com passagens aéreas e hospedagem pagas pelo ministério dos direitos humanos. De outro lado, um cidadão foi condenado a 17 anos, em regime fechado, e mesmo quando o ministro Alexandre de Moraes identificou o seu erro, mesmo assim, manteve a pena. Inacreditável! E agora outro cidadão preso há mais de 10 meses sem provas, arbitrariamente, vem a morrer! Agora há um cadáver no caminho dos “deuses do olimpo tupiniquim” e que apesar deles tentarem ignorar, é impossível impedir as reações da população brasileira nas redes sociais e nas ruas. Não há mais limites para arbitrariedades e abusos desse "povo jactante do olimpo". Estamos em uma terra sem lei!


São inquéritos abertos de ofício, ignorando o ministério público e OAB. O inquérito do fim do mundo é igual "Bombril" tem mil e uma utilidade. Cabe todos, basta uma crítica, basta uma manifestação contrária aos "deuses do olimpo tupiniquim" em redes sociais para ser declarado "golpista", "apoiador de atos antidemocráticos", "terrorista", ou outros termos pejorativos destruidores de humanidade e demolidores da empatia.


A desumanização de quem apoia outra corrente ideológica que não seja o “esquerdismo” no Brasil é uma tática antiga socialista para tornar a população insensível a qualquer arbitrariedade praticada contra quem assim procede. Hitler afirmava que os judeus não possuíam alma, e o resultado foi o holocausto de 6 milhões de judeus. O líder soviético Joseph Stalin rotulou seus oponentes políticos como "inimigos do povo" e os retratou como “traidores da pátria”, e o resultado foram execuções em massa, contribuindo para dizimar mais de 20 milhões de opositores, além de jogar muitos deles em campos de trabalho forçado (os Gulags) nos quais milhões de pessoas perderam suas vidas. Idi Amin, ex-ditador de Uganda, desumanizou grupos étnicos, como os ugandenses de origem asiática, referindo-se a eles como "inimigos da nação" e conduzindo expulsões em massa e execuções, causando a morte de mais de 300.000 mil de pessoas na Uganda.


O líder cambojano Pol Pot e seu regime do Khmer Vermelho desumanizaram aqueles que eram considerados intelectuais, conservadores, religiosos ou ligados ao antigo governo, rotulando-os como “inimigos do comunismo”. Isso resultou em execuções em massa, trabalhos forçados e genocídio, causando a morte de aproximadamente 1,7 milhão de pessoas no Camboja. Mao Tsé-Tung, durante a revolução cultural na China em 1949, desumanizou aqueles que discordavam do Partido Comunista, rotulando-os como "inimigos do socialismo". Mais de 20 milhões de pessoas foram perseguidas, torturadas, presas e mortas, em um período de intensa repressão política. A desumanização é o prelúdio sombrio de toda atrocidade, onde a empatia sucumbe diante da intolerância. E a bola da vez em se tratando de desumanização são os “bolsonaristas”.

 

O pior crime da atualidade no “Novo Brasil do amor” não é tráfico de drogas, nem estupro, nem latrocínio, nem sequestro, nem feminicídio, o pior crime é ser “bolsonarista” e criticar os "detentores da mais absoluta verdade, donos da democracia e da liberdade". Para esse crime não há fiança, não há defesa e nem recursos. E ai daqueles que se atreverem a contestar isso! A arrogância dessa elite encastelada em um castelo de areia vive em uma “bolha”, que ignorou a súplica e clamor de um cidadão brasileiro que tinha problemas cardíacos e o que levou a morte. Era um pai de família, trabalhador e ficha limpa, que foi ignorado depois de 8 pedidos de liberdade negados, mesmo que a urgência estivesse comprovada em laudos médicos de tratamento de saúde e da necessidade de acompanhamento médico urgente. "Não importa, era só mais um bolsonarista!", é o que a cegueira ideológica da estúpida rotulação esquerdista da grande mídia propala, porque infelizmente para boa parte da imprensa brasileira, a verdade é apenas uma questão do quanto você pode pagar. Esse é o resultado funesto de uma nação sequestrada por uma ideologia nesse novo mundo sombrio e bipolar que emergiu recentemente no Brasil sob a égide da "democracia relativa do amor". A história nos adverte que o preço da liberdade é a constante vigilância contra o avanço do totalitarismo, pois esse não recua sem forte resistência. Quando a esquerda perde uma eleição, ela tenta destruir o país. Quando ganha, consegue! Que Deus tenha misericórdia da nossa nação!


Gesiel de Souza Oliveira, Tem 45 anos, é casado, pai de 3 filhos, Amapaense, Palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.

 

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

A verdade sobre a origem da seca na Amazônia: O papel decisivo do El Niño e do Dipolo de Temperatura de Superfície do Mar (TSM) no Atlântico.

Situação grave de seca no Estado do Amazonas

 

Estão “politizando” a seca na Amazônia.

Há um alarde falsamente atribuído à ação do homem que tenta ligar um problema natural climático e cíclico na Amazônia com a ação antrópica.  Neste artigo vamos desmistificar isso e mostrar que a seca na Amazônia envolve uma análise complexa e multifacetada, considerando fatores climáticos, geológicos e históricos. Vamos explorar detalhadamente os motivos por trás da seca na Amazônia, evidenciando a forte influência do fenômeno El Niño e o fenômeno do Dipolo de Temperatura de Superfície do Mar (TSM) no Atlântico, suas origens, secas prolongadas em eras geológicas passadas, seus impactos na costa do Pacífico e do Atlântico e suas consequências na bacia amazônica.

O ano de 2023 foi severamente castigado por uma seca na Amazônia provocada por fenômenos climáticos com origem nos oceanos Pacífico e Atlântico.  Isso tem afetado a maior floresta tropical do mundo, que tem aproximadamente 6,74 milhões km², e que se estende por nove países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela e Suriname mais o território da Guiana Francesa, sendo que a maior parte está em território Brasileiro equivalente a 4.196.943 km², sendo o maior bioma do país. A seca está causando impactos ambientais, sociais e econômicos. A seca reduz a disponibilidade de água nos rios e lagos, prejudica a navegação, a pesca, o desabastecimento e subsistência das populações ribeirinhas, aumentando o risco de incêndios florestais e comprometendo gravemente a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.

A seca da Amazônia está relacionada principalmente a fatores naturais. Entre os fatores naturais, destaca-se o El Niño, um fenômeno que consiste no aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. O El Niño altera os padrões de circulação atmosférica e afeta o clima em diversas regiões do planeta. Na Amazônia, o El Niño provoca uma forte diminuição das chuvas, especialmente na parte ocidental da bacia, onde estão localizados os estados do Acre, Rondônia, Roraima e Amazonas. O El Niño afeta gravemente a porção da Amazônia ocidental.

O super El Niño de 2023 está provocando um aquecimento anormal das águas
do Pacífico afetando a climática principalmente na Amazônia Ocidental


Secas prolongadas na história geológica da Amazônia

Analisando registros paleoclimáticos e geológicos, é possível identificar períodos de secas prolongadas na história da Amazônia, que ocorreram independentemente das atividades humanas. Estudos indicam que a Amazônia passou por períodos de aridez extrema e mudanças significativas no clima ao longo de milênios, influenciados por fatores como variações orbitais da Terra, ventos solares, forças gravitacionais e movimentos cósmicos.

 

Pesquisas paleoclimáticas apontam para secas prolongadas na região amazônica durante o período geológico do Holoceno, que se iniciou há cerca de 11 mil anos antes do presente, após o último período glacial, evidenciando que a variabilidade climática é uma característica intrínseca da região, não sendo exclusivamente atribuída a atividades antrópicas, níveis de desmatamentos ou a uma época específica.

 

Funcionamento do El Niño na costa do pacífico e suas consequências na Amazônia

Durante um evento El Niño, as águas mais quentes do Pacífico levam a mudanças nos padrões de vento e na circulação atmosférica global. Isso afeta diretamente os sistemas de chuva na região amazônica, diminuindo a quantidade de precipitação e provocando secas.

O aquecimento das águas do Pacífico desencadeia um deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), uma área onde os ventos convergentes promovem a formação de chuvas na Amazônia. Com a alteração dessa zona de convergência, a região amazônica recebe menos umidade, levando a períodos prolongados de seca.

 

A origem natural das secas na Amazônia e suas relações com o desmatamento

Embora o desmatamento e a atividade humana tenham impactos significativos no ecossistema amazônico, estudos científicos indicam que as secas na região têm raízes em fatores naturais, como o El Niño e outras variações climáticas globais como o Dipolo de Temperatura de Superfície do Mar (TSM) no Atlântico. O desmatamento pode agravar os efeitos das secas ao reduzir a umidade local, mas não é o principal motor por trás desses eventos climáticos extremos que afetem toda a extensão do gigantesco bioma amazônico.

 

Consequências das Secas na Bacia Amazônica

As secas na Amazônia têm consequências devastadoras para o ecossistema e para as comunidades que dependem da floresta e dos rios para subsistência. Redução nos níveis dos rios, escassez de água, perda de biodiversidade, aumento das queimadas e impactos na agricultura são algumas das consequências desses períodos de seca.

O El Niño ocorre de forma irregular, com intervalos que variam de três a cinco anos. A intensidade e a duração do fenômeno também são variáveis. Alguns episódios de El Niño foram responsáveis por secas severas na Amazônia, como os ocorridos em 1982-1983, 1997-1998, 2009-2010 e 2015-2016. Essas secas foram consideradas históricas por atingirem níveis extremos de baixa precipitação e vazão dos rios. Por exemplo, em 2010, o rio Negro atingiu o menor nível registrado nos últimos 120 anos.

 

O segundo fator natural que influencia fortemente a seca da Amazônia é o “Dipolo de Temperatura de Superfície do Mar (TSM) do Atlântico”. Ele é caracterizado pela diferença entre as anomalias de temperatura da superfície do mar nas bacias norte e sul do Atlântico tropical. Quando essa diferença é positiva, significa que a bacia norte do Atlântico está mais quente que a bacia sul, e vice-versa. O dipolo atlântico afeta a circulação atmosférica provocando secas na Amazônia ocidental, especialmente no Amapá e Pará. Quando ocorre esse fenômeno o Oceano Atlântico apresenta uma oscilação entre as temperaturas das águas do hemisfério norte e do hemisfério sul. Quando as águas do Atlântico Norte estão mais quentes do que as do Atlântico Sul, há uma tendência de redução das chuvas na Amazônia oriental.

 

O Dipolo Atlântico Positivo afeta a circulação atmosférica aquecendo as águas do
Atlântico Norte, provocando secas na Amazônia ocidental

A combinação entre o El Niño e o Dipolo de TSM do Atlântico potencializa os efeitos da seca em toda a Amazônia, que é exatamente o que está acontecendo neste momento no ano de 2023. Foi também o que aconteceu em 2009-2010 e em 2015-2016, quando esses dois fenômenos atuaram simultaneamente diminuindo a quantidade de chuvas na Amazônia Oriental e Ocidental.

A questão é que estão “politizando” a seca na Amazônia, mas a verdade é que os efeitos do desmatamento estão limitados na Amazônia muito mais a áreas urbanas, provocando mudanças de microclimas. A climática geral da Amazônia envolve forças colossais. Só uma ação conjunta de dois gigantescos fenômenos atmosféricos e climáticos do tamanho do El Niño entrando pelo Pacífico e atingindo a Amazônia ocidental e o Dipolo de TSM Positivo vindo do Atlântico e atingindo a Amazônia ocidental, agindo em conjunto e simultaneamente, tem força suficiente para mudar a climática de toda a extensão da maior floresta do planeta. A questão é que eles nunca agem simultaneamente, mas infelizmente é o que está acontecendo em 2023. E isso tem a ver com as mudanças das correntes marítimas nos oceanos, fenômeno já foi identificado pelo NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) a agência americana que estuda os oceanos, e que está sendo provocado por forças gravitacionais colossais cósmicas. Mesmo assim o fenômeno que atinge a Amazônia oriental não é tão severo quanto o El Niño que secou praticamente metade do Rio Amazonas e seus afluentes na porção oriental da Amazônia.



A rotação e translação da Terra desempenha um papel na formação de padrões climáticos globais, mas além desses, a Terra realiza ao todo 14 movimentos diferentes no espaço, e esses movimentos afetam a distribuição desigual de radiação solar ao longo do planeta, o que contribui para a formação de correntes de ventos e correntes marítimas que podem se alteram ao longo das eras. Esses padrões de vento e correntes oceânicas podem influenciar indiretamente as condições climáticas na região amazônica, afetando a umidade, as chuvas e até mesmo a temperatura. Além disso, mudanças de longo prazo nos movimentos orbitais da Terra ao redor do Sol, como variações na excentricidade da órbita, inclinação do eixo e precessão, ventos solares e forças gravitacionais colossais podem desencadear mudanças climáticas globais ao longo de milhares de anos. Essas variações orbitais, conhecidas como ciclos astronômicos, podem afetar o clima de diferentes regiões do mundo, incluindo a Amazônia, ao longo de escalas temporais muito grandes.

A Terra realiza 14 movimentos diferentes que afetam a distribuição desigual de radiação solar

Além dos fatores naturais, não se pode desmerecer os efeitos dos fatores antrópicos, principalmente o desmatamento, mas em âmbito bem mais limitado. O desmatamento altera o ciclo hidrológico da floresta, reduzindo a evapotranspiração das plantas e a reciclagem da água na atmosfera. É necessário, no entanto, não confundir a extensão dos efeitos naturais e dos efeitos antrópicos (de causa humana), este último com efeitos bem mais limitados e locais, pois não há que se falar que o desmatamento esteja afetando o controle climático de toda Amazônia. Os efeitos dos desmatamentos se restringem mais aos espaços urbanos na Amazônia, uma parcela ínfima, atingidas por certas ilhas de calor. O desmatamento também aumenta a temperatura e a secura do ar, favorecendo a propagação de incêndios florestais. Os incêndios, por sua vez, emitem gases de efeito estufa e partículas de fuligem, que contribuem para o agravamento das condições atmosféricas e escurecimento do céu, reduzindo ainda mais as chuvas e provocando inúmeros problemas respiratórios, oculares e de saúde.

 

A extensão da coluna de fumaça das queimadas provocada pela seca na Amazônia já alcança vários países da América do Sul. Há relatos de nuvens de fumaça chegando na Colômbia, Peru, Bolívia e Paraguai por onde tem causado sérios transtornos de saúde nas cidades. Na Amazônia no mês de outubro e novembro explodiram a quantidade de focos de incêndios. De acordo com o INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o ranking de focos anual é liderado pelo Estado do Pará com 37.044 focos de incêndios, seguido de Mato Grosso com 19.571 focos, Amazonas com 19.129, Maranhão 17.767 e Amapá com 11.378.

A gigantesca coluna de fumaça das queimadas provocada pela
seca na Amazônia já alcança vários países da América do Sul

A seca na Amazônia é um fenômeno complexo, influenciado em sua maior parte por fatores naturais, com o El Niño e a TSM positiva do Atlântico desempenhando um papel crucial nesse processo. Embora o desmatamento e as atividades humanas possam agravar os efeitos das secas em âmbito mais restrito e local, é fundamental compreender que esses eventos podem sim agravar as condições gerais de vulnerabilidade climática, no entanto as forças colossais responsáveis por esses problemas climáticos da seca estão relacionados a movimentos das correntes marítimas, fenômenos climáticos, atmosféricos e forças gravitacionais cósmicas que ocorrem com certa regularidade ao longo dos milênios afetando diretamente essa região. Então não se desespere, a Amazônia não vai deixar de existir pois ela já passou centenas de vezes por situações semelhantes ao logo de sua história de mais de 10 milhões de anos.

No entanto, para preservar a Amazônia e mitigar os impactos das secas, é necessário sim adotar medidas de conservação ambiental, políticas de sustentabilidade e ações para combater o avanço da degradação ambiental. O conhecimento científico contínuo e ações coordenadas são essenciais para proteger esse importante bioma amazônico e assegurar o bem-estar das comunidades ribeirinhas e indígenas que dependem diretamente dele.


Gesiel de Souza Oliveira, Tem 45 anos, é casado, pai de 3 filhos, Amapaense, Palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.


Referências bibliográficas:

- GARCIA, Mariana; CALGARO, Fernanda. Seca fora do normal em rios da Amazônia tem relação com El Niño e aquecimento do Atlântico Norte; entenda. G1, 28 set. 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/09/28/seca-fora-do-normal-em-rios-da-amazonia-tem-relacao-com-el-nino-e-aquecimento-do-atlantico-norte-entenda.ghtml. Acesso em: 20 nov. 2023.

- UM GRAU E MEIO. El Niño no Brasil: entenda efeitos de seca na Amazônia e chuva no sul. EcoAmazônia, 7 jul. 2023. Disponível em: https://www.ecoamazonia.org.br/2023/07/el-nino-no-brasil-entenda-efeitos-de-seca-na-amazonia-e-chuva-no-sul/. Acesso em: 20 nov. 2023.

- BAHIA NOTÍCIAS. Fenômeno El Niño impulsiona seca histórica na Amazônia; entenda. Bahia Notícias, 8 out. 2023. Disponível em: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/285878-fenomeno-el-nino-impulsiona-seca-historica-na-amazonia-entenda.html. Acesso em: 20 nov. 2023.

- UOL NOTÍCIAS. Ligada a El Niño, seca que atinge Amazônia vai durar até dezembro. UOL Notícias, 8 out. 2023. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2023/10/08/ligada-a-el-nino-seca-que-atinge-amazonia-vai-durar-ate-dezembro.htm. Acesso em: 20 nov. 2023.

- OLHAR DIGITAL. Seca extrema na Amazônia está relacionada ao El Niño - Olhar Digital. Olhar Digital, 28 set. 2023. Disponível em: https://olhardigital.com.br/2023/09/28/ciencia-e-espaco/seca-extrema-na-amazonia-esta-relacionada-ao-el-nino-afirmam-especialistas/. Acesso em: 20 nov. 2023.

-JORNAL TRIBUNA. O Planeta Terra e seus 14 movimentos. 27 de abril de 2022. Disponível em:  https://jornaltribuna.com.br/2022/04/o-planeta-terra-e-seus-14-movimentos/

 

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

O silêncio ensurdecedor do PT e da grande imprensa diante do escândalo envolvendo o Ministro da Justiça: hipocrisia, indiferença ou complacência?

A "dama do tráfico" palestrando dentro do Ministério dos Direitos Humanos


O governo atual tem sido marcado por uma série de escândalos, controvérsias e episódios questionáveis, mas o mais recente escândalo envolvendo a dama do tráfico atingiu um novo patamar de perplexidade. A situação, em que uma figura diretamente ligada ao crime organizado se reúne com o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, além de ter tido sua viagem paga por um dos ministérios, é simplesmente inaceitável. No entanto, mais chocante do que esse evento é a postura inerte do governo em lidar com essa questão, sem exonerações e tomando uma postura de defesa nas redes sociais.

Se essa situação tivesse ocorrido em um governo diferente, com nomes diferentes, certamente estaríamos testemunhando um frenesi midiático inflamado. O escrutínio da imprensa seria intenso e implacável, as manchetes estampariam jornais, e os debates televisivos seriam dominados por especialistas indignados. No entanto, estranhamente, a atual imprensa se mantém notavelmente calada diante desse cenário.

Seria isso um exemplo flagrante de hipocrisia seletiva? Quando o espectro político é outro, as reações parecem seguir uma lógica distinta. As críticas, por vezes justas e necessárias, parecem estar condicionadas à coloração partidária, o que é um desserviço à sociedade e à democracia. Onde estão os defensores incansáveis dos direitos humanos e da ética no governo?

O Ministro da Justiça, figura central nessa controvérsia, mantém-se firme em sua cadeira, apesar do claro e preocupante vínculo de seus assessores diretos com personagens sombrios. Se fosse em outra gestão, a pressão para uma demissão seria avassaladora. No entanto, o silêncio e a falta de ação parecem ser a norma do dia.

Até mesmo as declarações do Ministro Flávio Dino nas redes sociais, comparando essa situação a um "redoxon em uma piscina olímpica", revelam uma insensibilidade alarmante diante de um problema sério que envolve a segurança pública e a integridade do governo. Já o presidente Lula se limitou a afirmar que “tudo não passa de fake news”



É preciso relembrar que nenhum governo está imune a falhas ou escândalos, mas a maneira como esses incidentes são tratados reflete diretamente a seriedade e o compromisso de uma administração com os princípios democráticos e a transparência. O atual governo, ao não agir de maneira firme e imparcial diante dessas questões, lança dúvidas sobre sua própria integridade e compromisso com a ética além de solapar suas próprias bases, enfraquecendo substancialmente a credibilidade, já decadente, do atual governo.

Em um país que clama por justiça e integridade, a complacência diante de situações tão sérias é inaceitável. O povo merece e exige respostas claras e ações concretas. A omissão é cúmplice e a sociedade não pode aceitar a leniência como padrão. A falta de demissão do Ministro da Justiça neste cenário alarmante é um desrespeito à população e à moralidade pública que não podem ser ignorados.

O atual governo do PT está demonstrando uma postura de conivência e impunidade ao não demitir o ministro da justiça, Flávio Dino, depois do escândalo envolvendo a reunião com quatro assessores diretos com a dama do tráfico dentro do Ministério da Justiça.

A discrepância no tratamento de casos é uma nódoa na justiça brasileira. Enquanto manifestantes do 8/01 são condenados a penas pesadas e submetidos a medidas restritivas severas seja em presídios, seja confinado em prisões domiciliares, com o uso de tornozeleiras eletrônicas, por atos que, muitas vezes, não causam danos físicos ou materiais significativos, o caso da dama do tráfico suscita questionamentos graves sobre a igualdade perante a lei. O que estaria ela fazendo em Brasília perambulando de gabinete em gabinete do atual governo petista?

É um fato desconcertante constatar que essa figura ligada ao crime organizado, comprovadamente envolvida em atividades ilícitas, tenha sido condenada a uma pena inferior à de manifestantes do 8/01. Não só isso, mas o fato de não usar uma tornozeleira eletrônica, medida comumente aplicada a condenados por crimes menos graves, ressalta a dualidade e a injustiça presentes no sistema judicial que a cada dia mais fica evidente, a depender de quem está sendo julgado.

Além disso, a postura do governo diante desse escândalo é, no mínimo, conivente para não dizer, omisso ou prevaricador. O Ministro da Justiça, mesmo diante de evidências claras, contundentes e preocupantes, permanece intocado em sua posição, sem enfrentar as consequências de suas conexões questionáveis e de sua responsabilidade perante a segurança e ética institucional.

É inegável que se tal situação tivesse ocorrido durante o governo anterior, de Jair Bolsonaro, a reação da imprensa e da oposição teria sido ensurdecedora. Manchetes acusatórias, STF dando prazo de 48 horas para exonerar os ministros envolvidos, debates acalorados e exigências forte por parte da imprensa pela demissão imediata ecoariam por todo o país. No entanto, o que se vê agora é uma imprensa, em sua esmagadora maioria, silente, omissa, “passando panos” em um escândalo que em qualquer país minimamente sério, esses dois ministros, da justiça e dos direitos humanos, já estariam exonerados, demonstrando uma preocupante seletividade na abordagem e distorção dos acontecimentos políticos.

A declaração do Ministro Flávio Dino, na Rede Social X comparando essa situação a um "redoxon em uma piscina olímpica", é, no mínimo, um desrespeito à inteligência da população e à gravidade do assunto. Tratar um escândalo desse porte com tal banalização evidencia a falta de sensibilidade e seriedade com a qual alguns representantes do governo lidam com questões cruciais para o país.

A complacência diante de um caso tão sério mina a confiança da sociedade nas instituições, perpetuando a sensação de impunidade e desigualdade perante a lei e desmoralizando ainda mais as instituições envolvidas. O povo brasileiro clama por transparência, ética, combate a impunidade e responsabilidade por parte de seus representantes. É inadmissível que em um país que busca justiça e igualdade, sejam tolerados comportamentos e conexões que colocam em risco esses valores fundamentais. A falta de atitude por parte do atual governo e a passividade da imprensa “chapa branca” frente a este escândalo são um desrespeito à sociedade brasileira e à própria democracia. O governo do PT está mostrando que não tem compromisso com a ética, a moral, a lei e pelo povo. Está protegendo seus aliados e ignorando os anseios da população. Está fazendo o oposto do que prometeu na campanha eleitoral.

Que país do mundo a mulher do comandante do tráfico, condenada a 10 anos, mas estranhamente em liberdade, tem reuniões sem tornozeleira eletrônica no Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, passeando livremente nos gabinetes em Brasília, enquanto o Cacique Sererê, preso provisório, sem decisão condenatória definitiva, passou meses isolado em uma cela e agora está preso em domicílio com tornozeleira, por criticar e se manifestar contra ministros, e foi proibido até de ir ao velório do próprio pai que morreu aos 103 anos.

Estamos com saudades do tempo do “ódio” do presidente que “odiava pobres”, quando os piores escândalos estavam ligados a “leite condensado e cartão de vacina”. Já o “governo do amor” é complacente com ministra e assessores que vão a final de campeonato de futebol, ou que vão a feiras de animais em jatos da FAB, que tem ministra de turismo envolvida com milícias, ministro da Justiça que esconde imagens das câmeras de segurança do 08/01 e nenhum deles cai, nenhum deles sofre sequer uma nota de reprimenda pública por parte do presidente da república, contrária às suas condutas imorais e ilegais. É o “governo do amor”!

A omissão diante de tais fatos compromete não apenas a credibilidade do governo, mas também a confiança da população na capacidade das instituições em garantir um ambiente seguro e justo para todos. É urgente que se exija responsabilidade e transparência, independentemente de cores políticas. Em meio a toda essa indiferença dolosamente prevaricante, uma coisa é certa, a vaga no STF que até poucos dias parecia certa para Flávio Dino está cada vez mais distante.

É hora de colocar os interesses da nação acima de interesses partidários e agir com a seriedade e urgência que essa situação exige. O Brasil não pode tolerar a perpetuação da impunidade e da incoerência nas esferas de poder. A responsabilidade é de todos, e a cobrança por ética e transparência é um dever de cada cidadão.


Gesiel de Souza Oliveira,
 Tem 45 anos, é casado, pai de 3 filhos, Amapaense, Palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

A polêmica questão do ENEM que trouxe inverdades sobre o agronegócio brasileiro.



A questão do ENEM 2023 nº 89, realizado no último domingo (05) é um exemplo de como o exame nacional de ensino médio está sendo usado para difundir uma ideologia contrária aos interesses do país, demonizando o setor responsável pela geração da maior parte do PIB nacional. A questão critica a lógica do agronegócio, afirmando que ele é responsável por “destruir o meio ambiente, explorar os trabalhadores e concentrar a renda nas mãos de poucos”. Essa é uma visão distorcida, ideologizada ao extremo e falsa, que ignora os benefícios que o agronegócio traz para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

A esquerda sempre atacou o agronegócio no Brasil por questões meramente ideológicas, agora apenas ficou claro a ojeriza pelo agro brasileiro. O agronegócio é um setor vital para a economia brasileira, que gera muitos empregos, renda e desenvolvimento, e que respeita o meio ambiente e as leis ambientais. Vamos também refutar as falsas acusações de que o agronegócio é responsável pelo desmatamento, pelas queimadas e pela violência no campo. Por fim, vamos defender que o agronegócio merece o apoio e o reconhecimento do governo e da sociedade, e não a hostilidade e a perseguição da esquerda.

O agronegócio é o setor mais dinâmicos e competitivo da economia brasileira, que contribui fortemente para o crescimento do PIB, a geração de empregos, a diversificação das exportações e a segurança alimentar. Segundo dados do IBGE, o agronegócio representou 26,6% do PIB brasileiro em 2020, sendo o único setor que cresceu durante a pandemia de Covid-19. Além disso, o agronegócio emprega cerca de 32 milhões de pessoas, o que corresponde a 36% da população ocupada no país.

O agronegócio também é um importante gerador de riquezas para os pequenos produtores, que são responsáveis por 70% dos alimentos consumidos no Brasil, ao contrário do que afirma a questão 89 do ENEM. O agronegócio oferece oportunidades de acesso a crédito, assistência técnica, tecnologia e mercados para os agricultores familiares, que podem aumentar ainda mais sua produtividade e renda. Um exemplo disso é o programa Pronaf, que financia projetos de investimento e custeio para os pequenos produtores rurais.

A questão do ENEM 2023 também desconsidera os esforços do agronegócio para preservar o meio ambiente e adotar práticas sustentáveis, posição em que o Brasil está na vanguarda mundial. O Brasil é um dos países que mais tem legislações ambientais no mundo, que exige dos produtores rurais a manutenção de áreas de reserva legal e de preservação permanente em suas propriedades. Além disso, o agronegócio investe em tecnologias que reduzem o uso de agrotóxicos, melhoram o manejo do solo e da água, e aumentam a eficiência no uso dos recursos naturais.

Fica evidente a visão do atual governo em relação a este setor tão estratégico. Que país do mundo ataca o seu principal motor econômico? Coisas que só se vê no Brasil. Trata-se de mais uma tentativa de manipular os estudantes e desqualificar o agronegócio, que é um dos pilares da economia e da sociedade brasileira. Essa questão não tem fundamentos científicos ou pedagógicos, mas sim uma agenda política e ideológica. É preciso denunciar esse tipo de questão e exigir que o ENEM seja um instrumento de avaliação sério e imparcial, que respeite a pluralidade de opiniões e a liberdade de pensamento.

Joga o agro contra o país é um negacionismo científico do avanço tecnológico sem precedentes e autofágico. O oeste da Bahia até pouco tempo, era uma área praticamente despovoada, e hoje, por causa da implantação do agronegócio, é uma das regiões mais prósperas e pujantes economicamente. A mesma coisa aconteceu em diversas cidades brasileiras. O material público escolar é repleto de informações que vão nessa mesma linha. Recentemente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu aos organizadores da Agrishow de Ribeirão Preto (SP), que ocorreu entre 29 de abril e 3 de maio, como "alguns fascistas e negacionistas".

Isso revela muito sobre o nível de doutrinação ideológica que os jovens brasileiros estão sujeitos em escolas e faculdes públicas ao apresentar uma visão crítica sobre o agronegócio no Brasil, questionando sua influência no Cerrado e seus impactos sociais e ambientais. Vamos analisar os argumentos da questão e apresentar uma perspectiva contrária, defendendo a importância do agronegócio para o desenvolvimento econômico e social do país.

A questão afirmava que o agronegócio é uma forma de dominação do espaço rural pelo capitalismo, que impõe uma lógica de mercado, de propriedade privada e de exploração dos recursos naturais. O texto também critica o papel do Estado, que favorece os interesses dos grandes produtores em detrimento dos pequenos agricultores e dos povos tradicionais, o que reflete o distanciamento da narrativa e a realidade. A partir desse texto, a questão pedia para o candidato identificar uma consequência do agronegócio no Cerrado, sendo a alternativa correta a que apontava a perda da biodiversidade, expropriação de terras, renda, cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida.

Além de uma se tratar de uma questão que deve ser anulada, por conter inverdades, revela uma visão parcial e tendenciosa do agronegócio, ignorando seus aspectos positivos e sua contribuição para o país. O agronegócio é um setor que envolve diversas atividades econômicas, desde a produção de insumos, passando pela agricultura e pecuária, até o processamento, distribuição e comercialização dos produtos agropecuários. Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em 2020, o agronegócio foi responsável pela maior fatia na geração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, gerando R$ 1,98 trilhão em riquezas. Além disso, o agronegócio foi o principal responsável pelo saldo positivo da balança comercial brasileira, com 50,8% de participação nas exportações.

O agronegócio também é um setor que investe em tecnologia e inovação, buscando aumentar a produtividade, a qualidade e a sustentabilidade de suas atividades. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil é um dos líderes mundiais em pesquisa agropecuária, contando com instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que desenvolve soluções para os diversos biomas e cadeias produtivas do país. Além disso, o agronegócio é um setor que adota práticas de conservação ambiental, como o Sistema de Plantio Direto (SPD), que preserva o solo e a água, e o Código Florestal, que obriga os proprietários rurais a manterem áreas de reserva legal e de preservação permanente em suas terras.

Portanto, é importante que as questões do ENEM sejam formuladas de maneira justa e imparcial, evitando qualquer viés ideológico. A questão do ENEM 2023 nº 89 não reflete a realidade e a complexidade do agronegócio no Brasil, que é um setor estratégico para o desenvolvimento econômico e social do país, que gera riquezas, empregos, alimentos, energia e fibras, que apoia os pequenos produtores, que investe em tecnologia e inovação e que respeita o meio ambiente. O agronegócio é um setor que merece respeito, reconhecimento e valorização, não apenas por sua importância econômica, mas também por sua contribuição para a segurança alimentar, a soberania nacional e a qualidade de vida da população brasileira.


Gesiel de Souza Oliveira,
 Tem 45 anos, é casado, pai de 3 filhos, Amapaense, Palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.

Fontes:

(1) Panorama do Agro | Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). https://www.cnabrasil.org.br/cna/panorama-do-agro.

(2) Gabarito Enem 2023: veja respostas extraoficiais das questões do ... - G1. https://g1.globo.com/educacao/enem/2023/noticia/2023/11/05/gabarito-enem-2023.ghtml.

(3) Prova do Enem 2023 - confira todas as questões e o gabarito - Descomplica. https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2023/.

(4) O agro e a polêmica no ENEM 2023: repúdio de entidades. https://www.agrolink.com.br/noticias/o-agro-e-a-polemica-no-enem-2023--repudio-de-entidades_485199.html.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

O estranho relato da visita de militares estrangeiros em submarinos na década de 40, no Orfanato São José na Ilha de Santana, realidade ou lenda?

Orfanato São José na Ilha de Santana em 1950

Sabe-se que o caso de nazistas incursionando pelo vale do Rio Jari na década de 30, onde inclusive há um cemitério nazista, não foi o único caso de relatos de visitas secretas de nazista ao Amapá. A estratégia geopolítica de Hitler era sim conquistar terras na Amazônia, em busca de recursos minerais e da biodiversidade. 

O relato da “visita”

Em meados da década de 1940, embora a data exata permaneça imprecisa, um caboclo ribeirinho difundiu pelas localidades interioranas um relato intrigante: ele afirmava convictamente ter testemunhado um submarino submergindo nas águas do Rio Amazonas, nas imediações da foz do Rio Vila Nova. Segundo ele,  desse submarino emergiu um grupo de homens fardados com uniformes militares que não pertenciam às forças armadas do Brasil e que se dirigiram à Ilha de Santana.

O autor deste relato quase desconhecido, cujo nome desapareceu da memória dos antigos moradores, desencadeou uma onda de perplexidade nos dias que se sucederam. Esse relato está registrado na Revista Tempo Amazônico, escrito por Mauro Sérgio Soares Rabelo no artigo: "Histórias da Amazônia contada pelo povo: o orfanato São José na Ilha de Santana, no Estado do Amapá. Realidade ou lenda sobre a presença nazista".

O acontecimento resultou até mesmo na detenção de padres estrangeiros Italianos e Alemães, que então supervisionavam o Orfanato "São José" edificado naquela década na Ilha de Santana, e que ainda hoje restam as ruínas na Ilha de Santana, e devido à suspeita de que o submarino fosse alemão e que os militares estivessem em serviço de espionagem em conluio com aqueles cléricos.

Ao ser interrogado pelas autoridades, o caboclo, de certa forma confuso, modificou seu depoimento, agora mencionando ter avistado um "grande barco com duas velas". Enquanto alguns riram da situação, os próprios padres teriam ironizado, afirmando que o que o caboclo avistara era, na verdade, uma embarcação do tipo "regatão", comum na região, que comercializava bens com os ribeirinhos.

No entanto, para alguns habitantes da Ilha de Santana, a versão original do caboclo, que narrava a presença de um submarino, poderia ter fundamento. Naquela época, circulavam boatos de que os padres residentes no Orfanato agiam de forma estranha e recebiam "visitas muito suspeitas" durante a noite, fato confirmado pelas louças sujas ocasionalmente encontradas na cozinha do orfanato e testemunhadas por outros trabalhadores naquele local.

Há relatos de submarinos alemães visitando secretamente a Ilha de Santana na década de 40


Submarino ou “cobra Sofia”?

A narrativa se estende ainda mais: conta-se que, quando emergia e se retirava do local de ancoragem, o submarino provocava ondas tão poderosas que levavam pequenas embarcações ao naufrágio. Esse fenômeno talvez explique a origem da lenda da "Sofia", que, por muitas décadas a partir de 1940, foi transmitida de boca em boca entre ribeirinhos e catraieiros locais sobre uma cobra gigantesca que eventualmente emergia a noite naquela região próximo a Ilha de Santana. A "Sofia" era descrita como uma enorme cobra com olhos brilhantes, vagando pelo meio do rio, descrição que poderia muito bem ser associada a um submarino com seus espelhos de periscópios, que são instrumentos para observação que emergem dos submarinos para examinar a superfície.

Entretanto, oficialmente, não há documentação que comprove que os padres (religiosos) acolhiam militares estrangeiros. Naquele período, a Alemanha era governada por Adolf Hitler. No entanto, é sabido que o Orfanato São José foi, de fato, construído por padres europeus em um terreno localizado nos arredores da Ilha de Santana. Esses padres permaneceram no local por um longo período até serem substituídos por padres italianos em 1948.

Relato de testemunhas

O relato do caboclo ribeirinho foi compartilhado também no "Blog Santana do Amapá" por Manuel Rodrigues de Araújo, aposentado de 74 anos, na época do relato e publicação do artigo, em 03/10/2015, residente em Santana, que também viveu no Orfanato. Embora ouça muitas histórias sobre o submarino alemão, ele diz que não viu, mas ouviu sobre esse relato à época, que os eventos realmente tenham ocorrido.

"Aqui jazia o orfanato, uma espécie de quartel, com horários para acordar e dormir. Era um lugar onde você aprendia marcenaria, conceitos escolares (ensino regular) que levava consigo para toda a vida", compartilhou o aposentado.

No entanto, sobre o relato do caboclo ribeirinho, pode-se afirmar que alguns fatos se encaixam de forma surpreendente, permanecendo silenciados ao longo das décadas.

Uma testemunha de que "visitas eventuais" podem ter realmente acontecido naquele educandário é a Srª Raimunda Benedita dos Santos, conhecida como Dona Bené, à época do relato, com 89 anos. Naquela época, ela residia e trabalhava no local que originalmente servia como Casa de Campo para os Missionários da Sagrada Família (MSF), também conhecido como Retiro dos Padres. Posteriormente, foi adaptado para funcionar como internato para crianças e pré-adolescentes.

Dona Bené, com menos de 16 anos na época, subiu os rios da Amazônia acompanhada pelos pais e quatro irmãos. Por volta de 1942, sua família chegou ao município de Mazagão, onde fixou residência temporariamente. Eles conheceram um padre que os levou para residir no local religioso da Ilha de Santana.

A jovem testemunhou situações suspeitas envolvendo um padre de nome Orlando Bahour, que residia no local. A comunicação com ele era difícil, devido a sua limitada habilidade com o português. Dona Bené observou momentos de impaciência por parte desse líder.

Visitas “secretas”

Segundo os relatos da aposentada, a convivência no local abrigava apenas três padres de diferentes nacionalidades, sendo que dois deles eram propensos a viagens frequentes. Nesse contexto, somente um padre permanecia, o de nome Orlando Bahour, que, segundo os moradores da Ilha, era de origem Alemã. Curiosamente, esse padre se tornou o protagonista de situações suspeitas, como mais tarde testemunhou a aposentada.

Dona Bené descreveu que o referido padre tinha um domínio limitado do português e apenas conseguia se comunicar por meio de gestos. Ela contou que sua mãe chegava a dedicar até dez minutos para entender o que ele desejava comer ou o que pedia para ser feito. Dona Bené também mencionou ter presenciado várias ocasiões em que o líder religioso demonstrou impaciência. "Em certos momentos, ele parecia ter ficado irritado com a forma como limpávamos os corredores do lugar. O víamos gritar, mas não compreendíamos o que ele dizia, pois ele reclamava em sua própria língua."

Uma visita inesperada trouxe à tona uma série de acontecimentos intrigantes. Segundo Dona Bené, o padre alemão costumava deixar o retiro sem comunicar os caseiros, especialmente quando os outros padres viajavam. "Quando os outros padres viajavam, ele (padre Orlando) simplesmente partia do retiro, não dando nenhuma instrução aos caseiros. Ele desaparecia por horas e só retornava tarde da noite", revelou.

Um desses momentos em que o padre Bahour estava ausente resultou na inusitada aparição de indivíduos desconhecidos na região, ocorrida no início do ano seguinte (1944). A aposentada narrou o episódio em detalhes: "Como minha família costumava dormir depois das sete da noite, minha mãe ouviu vozes altas provenientes do bloco que abrigava o refeitório do retiro. Ela me acordou e pediu que eu verificasse a origem do barulho. Peguei uma lamparina e fui até o refeitório."

A chegada inesperada

No refeitório do Retiro — situado em um prédio distante dos dormitórios — Dona Bené testemunhou uma cena que a deixou momentaneamente imobilizada. Além do padre alemão presente, quatro homens uniformizados ficaram em silêncio conjunto ao perceberem que a jovem havia entrado. "Eles estavam conversando e rindo alto, e quando cheguei à porta do refeitório, todos ficaram subitamente em silêncio, o que me causou medo. Eles me observaram seriamente por um tempo considerável. Ao perceber os gestos do padre Orlando, me indicando para ir embora, afastei-me. Fiquei intrigada sobre a origem desses homens, já que o Retiro não era amplamente conhecido na região." Dona Bené descreveu a vestimenta e o comportamento dos homens de uniforme que visitavam o local naquela hora. "Todos usavam camisas e calças idênticas, como uniformes militares de cor escura. Dois deles tinham a camisa aberta, aparentando cansaço, e dois  portavam armas na cintura e não removiam as mãos dali."

Na manhã seguinte, uma nova surpresa aguardava Dona Bené: o refeitório estava parcialmente sujo, incumbindo-lhe a tarefa de limpá-lo completamente. "Parecia que uma festa havia ocorrido ali, e o mais curioso é que a partida desses homens não gerou qualquer barulho."

Dona Bené compartilhou o ocorrido com sua mãe, mas ela preferiu ignorar o fato, com receio de perderem a moradia que lhes fora providenciada. Algum tempo depois de presenciar a cena, Bené soube de relatos de pescadores avistando possíveis submarinos nas proximidades do Retiro.

Segundo a aposentada, esses eventos a levaram a considerar a possibilidade de como essas visitas poderiam ter ocorrido sem fazer barulho. Sua família permaneceu no local até o final da década de 1940, quando o padre italiano Simão Corridori (recentemente chegado ao Amapá) adaptou o local para funcionar como um Orfanato "São José".

A família de Dona Bené partiu para Macapá, onde reside atualmente. Viúva há quase duas décadas, ela é mãe de onze filhos, nove ainda vivos. 

A Amazônia guarda muitas histórias pouco conhecidas. Acompanhe nossa coluna todo domingo no Jornal A Gazeta e siga Gesiel Oliveira nas redes sociais para conhecer mais sobre curiosidades históricas, geográficas e geopolíticas do Amapá e da Amazônia.


Gesiel de Souza Oliveira, Tem 45 anos, é casado, pai de 3 filhos, Amapaense, Palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.


Fonte principais: 

1) Cristóvão Lins, artigo publicado neste link:  https://serqueira.com.br/mapas/naziam.htm

2) Emanoel Jordânio; http://memorial-stn.blogspot.com.br/2011/06/nazismo-na-ilha-de-santana.html?m=1

3) Super Interessante, com informações "Das Guyana-Projekt. Ein Deutsches Abenteuer am Amazonas - Jens Glüsing, Cristoph Links Verlag, 2008". https://super.abril.com.br/historia/nazistas-na-amazonia/

4) Mauro Sérgio Soares Rabelo no artigo: "Histórias da Amazônia contada pelo povo: o orfanato São José na Ilha de Santana, no estado do amapá. Realidade ou lenda sobre a presença nazista" https://www.ap.anpuh.org/download/download?ID_DOWNLOAD=1970

5) Blog Santana do Amapá - http://santanadoamapa.blogspot.com/ “Os nazistas estiveram aqui na Ilha de Santana” - http://santanadoamapa.blogspot.com/2015/10/os-nazistas-estiveram-aqui-na-ilha-de.html

sábado, 14 de outubro de 2023

Começou a Jihad Global

 


Israel é o centro espiritual, ideológico e geopolítico do mundo. O que acontece lá repercute imediatamente para todas as nações imediatamente. A força das ações e reações naquela região afetam diretamente as superpotências, especialmente os EUA que tem a base da formação de sua população majoritariamente judaico-cristã. As atrocidades iniciadas pelo Hamas contra o povo Israelense está desencadeando um efeito ainda mais perigoso e imprevisível em todo mundo. Nos EUA, Europa, Oceania, América do Sul, Asia, especialmente em diversos países democráticos, manifestantes pró-terrorismo estão incitando uma nova fase ainda não conhecida pela humanidade: A Jihad Global. 


A jiade ou jihad (em árabe: جهاد‎; romaniz.: jihād , "empenho", "luta") é um conceito do islão, que está  previsto como ordem no Alcorão (a Bíblia dos islâmicos) que pode ser traduzido  como "guerra santa" contra os “inimigos da religião muçulmana”. Aquele que segue a jihad é conhecido como mujahid. É um grupo cada vez maior, que já conta com milhões em todo mundo, que não quer negociar com o mundo ocidental e cristão, querem sua aniquilação. Jihad é a guerra santa contra os infiéis (católicos, ortodoxos, Evangélicos, judeus, etc) e contra todos aqueles que não aceitarem se converter ao Islamismo que são considerados como "infiéis" e que devem morrer pela Sharia (lei mulçumana). Neste momento há uma instabilidade mundial provocada pelos eventos na palestina, há muitas manifestações pró-Hamas em diversas partes do mundo. 




A França conseguiu impedir um ataque terrorista que já estava programado por uma célula do Hamas dentro do território Francês e proibiu qualquer manifestação pró-Palestina o que só jogou mais gasolina na questão dentro da França, especialmente porque os islâmicos se implantaram em uma grande quantidade em já representam uma grande quantidade da população francesa hoje. Na Austrália manifestantes gritavam pelas ruas: "GÁS NOS JUDEUS", "MATEM OS JUDEUS". Estão havendo conflitos entre esses manifestantes e as polícias desses países. 


Essas manifestações estão sendo orquestradas em várias capitais do mundo, especialmente após o maior líder religioso mulçumano do Hamas fazer um pronunciamento pedindo que seja iniciada imediatamente a Jihad contra os cristãos e contra o mundo ocidental , que ele classificou como "infiéis". Não se enganem há um objetivo nesses ataques: aumentar as tensões entre judeus e islâmicos e desestabilizar a paz mundial nos países ocidentais para facilitar a propagação mundial da Jihad Global. 



O Hamas não quer acordo, eles não buscam a paz, não buscam o espaço para o povo palestino viver em sossego, eles usam aquele povo para seus desígnios malignos em um processo de lavagem cerebral de ódio contra o israelenses que começa na infância. Os líderes do Hamas sequer residem na Faixa de Gaza, a maioria deles moram espalhados em grandes metrópoles em outros países, mas controlam ideologicamente aquele povo a distância, por meio de seus comandantes e soldados e deformam sua formação cognitiva. Está no estatuto do Hamas: “a aniquilação completa do Estado de Israel”. 


Para os democratas e diplomatas virtuais de redes sociais, vamos deixar uma coisa bem clara: os mecanismo democráticos e de civilidade de acordos e contenções  de conflitos não aplicam a essa gente preparada para promoverem o terror, seres esvaziados de sentimentos, capazes de decapitar bebês, que estupram mulheres, que violam cadáveres, que levam idosos, deficientes e crianças reféns para usarem como moeda de troca e barganha, ou simplesmente para usaram em seus vídeos horripilantes de propagação do terror. O Hamas só age em momentos em que as negociações pela paz estão avançadas entre Israel e Árabes. 



Eles são sabotadores da paz porque vivem da propagação da violência e do terrorismo. Há poucos dias antes do ataque de sábado (07/10) os EUA e Israel estavam bem adiantados em uma negociação de um acordo de paz com a Arábia Saudita e Israel. Foi nessa hora que o Hamas entrou com os ataques terroristas e as negociações voltaram para a estaca zero, e pior, é a vitimização que o Hamas promove, mostrando a toda hora na imprensa internacional os mísseis de Israel atingindo a Faixa de Gaza, criminalizando a ação de resgate e autodefesa das forças armadas de Israel que estão neste momento entrando de casa em casa na Faixa de Gaza atrás das dezenas de idosos, crianças, deficientes, mulheres e soldados levados como reféns pelo Hamas. 


Essa vitimização tem um propósito geoestratégico: criar um clamor mundial, especialmente no mundo árabe, para virem em ajuda ao “pobre povo oprimido palestino” comandado pelo “grupo de resistência Hamas” como chamam os petistas no Brasil. Vocês entendem agora  como as narrativas impactam de forma contundente na formação do pensamento de quem não conhece a situação nessa região?


Já não há dúvidas de que o que está acontecendo neste momento em todo o mundo é o início da “Jihad Global” a famosa “guerra santa islâmica” que o Hamas tanto persegue e almeja, e que  já está em andamento. A partir de agora vamos testemunhar as piores atrocidades e muitos ataques terroristas em diversas partes do mundo se multiplicando. Estejamos atentos e preparados para os deletérios e insanos efeitos do terrorismo em nova escalada nunca vista pela humanidade.


Essa guerra extremista de natureza religiosa é uma bofetada retumbante na cara de todos aqueles que, mesmo no mundo ocidental católico e evangélico, durante anos continuaram a acreditar que "os terroristas não têm nada a ver com Islamismo, deixem eles imigrarem e chegarem a vontade". Entendam uma coisa, ou os países tomam uma postura de controlar a imigração desenfreada desse povo em nações democráticas ou eles vão dominar onde se implantarem com seus “califados islâmicos” mudando a cultura, as leis e os costumes como já estão fazendo em toda a Europa. A democracia não consegue sobreviver pacificamente com o islamismo radical  por muito tempo.


O Hamas existe por um erro que Abraão cometeu e que gerou consequências até os dias atuais. A Bíblia registra isso em Gn 16. Ao invés de esperar o filho da promessa, Sara, esposa de Abraão, pediu que ele tivesse um filho com sua escrava Agar, esse filho se chamou Ismael, o pai dos povos do deserto, dos árabes, dos mulçumanos. Mais tarde em Gn 17 o filho da promessa nasceu Isaque, que foi pai de Jacó, que depois da luta com o anjo passou a se chamar de Israel de acordo com Gn 32. 27-28 ²⁷E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. ²⁸ Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste. "Yisra" (ישרא) - que significa "lutar" ou "prevalecer". "El" (אל) - que é uma referência a Deus: "aquele que luta com Deus e prevalece". Israel prevalecerá, pois Deus está ao seu lado nessa luta contra diversas nações que lutam pela sua aniquilação. O leão da tribo de Judá está nessa guerra e peleja pelo seu povo.


Gesiel Oliveira, Teólogo, Pastor evangélico, Professor especialista em Geopolítica Mundial e Pós-Graduado em Direito Constitucional.