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sábado, 31 de dezembro de 2016

Várias impugnações apontam falhas graves na confiabilidade da listagem de 31 mil inscritos apresentada pela CGADB.

Aproximadamente 10 impugnações foram interpostas na Comissão Eleitoral da CGADB contestando a listagem de mais de 31 mil inscritos apresentada pela CGADB para votarem na 43ª AGO em São Paulo no dia 09 de abril de 2017. As impugnações foram interpostas na seguinte ordem: Um pastor do Espírito Santo, um de Roraima, três do Pará, quatro do Amazonas e um do Amapá. Até a manhã do dia 30, data limite para as impugnações, essas eram as impugnações que haviam sido recebidas pelo presidente da Comissão Eleitoral da CGADB. Tivemos acesso a algumas delas e verificamos que os pastores encontraram diversos erros crassos e suspeitas de fraudes graves nas inscrições. O que você verá a partir de agora é de domínio público, pois já está nas mãos Comissão Eleitoral e é resultado de uma auditoria independente, realizada por dois especialistas. Esse relatório apontando detalhadamente vários erros nas inscrições, também já está na posse da Comissão Eleitoral. Eles contestaram desde e-mails e telefones falsos até milhares de ministros que constam na lista de Ministros Inscritos para votar, porém, os mesmos não constam na lista de Ministros Aptos para Votar. Vejam alguns dos principais pontos graves que foram identificados e impugnados nas alegações desses 10 pastores. 

Existem 793 (Setecentos e noventa e três) ministros que informaram e-mails inválidos, ou seja, a digitação do e-mail não é válida. Lembrando que para um e-mail ser considerado válido, ele deve obedecer a seguinte formatação: usuario@nomedodominio, sendo que no nome do domínio, deve ter uma extensão como: [dominio.com], [dominio.com.br]. [dominio.net], [dominio.org], etc. Porém, e-mails como os registrados nas inscrições mostradas na imagem abaixo, não são domínios válidos, e dá um entendimento de que foram digitados sem a observância dos artigo 43 que exige que o e-mail deve ser válido. Segue imagem de uma amostra de Email’s inválidos, existem 793 (Setecentos e noventa e três).


Foi identificado também diversos registro de Inscrição com Email em branco, ou Email repetido. Conforme mostra a imagem abaixo, foram registrados 125 inscrições sem informar um e-mail, ou seja, o e-mail está em branco. Ainda existem 81 (Oitenta e Uma). Inscrições que foram realizadas com o e-mail: jrfcartorio+CGADB@gmail.com, 7 (sete) Inscrições que foram realizadas com o e-mail: assembleia.tuc@hotmail.com, e 3 (três) que foram geradas com o e-mail: jrfcartotio+CGADB@gmail.com.

As impugnações também denunciaram uma enorme quantidade de registros de Inscrições com e-mails informados suspeitos de serem criados em série, onde é verificado que o registro do ministro está contido no e-mail. Foram registrados 3.638 (três mil, seiscentos e trinta e oito) ministros onde é verificado que o Registro do Ministro está contido dentro do e-mail. Conforme mostra a imagem abaixo, sobre esses e-mail’s há fortes indícios e suspeitas de terem sido criados em série, e não são e-mail’s pessoais válidos, pois não é comum colocar o número do registro da instituição em que a pessoa é associado, neste caso, da CGADB, em um e-mail.



A exemplo, a convenção COMADEBG registrou 391 (Trezentos e Noventa e um) ministros utilizando e-mails que caracterizam cadastro em série, todos tem a mesma formatação, sendo a seguinte formatação: Ministro.[matricula]@Comadebg.com.br. Conforme mostrado na imagem abaixo:




Além disso, as impugnações identificaram suspeitas de fraudes no registro de Inscrição com telefones inválidos, ou seja, a digitação do número de telefone não é válida. Existem 901 (Novecentos e Um) ministros que informaram telefones inválidos, com dígitos faltantes ou não informaram o número de telefone, condição sem a qual não se pode votar, de acordo com o edital de abertura do processo eleitoral. Conforme mostra a imagem abaixo, são telefones que não foram informados, ou o número não é o número de um celular válido.



Ainda é possível verificar que em alguns casos, a digitação do número de telefone é inválida, e foram criados de forma sequencial, no caso da tabela abaixo, que mostra bem isso. Veja que os números: 12344993, 12344994, 12344995, 12344996, etc.. são números que foram criados em séries demostrando claramente fundadas suspeitas de fraude e inserção falsa de informações no sistema eleitoral. Verifica-se que há a quantidade de dígitos válidos, somente para burlar a identificação do sistema do registro, porém, não existem, e foram criados em séries. As operadoras foram consultadas por um dois auditores que apresentaram em seu relatório final que essas operadoras informaram que esses terminais telefônicos nunca sequer existiram. Cada um dos mais de 31 mil telefones informados foi verificado por esses auditores, que enviaram milhares de mensagens entre os dias 25 a 28 de dezembro. Se você recebeu uma mensagem denominada “CHECK”, eram eles trabalhando para averiguar a autenticidade de cada terminal telefônico e e-mail informado. Veja a tabela abaixo, com dados extraídos da listagem apresentada pela CGADB.


Resumo da ópera: No Total, foram inscritos 5.207 (Cinco Mil duzentos e sete) ministros onde: ou não foi informado o e-mail, ou o e-mail informado é inválido, ou o e-mail informado é considerado suspeitos de ter sido criados em série. E o mais grave, é que há indícios de que inscrições tenham sido realizados por uma mesma fonte, sendo informados e-mail’s ou telefones suspeitos, e se isso ocorrer, há riscos da senha ir para um só lugar e alguém votar por todos. Enfim, esse é apenas um resumo de uma enorme quantidade de denúncias formuladas por esses 10 pastores em suas respectivas impugnações, que já estão de posse da Comissão Eleitoral. Agora é aguardar a resposta (que eu já sei no que vai dar) e ver qual será o rumo a partir daí, especialmente por parte do grupo comandado pelo pastor paraense, principal afetado caso essas irregularidades não sejam sanadas. 



Gesiel Oliveira

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Suspeita de fraude no processo de inscrições da CGADB

Ao que tudo indica aquela trégua, que fez o grupo comandado pelo Pr Samuel Câmara retirar todos os processos contra a mesa diretora da CGADB, terá um rumo diferente. Entenda o caso: A mesa diretora da CGADB foi obrigada a procurar o grupo comandado pelo pastor de Belém do Pará em razão de um iminente bloqueio judicial nas contas da CGADB e do próprio Presidente da entidade, por descumprimento de determinação judicial emanada da justiça do Amazonas, que obrigou a mesa diretora da CGADB a apresentar os detalhes sobre os números de inscritos  e os respectivos pagamentos das inscrições e anuidades atrasadas de seus convencionais, atinentes às eleições gerais ocorridas em abril de 2013 em Brasília. 

Os valores já ultrapassavam os 10 milhões de reais em multas fixadas pela justiça por descumprimento da ordem de exibição de documento. Estranhamente a mesa diretora ignorou a ordem judicial e deixou a multa correr. Até que, dias antes da execução que bloquearia as suas contas, o grupo da mesa diretora da CGADB resolveu recuar e fazer um acordo. Diga-se de passagem, que esse acordo não foi visto com bons olhos por boa parte da base do grupo de apoio comandado pelo Pr Samuel, que dando um derradeiro voto de credibilidade, resolveu assim mesmo, fazer o acordo que retirava todos os processos em andamento contra a mesa diretora. 

Os termos do acordo falavam sobre eleições limpas, processo eleitoral eletrônico com acompanhamento e supervisão de empresa idônea para garantir a criptografia (mais segurança no voto virtual), acesso às informações de inscritos e quitações de débitos dos convencionais, para garantir mais lisura ao processo, dentre outros itens relevantes. Pois bem, tudo isso foi por água abaixo logo após a divulgação do total de inscritos. Se por um lado ficou mais difícil fraudar o processo eleitoral na fase final de votação, nada impede que manobras ocorram antes, no momento das inscrições. 

O tema é forte, mas os provas que o grupo do Pr Samuel já tem em mãos são suficientes para anular, de pronto, todo o processo de inscrições, por fundadas suspeitas de isenções de pagamentos de inscrições, inscrições de pastores sem seu consentimento, pagamento de débitos anteriores de convencionais, indeferimento do detalhamento de inscritos e pagamentos, etc tudo num doloso desígnio de insuflar o total de inscritos. E o que se viu na sequência foi um acordo que não está sendo cumprido, pelo menos por parte do grupo do Pr José Wellington. Nem bem a lista de inscritos saiu e o que se esperava aconteceu. 

Os pastores do grupo do Pr Samuel que acompanhavam o encerramento das inscrições no último dia 30 de novembro, alegam que faltando pouco mais de uma hora para o encerramento das inscrições, que iniciaram em 15/09 e encerraram no dia 30/11, ou seja em 77 dias de inscrições, o número parcial de inscritos chegava a cerca de 18 mil. Nesse ritmo projetaram que até o encerramento, tivéssemos cerca de 20 mil inscritos. É pura matemática! Para surpresa geral ( e não de minha parte) o total de inscritos foi de exatamente: 30.648. Ou seja, em menos de uma hora, houveram mais de 12,6 mil inscrições, conforme tabela abaixo. Outro fato que chamou a atenção foi o fato da CONFRADESP (Pastoreada pelo atual presidente da CGADB e sede da próxima convenção) ter inscrito 9.452 “convencionais”. Ou seja, entre as 54 convenções cadastradas e aptas para votarem, apenas a CONFRADESP inscreveu sozinha 30,84% do total geral de inscritos. Isso não seria problemas, se o espelho de detalhamento de inscritos não fosse negado pela comissão eleitoral. Esse fato acendeu a luz amarela, deixou clara forma nebulosa como vem sendo conduzido esse pleito que elegerá no dia 09 de abril de 2017  novo presidente da CGADB bem como toda a sua mesa diretora.

Basta uma análise superficial para compreender que não haveria tempo suficiente para os bancos compensarem tantas inscrições em lapso tão exíguo, além de que nenhum site suportaria tantas inscrições ao mesmo tempo, isso congestionaria qualquer plataforma virtual e derrubaria qualquer site. Sem falar que, feito o pedido formal para apresentação do detalhamento de inscrições e o consolidado de inscrições, foi de pronto negado o pedido pela comissão eleitoral da CGADB. Há ainda uma outra suspeita de que a comissão eleitoral teria recomendado por ofício encaminhado ao candidato da mesa diretora da CGADB, que sua candidatura teria sido indeferida por decisão colegiada desta comissão, pois ele é membro da mesa diretora da CPAD, condição vedada pelo Estatuto da entidade para quem almeja concorrer ao cargo de presidente da CGADB. Mas sobre isso, tratarei detalhadamente no meu próximo artigo.

Gesiel Oliveira

Tabela com o total parcial de inscritos apresentada pela CGADB. Ainda há possibilidade desse
número ser ainda maior, pois vários outras inscrições ainda estão sendo analisadas.



terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A parada da coxinha


Certa vez eu estava retornando do fórum (onde trabalho como Oficial de Justiça) para o almoço. Na época existia uma lanchonete que fazia uma das melhores coxinhas e caldo de cana de Macapá. Eu sempre costumava parar ali. Já conhecia os donos, e até conhecia também os dois filhinhos daquele casal, uma menina de 6 anos e outro menino de 9. Quem sempre me atendia com um sorriso no rosto era a senhora. Pessoa simpática, trabalhadora e dedicada a sua pequena lanchonete e aos seus filhos. O marido dela eu nunca via, pois sempre estava trabalhando fora. Pois bem, naquele dia, uma sexta feira no final do mês de agosto de 2010, eu estava retornando do trabalho e resolvi parar ali. Além de mim, só mais um casal de clientes estava ali. Foi então que eu ouvi choros de crianças, e um barulho repetitivo atrás da divisória que separava a cozinha da lanchonete, do salão onde eram servidos os clientes. Fiquei curioso com aquele barulho: “Tum, Tum, Tum, Tum…”. Resolvi olhar por cima da baixa divisória. Foi então que presenciei o marido agredindo a mulher (dona da lanchonete), que segurava a cabeça dela agarrando-a pelos cabelo e batendo contra a parede repetidas vezes. Sentei assustado e pensei: “sexta-feira, vou pegar a estrada rumo a um Balneário com a minha família daqui a pouco. Se eu prender esse cara, vou ter de acompanhá-lo até a delegacia, vou perder uma tarde inteira, talvez até entre pela noite”. Pensei, pensei, e resolvi, me levantei, saí da lanchonete, fui até o meu carro. Peguei o meu celular que estava dentro e liguei para o delegado plantonista do CIOSP. Expliquei tudo que estava acontecendo. Ele enviou dois agentes de polícia civil rapidamente até o local, onde a agressão estava acontecendo. Chegando ao local, eu os conduzi até o casal.. Um dos policiais chamou o marido agressor daquela senhora. O casal veio, ela estava com um olho roxo, cabelos arrepiados e fala ofegante. Eu disse ao policial: “prenda esse senhor, pois eu testemunhei a agressão dele contra essa senhora”. A mulher agredida imediatamente gritou: “mentiroso, nós estávamos apenas conversando, só que de forma acalorada”. Eu perguntei, e esse olho roxo aí? Ela respondeu: “ontem eu escorreguei aqui dentro da lanchonete e acabei caindo e batendo meu rosto”. Naquela altura eu já estava muito chateado com aquela situação, e resolvi mandar os dois para a delegacia. Perdi uma tarde inteira, deixe de ir com a minha família para um lindo balneário que nós havíamos acertado, servi como testemunha, fui o último a ser ouvido. Saí da delegacia perto da noite, cansado e com fome. E pra completar o cara me ameaçou dizendo que iria me pegar por aí. E no retorno, passei novamente em frente àquela lanchonete e pra minha surpresa, aquele casal estava aos beijos e abraços lá na frente, e eu passei direto no meu carro, com os vidros escuros e fechados, me escondendo, e com aquela vontade de parar ali e comer aquela coxinha deliciosa. Nunca mais pude parar ali.