A vida nos ensina lições todos os dias. Aprendi mais uma, que inclusive é Bíblica: A lei da semeadura, está explicada em Gálatas 6:7-8: “cada um colhe aquilo que semeou em sua vida”. Bem, mas uma coisa é certa, não podemos pagar o mal com mal. Muitas vezes o bem que deixamos de fazer, o tempo converte em mal que não podemos impedir. Por isso não podemos esquecer que somos apenas despenseiros, ou mordomos das bênçãos de Deus sobre nossas vidas. Hoje quero compartilhar com você uma experiência pessoal, que revela como isso pode acontecer na prática. Na minha adolescência pobre, certo dia, desejei comprar um sapato, pois o meu estava muito velho, e eu já o havia colado diversas vezes.
Guardei dinheiro por quase dois meses, na época entregando fotos para o meu pai que era fotógrafo, para conseguir esse dinheirinho. Consegui quase todo o dinheiro, R$30 à época. Faltava algo em torno de uns R$ 5. Fui andando até uma grande loja de sapatos no centro de Macapá. Disse ao dono da loja que eu era filho do Pr Nery, que era conhecido desse senhor. Tentei encontrar naquele senhor um pouco de sensibilidade, e pedi o desconto. Na negativa, tentei ainda pedir a ele que esperasse só um pouquinho, pois eu iria conseguir o restante dos R$5 no outro dia e levar até ele, mostrei meu sapato furado e rasgado dizendo a ele que não aguentaria mais um dia. Ao que o dono da loja, arrogantemente, e com olhar de desprezo disse: “não interessa se o teu pai me conhece, se você não tem dinheiro, a porta é a serventia da casa”, me disse apontando a direção da porta. E continuou: “E vá logo, pois tempo é dinheiro e eu não tenho tempo a perder com você”. Foi um dos dias mais humilhantes da minha vida.
Eu saí daquela loja com tamanha vontade de comprar aquele simples sapato. Quando voltava a pé pra casa, meu sapato velho estourou, vi meus dedos para o lado de fora. Cheguei em casa em lágrimas, procurando novamente a cola de sapateiro para mais um vez tentar remendar meu velho sapato. Minha avozinha ao ver aquilo, se sensibilizou, e rapidamente foi buscar o restante que faltava de sua pequena reserva, e me de deu, e eu fui embora feliz, saltitando de alegria e enxugando minhas lágrimas, para comprar o meu novo sapato, mas em outra loja. Passaram-se 27 anos desse fato, e agora eu estava voltando do fórum onde trabalho, era horário de almoço, parei em um mini box na Zona Norte. Voltava com meus três filhos da escola particular onde eles estudam. Deixei-os no meu carro, no ar condicionado enquanto desci para comprar algumas coisinhas. Enquanto eu comprava, assobiava o hino 394 da Harpa: “mão no arado”, e vi um senhor segurando uma cuba de ovos, que andava devagar, com uma bengala na mão e com os pés arrastando, pois havia sofrido um AVC recentemente.
Ele se aproximou de mim dizendo: “vejo que o senhor é crente, pois assobia um hino da harpa. Eu estou sem dinheiro, preciso que o senhor me ajude a comprar essa cuba de ovos e assim que eu puder, eu lhe pago”. Era o que ele iria comer por quase um semana. Eu disse a ele que não precisava me pagar, comprei a cuba, e não fiz só isso, mas ofereci-lhe uma carona até onde ele reside, em um pequeno quitinete alugado. Quando eu o ajudei a sair do carro, ele me agradeceu muito e falou o seu nome. Fiquei paralisado, pálido naquela hora, foi então que reconheci que se tratava do dono daquela grande rede de lojas. As memórias daquele momento da minha adolescência vieram a minha mente. Este senhor me disse que perdeu tudo, sua esposa o abandonou e seus filhos também, e que ele passou a viver sozinho. Nesse período também sofreu um AVC que o deixou daquele jeito. Ele me disse: “oro a Deus que te abençoe meu filho, para que nada falte em sua vida”. Eu me despedi dele com lágrimas nos olhos, entrei no meu carro, e enquanto as lágrimas rolavam no meu rosto, meus filhos me perguntavam: “por que você está chorando papai”, ao que respondi: “lembranças meus filhos, lembranças do que a vida me ensinou”.
Não deixe que nada mude seu caráter, não tenha rancor de quem te fez o mal. Por isso nosso foco nunca deve ser a vingança, ou o desejo de destruição ao próximo, mas sim que oremos a Deus assim: “Ó Senhor me ajuda a enfrentar a maldade com bondade, a falsidade com sinceridade, a maledicência com benção, a desonestidade com equidade, a parcialidade com imparcialidade, o engodo com a veracidade, o conluio com a hombridade, a má fé com a fidedignidade, o mal com o bem, a pedrada com o perdão.” A maior barreira está em estender a mão e pedir perdão ou dar um abraço perdoando. Mas essa barreira não pode ser maior que a sua vontade de ser plenamente feliz. Não esqueça que a vingança satisfaz um momento, mas o perdão satisfaz uma vida.
Guardei dinheiro por quase dois meses, na época entregando fotos para o meu pai que era fotógrafo, para conseguir esse dinheirinho. Consegui quase todo o dinheiro, R$30 à época. Faltava algo em torno de uns R$ 5. Fui andando até uma grande loja de sapatos no centro de Macapá. Disse ao dono da loja que eu era filho do Pr Nery, que era conhecido desse senhor. Tentei encontrar naquele senhor um pouco de sensibilidade, e pedi o desconto. Na negativa, tentei ainda pedir a ele que esperasse só um pouquinho, pois eu iria conseguir o restante dos R$5 no outro dia e levar até ele, mostrei meu sapato furado e rasgado dizendo a ele que não aguentaria mais um dia. Ao que o dono da loja, arrogantemente, e com olhar de desprezo disse: “não interessa se o teu pai me conhece, se você não tem dinheiro, a porta é a serventia da casa”, me disse apontando a direção da porta. E continuou: “E vá logo, pois tempo é dinheiro e eu não tenho tempo a perder com você”. Foi um dos dias mais humilhantes da minha vida.
Eu saí daquela loja com tamanha vontade de comprar aquele simples sapato. Quando voltava a pé pra casa, meu sapato velho estourou, vi meus dedos para o lado de fora. Cheguei em casa em lágrimas, procurando novamente a cola de sapateiro para mais um vez tentar remendar meu velho sapato. Minha avozinha ao ver aquilo, se sensibilizou, e rapidamente foi buscar o restante que faltava de sua pequena reserva, e me de deu, e eu fui embora feliz, saltitando de alegria e enxugando minhas lágrimas, para comprar o meu novo sapato, mas em outra loja. Passaram-se 27 anos desse fato, e agora eu estava voltando do fórum onde trabalho, era horário de almoço, parei em um mini box na Zona Norte. Voltava com meus três filhos da escola particular onde eles estudam. Deixei-os no meu carro, no ar condicionado enquanto desci para comprar algumas coisinhas. Enquanto eu comprava, assobiava o hino 394 da Harpa: “mão no arado”, e vi um senhor segurando uma cuba de ovos, que andava devagar, com uma bengala na mão e com os pés arrastando, pois havia sofrido um AVC recentemente.
Ele se aproximou de mim dizendo: “vejo que o senhor é crente, pois assobia um hino da harpa. Eu estou sem dinheiro, preciso que o senhor me ajude a comprar essa cuba de ovos e assim que eu puder, eu lhe pago”. Era o que ele iria comer por quase um semana. Eu disse a ele que não precisava me pagar, comprei a cuba, e não fiz só isso, mas ofereci-lhe uma carona até onde ele reside, em um pequeno quitinete alugado. Quando eu o ajudei a sair do carro, ele me agradeceu muito e falou o seu nome. Fiquei paralisado, pálido naquela hora, foi então que reconheci que se tratava do dono daquela grande rede de lojas. As memórias daquele momento da minha adolescência vieram a minha mente. Este senhor me disse que perdeu tudo, sua esposa o abandonou e seus filhos também, e que ele passou a viver sozinho. Nesse período também sofreu um AVC que o deixou daquele jeito. Ele me disse: “oro a Deus que te abençoe meu filho, para que nada falte em sua vida”. Eu me despedi dele com lágrimas nos olhos, entrei no meu carro, e enquanto as lágrimas rolavam no meu rosto, meus filhos me perguntavam: “por que você está chorando papai”, ao que respondi: “lembranças meus filhos, lembranças do que a vida me ensinou”.
Não deixe que nada mude seu caráter, não tenha rancor de quem te fez o mal. Por isso nosso foco nunca deve ser a vingança, ou o desejo de destruição ao próximo, mas sim que oremos a Deus assim: “Ó Senhor me ajuda a enfrentar a maldade com bondade, a falsidade com sinceridade, a maledicência com benção, a desonestidade com equidade, a parcialidade com imparcialidade, o engodo com a veracidade, o conluio com a hombridade, a má fé com a fidedignidade, o mal com o bem, a pedrada com o perdão.” A maior barreira está em estender a mão e pedir perdão ou dar um abraço perdoando. Mas essa barreira não pode ser maior que a sua vontade de ser plenamente feliz. Não esqueça que a vingança satisfaz um momento, mas o perdão satisfaz uma vida.
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