Com a chegada da nova convenção
nacional, a CADB, Convenção Nacional das Assembleia de Deus no Brasil, que será
lançada oficialmente no dia 02 de dezembro em Belém do Pará, e com a
possibilidade do reconhecimento do ministério pastoral feminino que será um dos
tantos diferenciais desta convenção, muitos pastores de outras regiões do
Brasil ligados à CGADB se manifestaram contrariamente à iniciativa. Resolvi então
escrever um artigo sobre o tão polêmico tema. Respeitando os discordantes,
quero expor aqui as razões com fundamentos bíblicos pelas quais defendo a
ordenação feminina.
1 – Em Cristo acabam as
distinções étnicas, sociais e sexistas
“Nisto não há judeu nem grego;
não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em
Cristo Jesus.” Gálatas 3:28
Se Deus pode incluir judeus e
gentios no ministério, por que não incluiria tanto homens quanto mulheres? Se
vamos manter a distinção entre sexos, deveríamos também manter a distinção
entre dias, meses, anos, entre judeus e gentios, entre animais limpos e
impuros, etc.
2- Muitos pastores argumentam que
não há fundamento Bíblico para ordenação de mulheres.
2.1 Mulheres sempre exerceram autoridade no AT.
Mesmo sendo vilipendiadas no AT,
ele ainda relata casos de várias mulheres que exerciam autoridade ministerial
sobre os homens. Raquel era
pastora. Miriã era profetisa. Débora era juíza e profetisa. Hulda era profetisa,
na mesma época em que Jeremias e Sofonias também o eram, mas foi à ela que
foram procurar. A mulher de Isaías também era profetisa. E vários
outros exemplos mostram que em alguns casos a mulher era respeitada como líder
divinamente chamada.
2.2 Mulheres sempre exerceram autoridade no NT.
Quem profetizou no templo ao ver
o menino Messias? Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Além de
mulher, velha e viúva.
Em Romanos 16:1, o próprio Apóstolo Paulo recomenda a Febe,
que era diaconisa (serva) da igreja de Cencréia. E no mesmo capítulo (v. 7)
fala de Júnia, uma eminente apóstola.
E em I Coríntios 11:5 "Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada.". Paulo implicitamente fala que a mulher pode profetizar, que seria o mesmo que pregar, desde que o faça com a cabeça coberta. Como é que alguns capítulos depois ele as proibiria de falar na igreja? Se quem profetiza edifica a Igreja "mas o que profetiza edifica a igreja" I Co 14:4, e uma mulher profetiza, então ela edifica a igreja? Então, ela ensina a igreja?
E em I Coríntios 11:5 "Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada.". Paulo implicitamente fala que a mulher pode profetizar, que seria o mesmo que pregar, desde que o faça com a cabeça coberta. Como é que alguns capítulos depois ele as proibiria de falar na igreja? Se quem profetiza edifica a Igreja "mas o que profetiza edifica a igreja" I Co 14:4, e uma mulher profetiza, então ela edifica a igreja? Então, ela ensina a igreja?
A chave está na interpretação dos
últimos versículos de I Co 14. No versículo 31 ele diz que todos podem
profetizar. Isso incluiria as mulheres, não incluiria? E nos versículos seguintes
ele fala de reverência no culto, e que por isso as mulheres devem interrogar a
seus maridos em casa, para não causar constrangimento na igreja.
Quem sabe quais seriam as
perguntas que elas queriam fazer na igreja? Alguém pergunta na igreja, quando o
pregador está a ministrar, mesmo que queira mesmo saber isso?
E vejamos um dos casos mais importantes: Júnia citada pelo Apóstolo Paulo como uma apóstola. Romanos 16:7 “Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo”. O próprio Paulo reconhece ela como apóstola. E eminente apóstola. Importante apóstola. Portanto, Júnia era mulher e apóstola. Por isso entendemos que Cristo não morreu só pelos homens. Mas também pelas mulheres. Por que então pretendemos excluí-las do ministério (serviço) cristão? Ele fez todos nós sacerdócio real. Fez sacerdotisas também.
E vejamos um dos casos mais importantes: Júnia citada pelo Apóstolo Paulo como uma apóstola. Romanos 16:7 “Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo”. O próprio Paulo reconhece ela como apóstola. E eminente apóstola. Importante apóstola. Portanto, Júnia era mulher e apóstola. Por isso entendemos que Cristo não morreu só pelos homens. Mas também pelas mulheres. Por que então pretendemos excluí-las do ministério (serviço) cristão? Ele fez todos nós sacerdócio real. Fez sacerdotisas também.
3 – A atividade pastoral é, antes
de tudo, um dom, uma chamada, uma vocação:
O argumento usado por Pedro para
justificar a inclusão dos gentios na igreja foi o dom do Espírito que lhes fora
concedido da mesma maneira como aos judeus. Como os apóstolos poderiam impedir
a sua inclusão? Semelhantemente, a igreja deve reconhecer o dom pastoral que
tem sido concedido a indivíduos do sexo feminino. Ordenar nada mais é do que
reconhecer o dom. Negar-se a reconhecer o dom conferido por Deus é o mesmo que
resistir a Deus. Confira:
“Portanto, se Deus lhes deu o
mesmo dom que a nós, quando havemos crido no Senhor Jesus Cristo, quem era
então eu, para que pudesse resistir a Deus? E, ouvindo estas coisas,
apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu
Deus o arrependimento para a vida.” Atos 11:17-18
Se os líderes atuais
reconhecessem o dom pastoral que Deus tem concedido à mulheres, toda discussão
cessaria. Alguns, mesmo reconhecendo do dom, negam o título. Algumas
denominações preferem chamá-las de ‘missionárias’, ‘doutoras’, mas jamais
‘pastoras’. Chega a ser ridículo. Em contrapartida, encontramos muitos homens
que ostentam o título sem jamais terem sido vocacionados para o desempenho do
pastorado. Patético e lamentável.
4 – O Dom de Profecia é dado
tanto a homens quanto a mulheres:
“E há de ser que, depois
derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E
também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu
Espírito.” Joel 2:28-29
De acordo com o discurso de Pedro
no dia de Pentecostes, tal profecia cumpriu-se cabalmente quando o Espírito foi
profusamente derramado sobre os 120 discípulos reunidos no cenáculo. Ora, se as
mulheres devem manter-se caladas na igreja, conforme interpretam alguns a
instrução paulina, logo, como elas poderiam profetizar? Por linguagem de
sinais? Lemos em Atos 21:8-9 que Filipe, um dos sete diáconos originais, também
reconhecido como evangelista, tinha quatro filhas que profetizavam. E o que
seria “profetizar” dentro do contexto neotestamentário? Paulo responde: “o que
profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação” (1
Coríntios 14:3). Os mesmos que se manifestam contrários à ordenação feminina
dizem que o exercício do dom de profecia está ligado à atividade pastoral. O
pastor é o profeta da igreja. Através da pregação, ele edifica, exorta e
consola. Ora, ora… Seguindo a mesma linha de raciocínio, uma mulher que tenha
recebido de Deus tal dom, estaria habilitada pelo Espírito a exercer o ministério
pastoral.
5 – O sacerdócio universal é dos
crentes em geral, sem distinção de sexo:
Alguém poderá argumentar que
embora encontremos profetisas nas Escrituras, jamais encontramos sacerdotisas.
Mas "peraí"… Cristo não substitui o sacerdócio levítico por um eterno, onde todos
somos igualmente sacerdotes?
“Vós também, como pedras vivas,
sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (…) Mas vós sois a geração
eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis
as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” 1
Pedro 2:5,9
Eis um dos pilares da reforma
protestante. Todos os crentes são sacerdotes, sem importar seu gênero. Manter a
distinção entre clero e leigos é um ranço indesejável que herdamos do
romanismo. E como sacerdotes, temos duas atribuições: a) oferecer sacrifícios
espirituais a Deus b) anunciar as virtudes d’Aquele que nos chamou das trevas
para a luz. Homens e mulheres estão igualmente incumbidos disso. Ora, por que
razão deveríamos privar mulheres de celebrar os sacramentos/ordenanças (Leia-se
Ceia e Batismo)? Conheço denominações em que as mulheres podem ensinar, pregar,
trabalhar na secretaria, evangelizar, mas não podem celebrar a ceia ou o batismo.
Isso não faz o menor sentido. Quem está habilitado a anunciar as virtudes do
Deus vivo e a oferecer sacrifícios espirituais também está habilitado a partir
o pão e batizar. Questão de coerência. O problema é que os homens não querem
abrir mão da proeminência. Durante a celebração da primeira eucaristia, Jesus
despiu-Se diante dos discípulos, cingiu-se de uma toalha e lavou-lhes os pés.
Alguns entendem que o lava-pés seria uma cerimônia complementar da Ceia do
Senhor. Mesmo que não encaremos como uma ordenança, não podemos fazer vista
grossa ao fato de que foi durante a Ceia que Ele nos deu tal exemplo.
Escrevendo a Timóteo, Paulo diz que antes de inscrever uma viúva para ser
socorrida pela igreja, dever-se-ia verificar se a mesma praticou toda a boa
obra, inclusive lavar os pés aos santos (1 Tm.5:10). À esta altura, o lavar os
pés dos irmãos havia se tornado numa prática constante na igreja. Jesus deixara
o exemplo aos Seus discípulos homens, porém, mesmo as mulheres a observavam.
Isso fazia parte da diaconia, exercida tanto por homens quanto por mulheres.
6 – Foi a uma mulher que Jesus
confiou o primeiro “ide” após Sua ressurreição.
Jesus poderia ter aparecido
primeiramente aos Seus discípulos homens, mas preferiu aparecer primeiro a uma
mulher, a quem confiou Seu primeiro “ide” (Jo.20:17). É possível que os
discípulos tenham se sentido desprestigiados por isso. - Por que a uma mulher,
e não diretamente a nós? Talvez isso indicasse a importância que Jesus atribuía
ao gênero feminino na difusão do Evangelho.
7 – Há evidências sólidas de que
havia liderança feminina na igreja primitiva.
“Recomendo-lhes nossa irmã Febe,
serva da igreja em Cencréia. Peço que a recebam no Senhor, de maneira digna dos
santos, e lhe prestem a ajuda de que venha a necessitar; pois tem sido de
grande auxílio para muita gente, inclusive para mim. Saúdem Priscila e Áqüila,
meus colaboradores em Cristo Jesus. Arriscaram a vida por mim. Sou grato a
eles; não apenas eu, mas todas as igrejas dos gentios. Saúdem também a igreja
que se reúne na casa deles. Saúdem meu amado irmão Epêneto, que foi o primeiro
convertido a Cristo na província da Ásia. Saúdem Maria, que trabalhou
arduamente por vocês. Saúdem Andrônico e Júnias, meus parentes que estiveram na
prisão comigo. São notáveis entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes de
mim.” Romanos 16:1-7
Quanta informação valiosa numa
simples saudação! No texto original, Febe é chamada “diaconisa na igreja em
Cencréia”. De acordo com o testemunho do autor patrístico Teodoreto de Ciro
(393 – 466 d.C.), Febe era uma pregadora itinerante cuja fama correu o mundo
todo. “Ela era conhecida não apenas entre os Gregos e Romanos, mas entre os
bárbaros também”. E Febe não foi a única. Uma pedra tumular foi achada em 1903
no Monte de Oliveiras com esta inscrição: "Aqui jaz a serva e virgem noiva
de Cristo, Sofia, a diaconisa, a segunda Febe". Isso demonstra que Febe
tornou-se numa espécie de referência de liderança feminina na igreja primitiva.
Em sua recomendação, Paulo dá
testemunho de que Febe teria sido de grande auxílio para muita gente, inclusive
para ele mesmo. O texto original nos fornece uma compreensão um pouco mais
acurada: "Porque ela tem sido indicada, realmente por minha própria ação,
uma oficial presidindo sobre muitos."
O termo traduzido como “auxílio”
é prostatis (Rom. 16:2). Esta palavra não é traduzida dessa maneira em nenhum
outro lugar nas Escrituras gregas. Foi uma palavra comum e clássica que
significava "padroeira ou protetora, uma mulher colocada por cima dos
outros". É a forma feminina do substantivo masculino prostates, que
significa "defensor" ou "guardião" quando se refere aos
homens. Em 1 Timóteo 3:4-5,12 e 5:17, o verbo proistemi é usado a respeito das
qualificações dos bispos e diáconos quando Paulo ordenou aos homens a
"governarem" bem as suas casas, que incluiu cuidar das suas
necessidades. O que foi que significou para homens, deve significar o mesmo
para as mulheres. O que foi que estes bispos e diáconos fizeram para as suas
casas, Febe fez para a igreja e Paulo. As posições foram idênticas.
Se nós recusarmos a admitir que
Febe "governou", ou "liderou", ou foi uma
"defensora", ou "guardiã", então nós precisamos rebaixar os
diáconos para qualquer nível em que Febe estava ministrando. Se Febe só
"auxiliou”, então é só isso que os diáconos fizeram. Seria muito
inconsistente traduzir a palavra como "governador" quando se refere
aos homens e "auxílio" quando se refere as mulheres.
Entre os que recebem a saudação
paulina, destacam-se Priscila e Áquila, responsáveis por ensinar o Evangelho
com mais precisão a Apolo, um dos mais eloquentes pregadores da época. Propositadamente,
Paulo menciona Priscila antes de Áquila, o que poderia soar indelicado, para
indicar sua importância ministerial. Um pouco mais adiante, Paulo nos revela
dois personagens curiosos, a saber, Andrônico e Júnias, “notáveis entre os
apóstolos”. Se, de fato, ambos, marido e mulher, eram considerados “apóstolos”,
não sobre margem pra discutir sobre a legitimidade da liderança feminina na
igreja primitiva.
8- Frida Vingren foi um exemplo
de pastora no início da história da Assembleia de Deus no Brasil.
Não podemos nos esquecer de Frida
Strandberg. A liderança desta mulher nos chama muita atenção, pois sua atuação
foi de suma importância para a consolidação da AssemblEia de Deus no Brasil.
Frida nasceu em junho de 1891, no norte da Suécia, era de uma família de
crentes luteranos (a Igreja Estatal Oficial na Suécia). Formou-se em Enfermagem
chegando a ser chefe da enfermaria do hospital onde trabalhava. Tornou-se
membro da Igreja Filadélfia de Estocolmo, onde foi batizada nas águas pelo
pastor Lewi Pethrus, em 24 de janeiro de 1917.
Neste mesmo ano recebeu o batismo
com o Espírito Santo e o dom de profecia e se sentiu vocacionada para a obra
missionária sendo enviada pelo pastor Pethrus para o campo missionário
brasileiro e, chegando a Belém/ Pará, se casou Gunnar Vingren em 16 de outubro
de 1917. Contraiu malária em março de 1920 e quase morreu. Recuperada viu seu
marido pegar a mesma enfermidade várias vezes. Depois de muitos anos no Pará, a
família Vingren migra para o Rio de Janeiro, seguindo o mesmo processo da
migração nordestina.
Frida Vingren (nome de casada) desenvolveu grandes atividades evangelísticas,
abriu frentes de trabalhos e igrejas em
muitos lugares do Rio de Janeiro. As atividades de assistência social, círculos
de oração e grupos de visitas ficaram também sob sua responsabilidade. Também
exercia a função de docência nas classes de Escola Dominical e ministrava
Estudos Bíblicos, pois era versada nas escrituras, estudando teologia. Era
responsável – no inicio da obra no Rio de Janeiro – pela leitura devocional nas
aberturas dos cultos, pela execução musical dos hinos – ela era organista e
tocava violão – e, quando Gunnar Vingren se ausentava da Igreja em visita ao
campo missionário, Frida substituía-o pregando e dirigindo os cultos e
trabalhos oficiais com muita unção e autoridade dadas por Deus. Frida exerceu a
direção oficial dos cultos realizados aos domingos na Casa de Detenção no Rio
de Janeiro e era excelente pregadora, exercendo sob seus ouvintes grande
carisma. Pregava e dirigia os cultos nos pontos de pregação da AD no Rio de
Janeiro, em praças públicas e áreas abertas. Os cultos ao ar-livre promovidos
no Largo da Lapa, na Praça da Bandeira, na Praça Onze e na Estação Central eram
dirigidos por Frida, tendo Paulo Leivas Macalão como seu auxiliar direto.
Articulou-se como escritora de diversas matérias nos jornais oficiais da AD, como os jornais Boa Semente, O Som Alegre e Mensageiro da Paz (este último agregou os dois primeiros). Ela escrevia mensagens evangelísticas e traduzia vários outros textos e hinos da língua escandinava. Foi também comentarista das Lições Bíblicas de Escola Dominical (hoje revista oficial da CGADB para a Escola Dominical) na década de 1930.
Além de excelente escritora,
Frida sempre se dedicou à música. Cantava, tocava órgão, violão e compunha
hinos de grande valor espiritual. Ele foi compositora de nada menos que vinte e
três hinos da Harpa Cristã e alguns destes têm forte essência escatológica.
Frida, ao que parece, não foi simplesmente uma colaboradora no processo de
implantação da AD. Ela foi, juntamente com seu marido, a principal líder da
Igreja entre 1920 e 1932. Alencar alega que [Daniel] Berg é nulo […] Como Berg é inexpressivo na liderança, e Vingren,
doente, ficou pouco tempo efetivamente na liderança, fica a dúvida sobre quem
de fato dirigia e dava “as cartas” nesta igreja em seus primeiros anos: seria Frida
Vingren que exerceu a liderança nesse interregno? O modelo de liderança de Frida Vingren, segundo
relata Alencar, incomodou muito a liderança masculina da AD.
Frida é o modelo
de uma líder completa, numa época em que as mulheres ainda não participavam da
vida política do país nem mesmo como eleitoras, mas a AD permite que elas,
excepcionalmente, sejam pastoras e ensinadoras. O que incomoda então é a
influência de Frida Vingren? Com certeza! Ela prega, canta, toca, escreve
poesia, textos escatológicos, visita hospitais, presídios, realiza cultos e –
nada comum – dirige a igreja na ausência do marido (e… na presença também) […]
na foto dos missionários… que participaram da Convenção de Natal [Rio Grande do
Norte, 1930] ela é a única mulher que aparece. Onde estão as esposas dos outros
[missionários e pastores]?… Frida chega a escrever um texto no Mensageiro da
Paz… disciplinando a conduta dos obreiros. Frida é vista como uma mulher extraordinária.
Ivar Vingren argumenta que a esposa do irmão Vingren, foi também uma
missionária fiel, perseverante e zelosa, que além do cuidado pela família,
soube participar e ajudar no trabalho do seu esposo.
Grande é a multidão de
almas que ela ganhou para Jesus durante estes anos de luta junto com o seu
esposo. Frida, numa das cartas
selecionadas na obra autobiográfica dos Vingren, expressa o seu esgotamento
físico e seus sentimentos acerca de seu trabalho pioneiro no Brasil. Ela
enumera as dificuldades na categoria “tribulação”, sofrimento” e “agonia”. Mas
tem muita esperança, quando contempla os sinais de Deus operando na Igreja e
nas congregações. Ela declara que tem pagado o preço do trabalho, mas sabe que nada
é em vão perante o Senhor. A missionária – dirigente dos trabalhos oficiais na
AD do Rio de Janeiro (até então Missão Sueca) nesta mesma carta demonstra um
sinal de frustração por ter de entregar a direção do Jornal “Mensageiro da Paz”
aos líderes nacionais. O Senhor sabe de tudo, eu não quero defender-me, pois
não sou sem falta, mas aquele dia tudo se revelará […] Agora, depois que
entregamos a direção do jornal “Mensageiro da Paz”, eu pensei então que o nosso
tempo aqui no Brasil talvez esteja terminado ou o Senhor talvez tenha alguma
outra missão para nós cumprirmos […] Para mim é como arrancar o coração do meu
peito, quando penso em deixar o Brasil para talvez nunca mais voltar! É difícil
aceitar que Frida seja “sem falta”. Ela faz tudo e assume toda a responsabilidade
da Igreja em São Cristóvão/RJ além de cuidar das congregações ligadas a esta
Igreja, dirigir o jornal e articular outros trabalhos acima citados.
Frida sofre um
esgotamento físico que chega a atingir o sistema nervoso e alega sofrer do
coração. Sinais claros de cansaço de uma pessoa que se dedica integralmente à
obra da Igreja. É complicado vê-la somente como colaboradora ou à sombra de
Vingren. Frida desabafa quando diz que “Gunnar tem estado enfermo a tanto
tempo, que faz muito tempo que ele nem tem podido participar do trabalho”. Por
causa da enfermidade de Gunnar Vingren, este não teve o tempo e a energia
suficiente para poder assumir o trabalho. Quem assume o trabalho integralmente
é Frida! Apesar de Samuel Nystrom – teórica e documentalmente – ser o segundo
dirigente da Igreja na ausência de Gunnar Vingren. É fato que Frida é uma
mulher humilde que compreende seu papel de liderança e, sem soberba, relata
como Deus, em uma revelação dada a uma irmã, a via quando ela auxiliava seu
marido. Quando nós [Gunnar e Frida] saímos do Pará e viemos ao Rio de Janeiro,
uma irmã no Pará teve uma visão.
Ela viu como Gunnar estava ajuntando frutas
maduras num grande pomar e ela me viu também num canto do pomar, trabalhando
com uma bomba de água, que estava regando todas as árvores. Esta visão está
muito próxima à lógica do ministério apostólico compreendido por Paulo. “Eu
plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento” (1 Co. 3.6). Gunnar
seria Paulo? Frida, Apolo? A compreensão hermenêutica pentecostal pode nos
abrir para essa possibilidade interpretativa. Mas, Frida nunca esteve “num
canto do pomar”. O fato é que Frida Vingren, com o agravamento da enfermidade
de seu marido, foi preterida pela liderança nacional. Em 1932, por causa do
estado de saúde de Gunnar, toda a família Vingren é obrigada a voltar à Suécia
para cuidar da saúde de Gunnar. Neste mesmo ano, antes de viajar para a Suécia,
o casal Vingren sofre com a morte de sua filha caçula. Frida perde o que lhe é
mais precioso no período de dois anos (1932-1933). Perde sua filhinha, e é
forçada pelas circunstâncias explícitas (doença do marido) e implícitas (a
oposição da liderança nacionalista e masculina) a deixar o trabalho
eclesiástico por ela exercido e suportar a perda – por falecimento – de seu
marido. Sete anos depois do falecimento de Gunnar, Frida também entra pelas
portas das mansões celestiais e as obras de suas mãos a acompanharam e naquele
dia tudo se revelará.
Frida Vingren é o típico modelo
de mulher pentecostal que exerceu o seu ministério pastoral na periferia do
poder clerical de um ambiente evangélico predominantemente patriarcal e
centrado na figura do homem. Dentro das AD se constituíram as sociedades
eclesiais femininas como grupos de visitação, de oração, de louvor, assistência
social; Frida é a origem de tudo isso no Brasil. As mulheres exercem espaço na
liturgia, na pregação, no culto, na educação bíblica, na assistência social e
no serviço religioso, mas dificilmente o ministério pastoral.
Frida (representando aqui o ministério feminino) é um protótipo de liderança silenciada e, infelizmente, marginalizada nas AD. Rosemary Ruether diz que O ministério feminino baseado em dons carismáticos renasce continuamente na prática e também é continuamente marginalizado do poder nas instituições históricas das igrejas. As mulheres pentecostais têm um papel fundamental na organização e manutenção das estruturas laicas das igrejas pentecostais, como podermos ver na biografia de Frida Vingren. Contudo, elas são marginalizadas, inferiorizadas e preteridas dentro das estruturas significantes de poder. Sempre estiveram à margem dentro do modelo patriarcalista das igrejas pentecostais clássicas, enfrentando ao longo de toda história da igreja resistência masculina contra a sua liderança.
A liderança nacional desde a 1ª.
Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil (caso Frida Vingren, por
exemplo) tem feito de tudo para tirar de foco a discussão sobre o ministério
feminino na Igreja. O Ministério de Madureira tem consagrado mulheres para o
exercício do diaconato e para o ministério missionário. As mulheres dos
pastores presidentes – anteriormente consideradas “a esposa do pastor…” – agora
têm sido reconhecidas como missionárias. O Ministério do Belém – ligado a
CGADB, nem ao diaconato tem consagrado mulheres. As mulheres não são consultadas
acerca das grandes decisões e iniciativas institucionais. A nova convenção,
CADB, vem com o claro propósito de resgatar a importância histórica da mulher
nesse processo de evangelização, objetivando a valorização e reconhecimento
dessa chamada. É importante frisar que a novel convenção não vai obrigar as
convenções regionais a aceitarem a consagração feminina, apenas se limitará a reconhecer
as consagrações de convenções locais que já aceitam, reconhecem e consagram
pastoras aos seus quadros de convencionais. As igrejas e convenções que não as admitem,
terão suas decisões respeitadas.
9- O contexto histórico bíblico
era patriarcal, e portanto, preteria a mulher e centralizava no homem.
A sociedade, no período em que a
Bíblia foi escrita, era extremamente machista. A bíblia não pode prescindir
desse contexto histórico. Por isso não podemos pensar que um autor sagrado
pense como nós nos dias de hoje, em relação aos direitos das mulheres. Apesar
disso, é evidente que a base de igualdade entre os dois sexos já era colocada em diversos textos sagrados.
10 – Porque está comprovada a
capacidade feminina em exercer qualquer papel antes atribuído somente aos
homens.
Tenho sido testemunha do
flagrante sucesso obtido por mulheres no exercício do ministério pastoral. Sou
de uma convenção estadual que reconhece a ordenação de mulheres ao Santo
Ministério. Algumas obtiveram êxito onde homens falharam. Eu poderia citar
vários casos do meu conhecimento por onde tenho passado onde tenho visto
mulheres exercendo o pastorado em regiões ribeirinhas da Amazônia, tribos
indígenas, penitenciárias, periferias, favelas, etc. Depois de todas as
conquistas das mulheres na segunda metade do século XX pra cá, seria, no
mínimo, anacrônico acreditar em sua incompetência para a liderança
eclesiástica. Como visto acima, há fundamento Bíblico para essa ordenação.
Muito antes da revolução cultural, em tempos bíblicos elas já demonstravam suas
habilidades como rainhas, juízas, profetizas, e, diga-se de passagem, até
pastoras. Vide Ester, Débora, Ana e Raquel. Por que razão Deus as privaria do
privilégio de serem instrumentos do Seu amor para cuidar do Seu rebanho
particular? Lamento que influentes lideranças evangélicas e até escritores
renomados tenham ainda uma visão tão tacanha e anacrônica nesse sentido.
Lamento ainda mais por saber que muitas mulheres cheias do Espírito Santo tem
seu trabalho subaproveitado por puro preconceito machista em muitas igrejas e que
nunca serão reconhecidas por puro pensamento tradicional repassado de geração
em geração. Dizer que não há base bíblica para tal ordenação é mais cômodo e
fácil, e torna a discussão mais fácil de ser encerrada por quem está atrelado
às correntes mais ortodoxas. Mas felizmente essa nova convenção, CADB, vem ao
encontro dessa histórica aspiração de tantas pastoras que labutam em todo
Brasil, reconhecendo esse abençoado e crescente ministério feminino em todo o
Brasil.
Parabéns! É disso que precisamos: argumentos. Enquanto isso, a AD brasileira engole os camelos.
ResponderExcluirExcelente argumentação, parabéns!!!
ResponderExcluirPaz de Cristo Jesus! Me desculpe discordar, mais não vi em nenhum dos argumentos, um respaldo Biblico para ordenação de Mulheres a Pastora.
ResponderExcluirPoderia citar varias passagens Biblicas que não apoiam tal ordenação. O que vejo hoje é que os Assembleianos estão muito preocupados com a questão de agradar a atrair pessoas para as suas igrejas, e com isso estão abrindo mão de doutrinas ja implantadas e aceitam por todo o povo Cristão. Agora diante de varias situação de interesse do Homem, eles estão jogando por terra as doutrinas para buscar reunir o maior agromerado de pessoas. Mulher Pastora no meu ponto de vista é Anti Biblico. Deus nunca deu autoridade Eclesiástica pára a Mulher, A Mulher não pode ter autoridade espiritual sobre o Homem.
Equivoco partindo do principio da criação e do seu autor Deus! Não ha respaldo
ResponderExcluirNa teologia Bíblica e Antropologia da Religião deparamos com fenômenos supra culturais, que são fenômenos da crença e do comportamento culturais que tem sua origem fora da cultura humana. A religião encontra-se neste âmbito supra cultural, onde o Reino de Deus se sobrepõe à cultura dos homens. Este fenômeno supra cultural ocorre quando o emissor seja de fora da cultura receptora e fora de qualquer cultura em particular
Problema é o de interpretarmos “sois um em Cristo” como significando “sois iguais em Cristo”. Numa recente tese de mestrado, Ann Coble demonstrou de forma convincente que e nesta passagem não está implicando igualdade, mas simplesmente unidade. Após dar exemplos de interpretações desta passagem na história da Igreja (pp. 7-21), ela analisa e critica a interpretação feita pelos progressistas ou igualitários, especialmente Krister Stendahl (pp. 22-37) e a interpretação dos diferencialistas (pp. 38-48). Coble demonstra por meio de considerações léxicas e exegéticas que Gálatas 3.28 está abordando a questão da unidade da Igreja, e não de igualdade de funções ou papéis. Ela argumenta que a palavra e (=ij (“um”) enfatiza unidade – não igualdade. Se Paulo quisera enfatizar igualdade poderia ter usado palavras como i)) /soj (“igual”) ou i/) so/thj (“igualdade”) (pp. 49-58). Sua conclusão é que os estudiosos progressistas ou igualitaristas não podem usar esta passagem como um texto chave na afirmação de oportunidades de ordenação eclesiástica idênticas para homens e mulheres.(NICODEMUS, 1997 p.20).
ResponderExcluirSe de fato a ordenança de Paulo em Corinto fosse com que a mulher ficasse calada, todas igrejas (denominações), ou pelo menos a maioria delas estariam erradas, pois em qualquer igreja e/ou convenções mulheres ministram, pregam, cantam, ensinam... Como explicar, se é pra ficarem caladas, não deveriam nem sequer cantar.
ResponderExcluirAcho que isso é nada mais do que medo de perderem postos na igreja.
Deus tenha misericórdia.
Perfeito, impecável, muito ajuda quem apoia, mas não buscou conhecimento suficiente para contra-argumentar com os contrários. Parabéns meu querido irmão!
ResponderExcluirA Paz do Senhor!
ResponderExcluirEm nenhum dos argumentos biblicos usado pelo querido irmão dão respaudo a ordenação pastoral de mulheres, sobre os dons ministeriais Paulo é enfático em coloca-los todos no masculino...concordo com o serviço diáconal para mulheres e nada vai impedir de que as mesmas, preguem, ensinem etc...mas cargo pastoral não. Sabemos como e em qual ocasião as mulheres começaram as suas reivindicações dando início ao movimento feminista o que trouxe muito prejuízo principalmente a preservação da família...não dá para comentarmos isso agora mas quero aqui deixar minha opinião e afirmando que não sou machista e reconheço que as mulheres foram e sempre serão muito importante na propagação do Evangelho, no ministério de Jesus havia muitas mulheres mas nenhum dos discípulos era do sexo feminino entendo que naquela época havia muito preconceito contra a mulher mas mesmo assim não dá respaldo para isso. Sou assembléiano e aprecio muito o trabalho do Pr. Samuel Camara.
prezado irmão eu também estou procurando saber se mulheres podem ser pastoras, mas parece que você fez interpretações gramaticais e contestuais erradas; algumas traduções dão entender que o testo de Romanos 16.7 está na verdade dizendo que aquelas mulheres eram conhecidas dos apóstolos, e não o que você interpretou que está dizendo que existiam mulheres apóstolas; eu ficaria feliz se estiver dizendo que eram apóstoLas.
ResponderExcluirNovamente parece que você tirou o testo do sentido do contesto, pois você diz que se as mulheres não podem falar na igreja mas podem profetizar, mas falar na igreja pode ser de vários assuntos, que não é o mesmo que profetizar que é trazer uma mensagem específica vinda diretamente do Espírito Santo; mas talvez você pense igual aos presbiterianos que pensão que o dom de profecia que existia na igreja primitiva cessou e hoje o profeta é o que prega a palavra profética, mas nós os pentecostais acreditamos que o dom de profecia ainda é igual ao que existia na igreja primitiva e não é o mesmo que ser o responsável pela igreja.
Você tenta dizer que profetizar equivale ao ministério pastoral, mas o dom de profeta e o dom de pastor são diferentes, pois o pastor é o líder ou responsável pela igreja e o profeta entrega somente mensagens específicas.
Lógico que eu concordo quando você disse que existem doutoras, porque não poderiam existir pastoras, eu também penso dessa forma, mas mesmo assim o único que é responsável pela igreja é o pastor; mas realmente se existem doutoras lógico que neste caso as mulheres que são doutoras devem falar na igreja. Embora eu mesmo acho estranho o testo bíblico dizer que mulheres não devem falar, pois elas também são inteligentes.
Em seguida você faz uma comparação fora da lógica sobre profeta e profetiza; depois você tenta comparar o dom ministerial de pastor com o fato de nós sermos sacerdotes diante de Deus; mas a nossa posição de sacerdote também não é a mesma coisa do ministério de pastor, pois o que o testo bíblico está dizendo quando diz que nós somos sacerdotes é que assim como os sacerdotes da lei podiam entrar no santo dos Santos hoje nós também como sacerdotes podemos ter acesso direto a Deus, mas isto não é a mesma coisa do ministério de pastor.
Sobre o fato de algumas mulheres serem diaconisas, ainda vou olhar no testo grego; também vou olhar o caso das mulheres que ensinavam que você mencionou, se não estiverem fora do contesto como as outras passagens que você mencionou.
Febe, priscíla, Áquila.
Mas de forma geral parece que você não mostrou nenhum testo bíblico que de base para mulheres serem pastoras, a não ser que o testo que sobre os dons ministeriais onde Deus deu uns para pastores, profetas, evangelistas, doutores gramaticalmente também esteja se referindo as mulheres, também vou estudar melhor esse testo.
O questionamento de muitos pastores, obreiros e membros que desconhecem o substrato histórico e bíblico da ordenação de mulheres ao Santo Ministério, argumentam que não há base Bíblica. E já mostramos que há. Eles alegam também que elas podem exercer outras funções, mas a PASTOR é exclusiva para homens. Veja só o que escreveu de forma irônica o pastor José Francisco Diniz: “Os que afirmam que não existem Pastoras na Bíblia e nem textos que autorizem mulheres serem Pastoras devem observar algumas coisas:
ResponderExcluir1. Alguns dão ênfase a nomenclatura "PASTOR" e esquecem de observar quais são as atividades inerentes ao exercício do Ministério Pastoral.
2. Vejamos algumas atividades inerentes ao exercício Pastoral segundo a Bíblia: a) ensinar (Efésios 4:11-16; Tito 1:9); b) ser modelos (1 Pedro 5:3); c) presidir (1 Timóteo 5:17); d) vigiar (Atos 20:31); e) velar por almas (Hebreus 13:17); d) guiar (Hebreus 13:17); e) cuidar/governar (1 Timóteo 3:5); f) ser despenseiro de Deus (Tito 1:7).
3. Existem muitas funções exercidas por mulheres que na verdade são inerentes ao exercício Pastoral.
4. Nossa discussão só está levando em conta a nomenclatura da palavra PASTOR e não está levando em contas as atividades inerentes e imprescindíveis ao Pastorado.
5. É correto fazer essa distinção? Podemos dissociar o Pastor e suas atividades?
6. Se colocarmos uma dirigente de circulo de oração, uma líder de juventude e um Pastor e fizermos as seguintes perguntas:
a) Vocês ensinam? Ambos dirão SIM!
b) Vocês aconselham? Ambos dirão SIM!
c) Vocês visitam? Ambos dirão SIM!
d) Vocês oram pelos seus liderados? Ambos dirão SIM!
Podemos aumentar a lista....
7. Vamos ver se eu entendi: a maioria dos pastores que discorda do ministério exercido pela mulher não aceita que mulheres tenham o nome de “PASTORA”, mas aceitam que elas realizem atividades exclusivas de um pastor? É isso?
8. Pastor só é chamado de Pastor porque realizava atividades exclusivas de Pastor. E Então quais são atividades exclusivas de um Pastor?
9. Em outras palavras, estamos afirmando: “Irmã você pode FAZER tudo que um Pastor faz, menos ser chamada de PASTORA.
10. Se não encontramos na Bíblia a palavra PASTORA, mas encontramos “diáconisa”, “apóstola”, “obreira”, “serva da igreja” etc, então vamos parar de fazer uso de um jogo gramatical, onde tentamos convencer nossa consciência de que ter o nome de PASTOR não pode, mas fazer o que um Pastor faz pode.
11. Você já reparou na evolução de como as mulheres eram tratadas no culto do Templo no Antigo Testamento e como esse tratamento foi modificado no Novo Testamento? Essa evolução teve do Antigo para o Novo Testamento, mas do Novo Testamento para os dias de Hoje não pode haver.
O argumento de alguns pastores é que a consagração não está prevista na Bíblia. Ora, aceitamos tantas outras coisas em nosso meio que também não estão na Bíblia ou são proibidas por ela. Senão vejamos: O Apóstolo Paulo manda que as mulheres cubram seus rostos e não falem na igreja. Nós cumprimos isso também? A Bíblia também não fala em convenção, nem em púlpito. Nós cumprimos isso? A Bíblia diz em Lc 16.18 que "o homem que se casar com uma mulher divorciada comete adultério". Nós cumprimos integralmente essa proibição da Bíblia também? Ou só cumprimos aquilo que nos convém? Aquilo que nos favorece? Se é pra cumprir a Bíblia, que a cumpramos na integralidade. Conveniência e decisões humanas machistas, fora do contexto histórico e cultural, é que destroem e distorcem a palavra de Deus. Enquanto muito pastores desocupados estão preocupados em impedir as mulheres de trabalhar na obra do Senhor, as obreiras estão ganhando almas, construindo igrejas e cumprindo o IDE de Jesus. Infelizmente boa parte dessa turma de pastores machista e hipócritas, engolem camelo e se engasgam com mosquito. A igreja tem outras questões para se preocupar, antes de colocar a consagração de mulheres como um “problema”.
Verdade, se esses radicais crerem desa forma , deveriam ser contra circulo de oração e ministerio de louvor, pq isso não tem na Biblia, hipócritas !!! Viva o ministério pastoral feminino !!!
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