No mês em que completa 75 anos de fundação em Rio Branco, a Igreja Assembleia de Deus no 1º Distrito da capital, considerada a maior denominação evangélica do Acre, vive um contexto de polêmica e controvérsias por causa da eventual saída de um grande grupo de pastores do Ceimadac (Convenção de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Acre) e também dos quadros da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).
Comandada pelo pastor Luiz Gonzaga de Lima, a igreja em Rio Branco está prestes a migrar para a CADB – Convenção das Assembleias de Deus no Brasil – recém-fundada pelo pastor Samuel Câmara, que também é presidente da entidade, com pelo menos 20 mil pastores já inscritos. A sede nacional da CADB fica em Belém do Pará, lugar onde a denominação foi fundada em junho de 1911. A saída, que já é dada como certa, será definitivamente decidida em assembléia geral extraordinária na noite desta terça-feira, 09, no templo sede da igreja, na avenida Antônio da Rocha Viana, em Rio Branco.
Pr Luiz Gonzaga de Lima
Internamente, o assunto gera polêmica. O tema vem sendo tratado pejorativamente como “racha” pelo presidente da Ceimadac, pastor Pedro Abreu de Lima. Em “nota de repúdio e esclarecimento”, Pedro Abreu e seus auxiliares da Convenção das Assembleias de Deus no Acre, aconselham aos “assembleianos” a votarem contra o desligamento da AD da convenção.
Pr Pedro Abreu de Lima
A priori, Luiz Gonzaga não quer dar declarações. Prefere esperar para falar após o resultado da assembléia geral desta terça. Já Pedro Abreu se antecipa e não descarta a possibilidade de entrar na Justiça para vetar a saída da igreja em Rio Branco da entidade comandada por ele. “Nosso jurídico está analisando. Sem confronto”, diz. Todos sabem que o assunto na verdade vai muito além da tal “unidade”, há outro prejuízo para a Ceimadac: a queda na arrecadação financeira
Os bastidores da Convenção da Assembleia de Deus no Acre:
Não é de hoje que Luiz Gonzaga e Pedro Abreu disputam poder na Assembleia de Deus do Acre. A briga entre ambos começou lá atrás, quando Luiz Gonzaga perdeu a presidência da Ceimadac para Pedro Abreu, que também preside a Assembleia de Deus em Senador Guiomard. Envolve um emaranhado de interesses que passa não só pela política eclesiástica. Vai bem além.
Mas o enredo local dessa guerra é bem menor, proporcionalmente, que a disputa nacional. Samuel Câmara, depois de sucessivas derrotas decorrentes de supostas manipulações de resultados nas eleições da CGADB (que geraram dezenas de ações judiciais) resolveu, incentivado por uma grande base que iniciou a ideia, criar a CADB em Belém/PA no dia 02/12/2017. Enquanto isso, depois de quase três décadas comandando a CGADB, o Pr José Wellington Bezerra da Costa, hoje com 83 anos, passou o comando para o seu filho José Wellington Junior. Contudo, ficou na presidência da CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil). Essa foi a gota d’água que faltava para que um nova convenção nacional surgisse. Muitas outras lideranças em diversos estados também estudam se desvincularem da CGADB, enquanto isso o seu atual presidente está de férias, sem prevista para retorno.
Fonte: Luciano Tavares - ac24horas
Falarão que a sede ia ser no para por que está em rio de janeiro
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