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A história que não te contaram na escola sobre o comunismo: A terrível perseguição, tortura e morte de milhões de cristãos pelos comunistas da URSS




 

A história atesta os períodos sombrios em que a intolerância ideológica e religiosa atinge seu auge, e poucos eventos foram tão nefastos quanto a perseguição aos cristãos durante o longo reinado do comunismo na União Soviética. Após a Revolução Russa de 1917, a ascensão do socialismo e a subsequente formação da URSS, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, entre 1922 e 1991, testemunhou-se uma das mais cruéis e sangrentas campanhas contra a fé cristã.

 

As autoridades soviéticas, fundamentadas nos ideais marxistas-leninistas, adotaram uma postura agressiva e implacável em relação à religião, visando controlar, suprimir e, em última instância, eliminar a totalidade das crenças religiosas. Esta política repressiva levou a uma série de perseguições violentas a várias formas de cristianismo, variando em intensidade de acordo com diferentes períodos históricos.

 

A impiedosa hostilidade estatal culminou na destruição física de locais de culto, como igrejas e sinagogas, além da ridicularização e perseguição de líderes religiosos. Torturas, encarceramentos, banimentos e execuções arbitrárias eram rotina para aqueles que se atreviam a manter sua fé inabalável.

 

Escolas e meios de comunicação foram utilizados como ferramentas para disseminar uma narrativa ateísta, moldando uma sociedade na qual o ateísmo era não apenas promovido, mas imposto como uma verdade inquestionável. Esta campanha agressiva visava a erradicação da religião cristã e a criação de uma cultura em que as crenças religiosas fossem suprimidas ou vistas como um obstáculo ao progresso social.

 

As estatísticas, embora por vezes difíceis de precisar devido à natureza opressiva e clandestina da perseguição, sugerem um quadro assustador durante o ditador regime Stalinista. Estima-se que entre 12 a 20 milhões de cristãos tenham sido vítimas das políticas ateístas do Estado soviético somente no período da perseguição promovida por Stálin.

 

As principais causas de morte foram:

1) Execuções políticas: Estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas foram executadas por motivos políticos durante o regime de Stalin.

2) Gulags: Eram campos de trabalho forçado onde as pessoas eram submetidas a condições extremamente duras. Estima-se que cerca de 1,7 milhão de pessoas morreram nos gulags.

3) Repressão aos camponeses: A coletivização forçada das terras agrícolas na década de 1930 levou à morte de milhões de camponeses.

4) Grande Expurgo: O Grande Expurgo foi uma campanha de repressão política que ocorreu na União Soviética de 1936 a 1938. Estima-se que cerca de 700 mil pessoas foram executadas durante o Grande Expurgo.

5) Holodomor: Que foi uma grande fome que ocorreu na Ucrânia de 1932 a 1933 provocada intencionalmente para matar os opositores de Stálin, que vamos falar com mais detalhes adiante.

As vítimas de Stalin incluíam pessoas de todas as origens, incluindo cristãos, camponeses, intelectuais, religiosos e até mesmo seus próprios camaradas que discordassem das suas políticas comunistas.

 

Essas cifras representam vidas dilaceradas, comunidades desfeitas e uma história de sofrimento que ecoa até os dias de hoje. As inúmeras narrativas de famílias separadas, indivíduos torturados e executados, igrejas demolidas e uma fé posta à prova são testemunhas angustiantes desse capítulo sombrio da história humana.

 

Crenças e práticas religiosas persistiram entre a maioria da população, nas esferas doméstica e privada, mas também nos espaços públicos autorizados pelo Estado que reconhecia o fracasso em erradicar a religião e os perigos políticos de uma reação com uma guerra cultural implacável. O regime soviético esteve comprometido ostensivamente com a aniquilação completa das instituições e ideias religiosas. A ideologia comunista não poderia coexistir com a contínua influência da religião até mesmo como uma entidade institucional independente, então Lenin exigiu que a propaganda comunista devia empregar uma militância implacável com relação a todas as formas de idealismo e religião, e que foi chamado de "ateísmo militante". "Militante" significava uma atitude intransigente em relação à religião e ao esforço de ganhar os corações e mentes dos crentes com base em uma falsa filosofia.

 

O ateísmo militante tornou-se central para a ideologia do Partido Comunista da União Soviética e uma política de alta prioridade para todos os líderes soviéticos. Os ateus foram convencidos a serem indivíduos politicamente mais astutos e virtuosos individualmente, e a população era induzida a acreditar que os ateus eram intelectuais e estavam acima da média cognitiva da população. Passou a ser “chique” e influente se identificar como “ateu socialista”. As famílias foram severamente perseguidas e induzidas a abandonarem sua fé cristã. O Estado estabeleceu o ateísmo como a única verdade científica. As autoridades soviéticas proibiram as críticas ao ateísmo socialista ou às políticas antirreligiosas do Estado; tais críticas poderiam levar a aposentadoria forçada, detenção, deportação ou prisão.

 


Os pastores que se atreveram a insistir pregando o evangelho de Cristo foram presos, torturados e mortos aos milhares. De acordo com a ideologia marxista tal como interpretada por Lenin e por seus sucessores, a religião era considerada como um “obstáculo para a construção e avanço de uma sociedade comunista”. O fim de todas as religiões (e a substituição destas pelo ateísmo) tornou-se um objetivo de fundamental importância ideológica do estado soviético.

 


A perseguição contra a religião aconteceu oficialmente através de muitas medidas legais destinadas a dificultar as atividades religiosas, através de um grande volume de propaganda antirreligiosa, e por meio do sistema de ensino. Na prática, o Estado também procurou controlar as entidades religiosas e intervir nestas, com o objetivo final de fazê-las desaparecer. Para este efeito, o Estado procurou controlar as atividades dos líderes das diferentes comunidades religiosas. Os cristãos encontravam-se sempre sujeitos a propaganda antirreligiosa e à legislação que restringia a prática religiosa. Eles, frequentemente, sofriam restrições dentro da sociedade soviética. O Estado soviético oficialmente submetia-os a detenção, prisão ou morte simplesmente por terem crenças.

 


Além disso os métodos de perseguição representavam uma reação à percepção (real ou imaginária) de sua resistência a campanha mais ampla do Estado contra a religião. A campanha foi concebida para difundir o ateísmo, e atos de violência e táticas de terror foram implantadas, que quase sempre eram oficialmente invocadas com base em resistências percebidas pelo Estado, com o objetivo maior de não apenas enfraquecer a oposição, mas de ajudar ainda mais na supressão da religião, a fim de divulgar o ateísmo. As táticas variaram ao longo dos anos e tornaram-se mais moderadas ou mais duras em momentos diferentes. As táticas comuns incluíam confiscar propriedades da igreja, ridicularizar a religião, ofender seus seguidores, e propagar o ateísmo nas escolas. Ações contra religiões específicas, no entanto, foram determinadas por interesses do Estado, e as religiões mais organizadas não foram proibidas.

 

O Holodomor foi uma das páginas mais sombrias e devastadoras da história da Ucrânia. Esse termo, que em ucraniano significa "grande morte por fome", refere-se a uma das mais terríveis tragédias causadas pelo regime soviético durante os anos 1932 e 1933.

 

Foi uma terrível e deliberada política implementada pelo governo soviético, liderado por Josef Stalin, que resultou em uma severa escassez de alimentos, levando à fome em massa na região ucraniana, considerada o celeiro da União Soviética naquela época.

 

As autoridades soviéticas impuseram políticas de coletivização forçada da agricultura, confiscando as colheitas e produtos agrícolas dos camponeses, visando a consolidar o controle estatal sobre a produção e distribuição de alimentos. Essas políticas foram particularmente severas na Ucrânia, onde o povo dependia da agricultura para sua subsistência.

 

Essa coletivização forçada foi acompanhada por políticas draconianas, como a proibição da posse privada de alimentos e a imposição de quotas de produção irreais aos camponeses. Como resultado, os ucranianos enfrentaram uma escassez extrema de comida.

 

A fome resultante do Holodomor foi uma tragédia de proporções massivas. Estima-se que 12 milhões de ucranianos tenham morrido de fome e suas consequências devastadoras afetaram milhões de vidas. Homens, mulheres e crianças foram vítimas desse desastre humanitário provocado pelo regime comunista de Joseph Stálin, que obrigou milhões de ucranianos a enfrentarem a morte lenta e dolorosa pela falta de comida, água e recursos básicos.

 

Ruas da Ucrânia cheias de mortos pela fome durante o Holodomor: a grande fome
que matou milhões durante o comunismo soviético de Stalin.
Foto:DIÖZESANARCHIV WIEN/BA INNITZER

O Holodomor não foi apenas uma tragédia devido à falta de alimentos, mas também foi resultado de políticas intencionais do governo soviético para subjugar e enfraquecer a população ucraniana, reprimindo qualquer resistência ao regime e consolidando o controle sobre a região.

 

Apesar de décadas de negação por parte do governo soviético e subsequente russo, o Holodomor foi reconhecido internacionalmente como um genocídio, uma tentativa deliberada de destruir uma parte específica da população por meio da fome e da privação.

 

O Holodomor permanece como uma ferida profunda na história da Ucrânia e é lembrado anualmente, no quarto sábado de novembro. Este dia é conhecido como o “Dia da Lembrança das Vítimas do Holodomor” ou o “Dia da Memória do Holodomor”, para relembrar um evento tão impactante que moldou a identidade e a resiliência do povo ucraniano. É um lembrete trágico das consequências humanas extremas que podem resultar de políticas opressivas e da crueldade do poder autoritário.

 

Crianças ucranianas durante o Holodomor em 1933 imposto
pelo comunismo da URSS de Joseph Stálin

Durante as políticas comunistas de Joseph Stálin estavam ações contra pastores, padres e crentes ortodoxos, juntamente com execuções, que incluíam a tortura, sendo muitos enviados para campos de prisioneiros, de trabalhos forçados ou hospitais psiquiátricos. Muitos Ortodoxos (junto com grupos étnicos de outras religiões) foram também submetidos à punição psicológica ou tortura e experimentos de controle da mente, a fim de forçá-los desistir de suas convicções religiosas. Durante os primeiros cinco anos do poder soviético, os bolcheviques executaram 128 bispos e mais de 1.200 padres ortodoxos russos, além de 1100 pastores cristãos. Muitos outros foram presos ou exilados. Não se sabe o número exato de quantos foram executados, torturados e mortos, as informações oficiais do governo soviético sempre escondiam os números reais, ou quase nada informavam a respeito. Na União Soviética, além do fechamento metódico e destruição de igrejas, as obras de caridade anteriormente feitas pelas autoridades eclesiásticas foram assumidas pelo Estado. Tal como aconteceu com toda a propriedade privada, as propriedades da Igreja foram confiscadas para uso público.

 

Confisco a mando de Stálin de propriedade da Igreja Cristã Ortodoxa em 1922

Os poucos lugares de culto deixados à Igreja eram legalmente considerados como propriedade do Estado. Cristãos protestantes na URSS (batistas, pentecostais, adventistas, etc.) no período após a II Guerra Mundial foram compulsivamente enviados para hospitais psiquiátricos ou enfrentaram julgamentos e aprisionamento (muitas vezes pela recusa em prestar serviço militar). Alguns foram até mesmo privados de seu pátrio poder.

 

Muitas dessas práticas ainda continuam a existir em países como Coreia do Norte, Nicarágua, Venezuela, China, Cuba, etc. Não se tem um número exato da dimensão de quantos cristão são mortos atualmente pelo comunismo, mas estima-se que esse número ultrapasse os 200 mil na última década. E ainda há cristãos que defendem o socialismo, talvez por ignorância sobre a história ou até mesmo por doutrinação educacional que suprime essas informações praticadas pelos comunistas contra os cristãos.

 

A perseguição aos cristãos, especialmente em países comunistas e islâmicos ainda hoje continua muito elevada. De acordo com o Relatório da World Watch List, editado pela Open Doors Onlus, em 2022 cerca de 360 milhões de cristãos sofrem um alto nível de perseguição e discriminação por causa da sua fé, praticamente 1 em cada 7 cristãos. O número de cristãos mortos por motivos relacionados com a fé, entre 1° de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, foi de mais de 5.800, cerca de 23% a mais do que o ano anterior. A maioria dessas mortes ocorreu em países comunistas como Coréia do Norte, Nicarágua, em países islâmicos do em países do Oriente Médio e em países socialistas da África Subsaariana, especialmente na Nigéria, Angola e Moçambique onde foram mortos 3.530 cristãos.

 

Estima-se que até hoje o comunismo já matou cerca de 100 milhões de pessoas, e desse total, cerca de 65% são cristãos. A política marxista-leninista soviética defendia consistentemente o controle, supressão e a eliminação de crenças religiosas, e encorajava ativamente o ateísmo e a perseguição aos cristãos durante toda a existência da União Soviética. As ideias de Karl Marx continuam a influenciar a perseguição aos cristãos em diversos países.

 


Gesiel de Souza Oliveiratem 45 anos, é casado, pai de 3 filhos, Amapaense, Palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.

 

Fonte:

(1) Perseguição aos cristãos na União Soviética – Wikipédia, a enciclopédia .... https://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_Crist%C3%A3os_na_Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica.

(2) Relatório sobre a perseguição cristã: hoje uma “Igreja de refugiados https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2023-01/relatorio-perseguicao-cristaos-2023-open-doors.html.

(3) Cerca de 340 milhões de cristãos foram perseguidos no mundo em 2020. https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2021/01/13/vitimas-da-fe-cerca-de-340-milhoes-de-cristaos-foram-perseguidos-no-mundo-em-2020.htm.

(4) Mais de 4 mil cristãos mortos em um ano - Vatican News. https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2019-01/cristaos-oprimidos-perseguicao.html.

(5) Um em cada sete cristãos no mundo sofre perseguição, revela Relatório https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2022-01/perseguicao-contra-cristaos-relatorio-portas-abertas-2022.html.



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