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Por que o presidente eleito não sai às ruas há tanto tempo? E por que o seu oponente, que perdeu as eleições, lota aeroportos, praças e ruas por onde passa? Essa equação não fecha!





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O cenário político brasileiro atravessa uma fase curiosa e perturbadora, com rumos que desafiam a lógica e minam a confiança na democracia. Por um lado, o carismático ex-presidente Jair Bolsonaro continua a arrebanhar multidões com suas manifestações nas ruas, uma prova concreta de sua popularidade entre uma parcela significativa da população. Sua capacidade de mobilização é inegável, mas ele enfrenta uma realidade sombria: sua inelegibilidade para cargos públicos nos próximos anos, apesar de ainda não ter sido condenado judicialmente.

Por outro lado, o atual presidente, Lula, enfrenta uma situação igualmente intrigante. Enquanto Bolsonaro consegue lotar avenidas e praias com seus seguidores, Lula parece se esquivar dos olhos do público, evitando aparições em lugares abertos há muitos anos. Sua ausência em espaços públicos e eventos de grande porte levanta dúvidas sobre sua relação com a população e sua disposição para enfrentar a opinião pública.

O contraste entre essas duas figuras políticas ilustra a complexidade do momento brasileiro. A ascensão de um líder popular, mas controverso, e a reserva de um presidente em exercício criam um cenário desconcertante, que suscita questões sobre a saúde da democracia no país. A elite pensante deve encarar essa situação com seriedade, reconhecendo as falhas sistêmicas e trabalhando para fortalecer as instituições e práticas democráticas que parecem cada vez mais frágeis. A situação é alarmante e merece uma análise profunda e crítica.

Qual político em toda a história da humanidade consegue reunir voluntariamente mais de 100 mil pessoas em um domingo de sol forte, ao meio dia, para escutar seu discurso? De outro lado o seu oponente teve de suspender as lives por falta de audiência, onde houveram casos de lives como a que foi transmitida em 7 de novembro de 2023, que registrou cerca de 3.000 visualizações dentro de 24 horas, sendo assistida por cerca de 150 pessoas ao vivo. Um fiasco! As lives de Lula foram suspensas, mesmo após um investimento milionário em estrutura, contração de jornalistas e divulgação. Pode gastar quanto for na embalagem, se o conteúdo é ruim, não vende.

Os caminhos tortuosos da política brasileira seguem provocando perplexidade e desconfiança. Há quem diga que as manifestações populares têm se tornado sinônimos de risco para a democracia, especialmente quando se trata de mobilizações lideradas por Jair Bolsonaro. O ex-presidente continua a mover multidões, enchendo ruas com seus seguidores, e, embora isso seja um testemunho de sua capacidade de aglutinação, o seu direito de concorrer a cargos públicos está atualmente sob suspensão, mesmo sem uma condenação definitiva.

No extremo oposto, encontramos o atual presidente, Lula, cuja presença pública é marcada por uma cautela que alguns podem considerar excessiva. Enquanto um ocupa espaços urbanos com sua base, o outro evita a todo custo exposições públicas, optando por manter um perfil mais reservado. Essa disparidade alimenta um ambiente de incertezas e questionamentos sobre a transparência e a solidez da democracia no Brasil. Algo está errado nessa equação que não fecha.

A resposta a esses desafios muitas vezes emerge em forma de tentativas de contra-ataque por parte de setores do governo e de seus apoiadores, que veem as manifestações de oposição como “ameaças extremistas”. O presidente da suprema corte já foi enfático ao afirmar que as manifestações de rua podem ser vistas como “um indicativo de quantos extremistas há no país”. Tal lógica, porém, não parece coesa com os princípios democráticos.

O livre direito de reunião é uma garantia fundamental em qualquer democracia saudável, e demonizar manifestações pacíficas pode resultar em perigosas distorções. Da mesma forma, a esquerda busca contrapor-se aos atos pró-Bolsonaro com suas próprias mobilizações em apoio a Lula e ao STF.

É preciso encarar a verdade dos fatos sem distorções ou desinformações. A defesa da realidade não deve ser tratada como um ato subversivo, mas sim como um dever cívico. O caminho para um país mais justo e democrático passa pelo reconhecimento dos problemas existentes e pela busca de soluções baseadas em fatos concretos. As ruas podem se tornar um palco para a expressão popular, desde que essa voz seja ouvida com responsabilidade e respeito pelas instituições.

O cenário político brasileiro continua sendo um labirinto de complexidades, com suas dinâmicas frequentemente deixando os observadores perplexos. As manifestações nas ruas são um bom termômetro dos descontentamentos que permeiam o país. O direito à livre expressão é uma pedra angular da democracia, mas a maneira como esse direito é exercido e percebido atualmente levanta questões sobre a solidez das instituições democráticas brasileiras.

Ao mesmo tempo, as decisões judiciais e as disputas políticas têm colocado em xeque a confiança da população. A recente inelegibilidade de Bolsonaro, sem uma condenação judicial definitiva, a cassação em tempo recorde do deputado federal do Paraná Deltan Dallagnol que teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 16 de maio de 2023 com condenação feita em menos de 2 minutos em decisão unânime, os Twitters Files, as inúmeras desmonetizações de canais de direita, bloqueio de contas, ações da PF suspeitas como a importunação de baleia, investigação do cartão de vacina, deputados federais sofrendo ações judiciais em sigilo que nem mesmo os advogados tem acesso aos autos, prisões em lotes com penas desproporcionais contra pessoas que cometeram crime de baderna, inquéritos abertos de ofícios por ministro que age como vítima, investigador, delegado, promotor, juiz e única e última instância de recurso, dentre inúmeras outras arbitrariedades, adicionam uma camada extra de incerteza à situação.

Por outro lado, o atual governo enfrenta suas próprias dificuldades, com a queda abrupta de popularidade, o descontrole fiscal e a estagnação econômica, revelam a necessidade de reconquistar a confiança do público e mostrar transparência em suas ações.

Nesse clima de dúvidas e desconfianças, fica a pergunta: até que ponto a crise política atual é fruto de divergências legítimas e até que ponto ela é resultado de estratégias intencionais de polarização? Além disso, o resultado das últimas eleições realmente reflete a vontade popular, ou há motivos para questionar a sua validade como está alegando Elon Musk? Inclusive ele vai depor no Congresso americano no próximo dia 08 de maio e deve apresentar mais provas. Vamos aguardar o que vem por aí.

A busca por respostas a essas perguntas exige um olhar atento e crítico sobre os eventos recentes e suas implicações. A realidade política brasileira parece estar em um estado de constante transformação, e o desfecho dessa saga ainda é incerto. O que está claro, no entanto, é que o país enfrenta desafios profundos em sua jornada em direção a uma democracia mais madura e estável. Aldous Huxley escreveu que "a ditadura perfeita terá as aparências de uma democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão." Infelizmente quando os ouvidos se fecham e os corações se endurecem, nada mais consegue mudar a rota de sucessão de desastres. É uma constatação, esse nefasto viés ideológico sempre tem maioria esmagadora onde há mais ignorantes e analfabetos. Por isso eles não tem interesse nenhum em educar a população. O conhecimento liberta e a ignorância escraviza e cria currais eleitorais. Uma coisa é você não gostar do capitão. Outra coisa, é entregar o navio que você está aos piratas. Quando chega nesse nível de ideologia patológica não adianta mais tentar fazer alguém enxergar o que está acontecendo, quando ela mesma se determina a não abrir os olhos. E assim chegamos a esse ponto de incertezas.




Gesiel de Souza Oliveira, tem 46 anos, é casado, pai de três filhos, amapaense, palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.

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