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Crônica "Lembranças da minha infância" - Por Gesiel de Souza Oliveira

                                       

Fico lembrando como era viver na década de 80

Quem viveu essa época não se esquece de tão bom tempo

Não tínhamos tanto luxo e esse exagero de cuidado de hoje

No nosso fusca velho, meu pai (que era fotógrafo) levava seus 6 filhos e esposa apertadinhos

Não existia cinto de segurança, nem mesmo encosto para cabeça e “air bag”

Nossa diversão de fim de semana era sair em busca de um balneário

Levávamos comidas guardadinha, sem a excessiva preocupação de infecções bacterianas;

Na beira do rio aprendi a nadar no sufoco, tipo: “te vira e sai nadando"

Nada de flutuadores, pranchinhas nem boias modernas

Quando algum irmão meu não sentia fome, minha mãe lhe dava o famoso “biotônico Fontoura”

Brincávamos, e vez por outra, um amigo saía chorando, mas não se falava em “Bullyng”

No outro dia estávamos todos juntos brincando novamente

Não tínhamos brinquedos eletrônicos modernos e com controle remoto

Quando não podia comprar um carrinho, fazia um com uma lata de leite e piçarra dentro, puxado por uma cordinha, era barulhento, mas divertido.

Nossa diversão no fim da tarde, eram os “carrinhos de rolimã”

Descíamos em alta velocidade a ladeira e o freio era a nossa própria chuteira preta “chulipa”, amarada em nossa perna com seu “cadarço”, no estilo “sandálias de soldados romanos”

Quando chovia era aquela alegria, correria e brincadeira debaixo da calha

No nosso mundo não existiam bactérias e fungos, compartilhávamos o mesmo “chope” (suco congelado no saquinho) comprado lá na esquina na casa da Dona Maria

E quando batia a sede, corríamos para beber água do filtro de barro da casa da vovó

Nossas casas não tinham muros altos, cercas elétricas e alarmes, e dormíamos muitas vezes com a porta dos fundos aberta, e com as sandálias para o lado de fora da casa;

Vez por outra se ouvia falar em um ladrão de galinha aqui ou ali;

Não existia “Surround Sound 5.1 Douby” e a alegria era grande quando meu pai colocava um vinil naquela radiola velha.

Nada de X-box 360, Play Station III, iPhone ou S-III

Tínhamos o pique-esconde, tacobol, bandeirinha, amarelinha e “peteca”(bolinha de gude)

E vez por outra um menino lascava a ponta do dedo no asfalto, no nosso futebol de rua

E quando terminava o futebol, íamos lá na esquina comprar um “Taí” e todos bebíamos juntos

Não nós divertíamos parados em frente a um vídeo game, e sim suados na brincadeira sadia;

Nossa única condição era voltar para casa ao anoitecer

Nosso mundo não existia celular, smartphone ou whatsapp;

Não existia Facebook e Twitter e nossas amizades eram verdadeiras e reais

Todas as meninas tinham seu diário, e um sinal de que ela havia gostado de você

Era quando ela entregava o seu diário para você assinar

Não existia internet e tudo o que acontecia era espalhado por aquela vizinha fofoqueira

Tínhamos medo daquele senhor velhinho que passava no fim do dia, com uma vara na mão, e que diziam que levava as crianças naquele saco velho.

Sempre que nossas mães se chateavam conosco, ameaçavam de chamá-lo, e era aquele desespero;

Lembro-me de cada detalhe, dos amigos e das brincadeiras,

Toda a felicidade daquele tempo continuará existindo só em minha memória

Daqueles momentos eternizados na saudade e vivo na memória.

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