Seu dia começa com um “bip” ininterrupto do celular ou despertador e com um cansaço que traz aquela indecisão: “durmo mais um pouquinho ou me levanto?”. Na verdade nem o dia anterior ainda terminou e o outro já começou antes que você pudesse compreender. Um ponto a mais no cinto, uma “clareira” que começa a ficar mais evidente da cabeça, as reentrâncias da calvície que ficam cada vez maiores, os cabelos brancos que se multiplicam, enfim não dá mais para deixar pra depois, estamos vendo a vida passar, e de uma forma tão cinzenta, tão insossa e tão repetitiva. São os planos e sonhos que seriam para amanhã e já se vão aí vários anos. É aquela viagem que vai perdendo vez para outras trivialidades que desnorteiam o nosso foco, a mudança na voz do filho que você nem sequer percebe. O sol nasce e se põe todos os dias, e nada muda. É sempre a mesma coisa: acorda, café, trajeto, trabalho, retorna, almoço, volta, trabalha, retorna, dorme e tudo novamente no outro dia. Se não houver iniciativa, a tendência é que o tempo vá se encarregando de afastar o nosso foco das coisas verdadeiramente importantes. O comodismo é a âncora do medo. Quando fugimos dos desafios, a rotina se encarrega de arrastar os nossos sonhos para longe. Não reclame dessa rotina, pois você em algum momento optou por estacionar nela, quando escolheu evitar os desafios, as dificuldades e os espinhos do caminho que conduziriam ao seu sonho. Quando o medo do desafio se torna maior que a iniciativa de enfrentá-lo, isso acaba reforçando o ciclo do comodismo que não nos permite avançarmos e sermos felizes. Muitos param por acharem que o conformismo é a melhor saída. Evitam batalhas, dores, choros, mas também evitam conquistas. Muitos não avançam porque vivem esperando o futuro para serem felizes, sem mudar a rota do presente, ancorados em medos do passado. É um engano ficarmos esperando que as coisas mudem sem que nossas atitudes mudem primeiro. Na vontade de alcançar o inalcançável sem esquecer do imprescindível, atendendo o dispensável e focado no improvável, prossiga. Nas nostálgicas sinfonias silogísticas da inenarrável miscelânea sensitiva do que deveria ter ficado atrelado ao pretérito e não ficou, siga. Mesmo em um misto de fatigante passado, irresoluto presente e impresumível futuro, avance!.
44 anos do Naufrágio do Novo Amapá, o maior naufrágio da história do Brasil. Todo mundo já ouviu falar sobre a história do Naufrágio do Barco Novo Amapá, mas quase ninguém conhece as histórias que naufragaram junto com ele. Hoje quero compartilhar com vocês um pouco sobre uma destas tantas. A história de amor que aquele naufrágio levou junto. A história do casal Odivaldo Ferreira de Souza (mais conhecido como Tio Filho) e Célia Lúcia O. Monteiro, uma maranhense que a época residia em Beiradão, atual Vitória do Jari. Filho e sua esposa Célia Ele trabalhava na empresa Jari Celulose, sexto filho de uma família de 9 irmãos, filhos da Dona Maria Lindalva Ferreira de Souza (hoje com 90 anos) e Seu Paulo Coutinho de Souza (87) que até hoje moram na Av Marcílio Dias no bairro do Laguinho. Eu tinha apenas 3 anos de idade a época do fato, e ainda tenho uma foto ao lado deste meu tio tão querido por todos . O Barco Novo Amapá partiu às 14h do dia 06/01/1981 rumo ao Vale do Jari. A trag...
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