Hoje ao comprar pão pela manhã na panificadora, dei uma nota de R$10 e minha compra custou apenas R$ 3,50. A moça do caixa teve de puxar uma calculadora para poder me repassar o troco de R$6,50. Voltei pra casa pensando nisso, pensando nesse nosso mundo moderno que trouxe consigo uma praticidade que faz o ser humano pensar cada vez menos, gastar cada vez menos energia por causa desse pragmatismo sedentário do mundo pós-moderno. Veja só que para aumentar o volume da TV não precisamos mais nos levantarmos e irmos até ela, há o controle remoto. Para evitar subir escadas, há escadas rolantes e elevadores. Para evitar gastarmos energia subindo os vidros do carro, há o controle eletrônico de travamento com subida de vidros automática. Nem mesmo vamos à esquina sem ter de dar a partida no carro ou moto. O pior de tudo, e como consequência desse excesso de facilidades, é o surgimento de uma nova geração que chamo de “geração Crtl+C , Crtl+V”, onde a criatividade, iniciativa e inovação estão sendo deixadas cada mais para trás. Vemos jornalistas, internautas e profissionais da comunicação que repassam notícias sem ao menos buscar suas fontes. Surgem factoides que se multiplicam, em tempo de banda larga e mentes estreitas, na velocidade de um medíocre compartilhamento, repasse ou republicação sem sequer terem o cuidado de saber a verdade. Vemos trabalhos escolares que se resumem a um simples comando “copiar+colar” de um site qualquer que sequer conhecemos a veracidade de suas fontes. Multiplicam-se jovens cada vez mais próximos de quem está longe e distantes de quem está perto, isolados e cada vez mais perdidos nas futilidades de seus mundos virtuais. Multiplicam-se pessoas que leem cada vez menos e gastam seus tempos com trivialidades e entretenimentos prescindíveis da mídia hodierna que empobrecem ainda mais o já limitado e tacanho mundo desses seres humanos. Como resultado temos adultos acríticos, alienados, apolíticos, manipuláveis e sem senso mínimo e parâmetros para se posicionar em relação a qualquer assunto que exija o mínimo de raciocínio. Pessoas que curtem e repassam uma imagem na internet em suas redes sociais (especialmente se for de gozação ou ironia, e que recebeu já pronta), mas se negam a ler qualquer texto ou artigo que tenha mais de quatro linhas. Esse é o dito mundo moderno que vivemos, onde a velocidade de transmissão de informações cresce na proporção inversa da capacidade de raciocínio da maioria da população. Enquanto continuarmos reproduzindo mentes que repetem, não conseguiremos multiplicar mentes que pensam e inovam. Absorver algo sem compreender suas reais motivações é mais fácil, por isso é alienante. Esse estímulo à reprodução e replicação acríticas tem sempre uma motivação, pois para todo manipulável há uma manipulador. O processo ensino-aprendizagem de um país que pretende crescer em educação, não deve estimular o ato de gravar, reproduzir e copiar, e sim de aplicar novos métodos, inovações, pois não se trata de ter “memória fotográfica” e sim de saber usar a lógica aplicável e criativa. Não se trata de repetição e sim de criatividade. O estudante ideal não é aquele que pensa que está aprendendo ao decorar, mas sim aquele que sabe como e onde aplicar o conteúdo aprendido, que sabe onde encontrar o conhecimento sempre que precisar, que sabe como buscar e encontrar soluções, e quando não houver respostas aparentes, sabe ter a iniciativa de buscar e criar novas soluções.
44 anos do Naufrágio do Novo Amapá, o maior naufrágio da história do Brasil. Todo mundo já ouviu falar sobre a história do Naufrágio do Barco Novo Amapá, mas quase ninguém conhece as histórias que naufragaram junto com ele. Hoje quero compartilhar com vocês um pouco sobre uma destas tantas. A história de amor que aquele naufrágio levou junto. A história do casal Odivaldo Ferreira de Souza (mais conhecido como Tio Filho) e Célia Lúcia O. Monteiro, uma maranhense que a época residia em Beiradão, atual Vitória do Jari. Filho e sua esposa Célia Ele trabalhava na empresa Jari Celulose, sexto filho de uma família de 9 irmãos, filhos da Dona Maria Lindalva Ferreira de Souza (hoje com 90 anos) e Seu Paulo Coutinho de Souza (87) que até hoje moram na Av Marcílio Dias no bairro do Laguinho. Eu tinha apenas 3 anos de idade a época do fato, e ainda tenho uma foto ao lado deste meu tio tão querido por todos . O Barco Novo Amapá partiu às 14h do dia 06/01/1981 rumo ao Vale do Jari. A trag...
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