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Os intrigantes bastidores da visita de Macron na Amazônia: Um olhar crítico sobre os reais interesses ocultos




Ouça o artigo:

A recente visita do presidente francês, Emmanuel Macron, ao Brasil trouxe à tona uma série de questionamentos sobre os reais motivos por trás dessa aproximação diplomática. Enquanto os discursos oficiais enaltecem a cooperação em questões ambientais, uma análise mais profunda revela interesses ocultos que ecoam os fantasmas do passado colonialista da França na região amazônica. Este artigo se propõe a desvelar os intricados jogos de poder por trás dos acordos firmados entre Macron e o governo brasileiro, contextualizando-os dentro de um panorama histórico e político mais amplo.

 

1- A Amazônia como Alvo de Cobiça Internacional:

Desde tempos imemoriais, a Amazônia tem sido alvo de cobiça por parte de potências estrangeiras ávidas por explorar suas vastas riquezas naturais. A França não é exceção a essa regra, e sua recente aproximação com o Brasil sob o pretexto da proteção ambiental levanta suspeitas quanto aos verdadeiros interesses por trás dessa agenda.

 

2- O Colonialismo Francês na Amazônia:

Para compreender os interesses atuais da França na região amazônica, é crucial analisar seu legado colonial na área. Durante os séculos XVIII e XIX, a França tentou estabelecer colônias na região, visando principalmente à exploração de recursos como o látex e o pau-brasil. Embora essas tentativas tenham sido em grande parte malsucedidas, deixaram uma marca indelével na psique francesa, alimentando um desejo latente de retornar à Amazônia em busca de riquezas.

 

3- Acordos ocultos e interesses econômicos:

Por trás dos discursos sobre cooperação ambiental, Macron e seus aliados brasileiros estão secretamente costurando acordos que visam a exploração econômica da Amazônia. Empresas francesas estão ávidas por acessar os recursos naturais da região, incluindo minerais, madeira e petróleo. Enquanto isso, o governo brasileiro, ávido por atrair investimentos estrangeiros, está disposto a abrir as portas da Amazônia para interesses estrangeiros, em detrimento da preservação ambiental e dos direitos das populações indígenas.

 

4- Hipocrisia e entreguismo petista:

A hipocrisia do governo brasileiro fica evidente ao observarmos o aumento alarmante do desmatamento, das queimadas e das violações dos direitos dos povos indígenas sob sua gestão. Enquanto se vende uma imagem de comprometimento com a proteção ambiental, na prática, o que vemos é uma política de entreguismo dos recursos da Amazônia em troca de interesses econômicos imediatos.

 

5- Lições da História e Alerta para o Futuro:

É imperativo que aprendamos com os erros do passado e não permitamos que a Amazônia se torne novamente refém dos interesses de potências estrangeiras. A legislação ambiental francesa, embora seja apresentada como modelo, é permeada por contradições e falhas, que resultaram na devastação de suas próprias florestas e recursos naturais. Devemos resistir à tentação do lucro imediato e lutar pela preservação da Amazônia como patrimônio da humanidade, protegendo não apenas sua biodiversidade única, mas também os direitos das comunidades tradicionais que há séculos dependem dela para sua subsistência.

 

6- O que realmente Macron veio fazer na Amazônia?

Na encenação diplomática dos grandes líderes mundiais, cada gesto, cada palavra é meticulosamente calculada, ocultando muitas vezes os verdadeiros intentos por trás das cortinas do poder e interesses. A recente visita de Emmanuel Macron ao Brasil ecoa esse jogo de sombras, onde os interesses geopolíticos se entrelaçam com a voracidade por recursos naturais, em especial, os tesouros cobiçados da Amazônia.

Sob a máscara de cooperação e parceria, pairam questões inquietantes sobre o que realmente Macron veio fazer em solo brasileiro e especialmente quais interesses na Amazônia. À luz das relações nebulosas entre Brasil e França, não é ousado conjecturar que interesses econômicos substanciais estão em jogo, encobertos sob o manto da diplomacia e da proteção ambiental. A história nos ensina que os laços entre essas nações não são apenas uma coreografia diplomática, mas sim uma intrincada teia de negócios, interesses e alianças escusas.

É impossível ignorar o passado de intromissão da França na Amazônia, sob pretexto de proteção ambiental, enquanto, paradoxalmente, alimentava seus apetites por recursos naturais próprios onde os níveis de desmatamentos e devastação ambiental em seu território são muito elevados. O interesse dos franceses nunca foi pelo que está acima do solo da Amazônia (pessoas e proteção da vegetação), sempre foi pelo que está abaixo dele. As memórias ainda estão frescas dos episódios em que interesses mineiros, madeireiros e petrolíferos foram aguçados sob a tutela francesa, em detrimento da soberania e dos direitos dos povos amazônicos.

7- Quem ganha e quem perde?

A França nunca investiria um bilhão de euros na Amazônia sem um retorno que fosse infinitamente maior. No entanto, não podemos isentar o Brasil de sua própria responsabilidade nessa trama. A política de “entreguismo” dos recursos amazônicos, não raro, encontrou em líderes como Lula um aliado. Há uma máxima na diplomacia internacional: “Não há amizade entre nações, e sim interesses”. Esse jogo de encenações que incluem visitas a Ilha de Combu no Para, discursos sobre proteção ao meio ambiente e entrega de medalha de Napoleão Bonaparte a Janja, é tudo parte de um espetáculo teatral que oculta os reais interesses que foram consubstanciados em vários contratos ocultos, segundo a Revista Oeste, firmados entre França e Brasil, em reunião fechada. De outro lado Macron se manifestou contrário ao acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. Ou seja, como sempre o Brasil sai perdendo nesses acordos bilaterais. Basta lembrar volume de comércio entre Brasil e França onde o Brasil exportou em 2023, US$ 3,5 bilhões para a França, enquanto a França exportou US$ 6,0 bilhões para o Brasil, dessa forma a França teve um saldo comercial muito maior, quase o dobro do Brasil de US$ 2,5 bilhões. Ou seja, os Franceses nunca fazem acordos para perderem, e, portanto, nesses 21 acordos bilaterais, cujo conteúdo não foi divulgado em sua totalidade, que foram firmados como resultado dessa visita de Macron, já sabemos quem saiu ganhando e quem saiu perdendo.

A visita de Macron ao Brasil não deve ser vista como um gesto altruístico de cooperação ambiental, mas sim como mais um capítulo na saga de exploração e dominação da Amazônia por interesses estrangeiros. É hora de despertarmos para os perigos que espreitam por trás dos eloquentes discursos diplomáticos e exigirmos políticas que verdadeiramente protejam esse gigantesco tesouro natural, sua população nativa e cultural que forma a rica Amazônia, antes que seja tarde demais.

 

Gesiel de Souza Oliveira, tem 46 anos, é casado, pai de três filhos, amapaense, palestrante, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Amapá, Pós-graduado em Docência e Ensino Superior, Pós Graduado em Direito Constitucional, Professor de Geopolítica Mundial, Geógrafo, Bacharel em Direito, Escritor, Teólogo, Pastor Evangélico, Professor de Direito Penal e Processo Penal, Fundador e Presidente Internacional da APEBE – Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior.

 

8- Fontes:

1- Em visita de Macron, acordo bilionário para sustentabilidade na Amazônia é principal vitória da diplomacia brasileira https://www.brasildefato.com.br/2024/03/28/em-visita-de-macron-acordo-bilionario-para-sustentabilidade-na-amazonia-e-principal-vitoria-da-diplomacia-brasileira

2- Brasil e França assinam mais de 20 acordos durante visita de Macron - https://www.cnnbrasil.com.br/politica/brasil-e-franca-assinam-mais-de-20-acordos-durante-visita-de-macron/



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