Queria começar esse artigo perguntando: “será que a
presidenta acredita que essa reunião com as ‘estrelas da música gospel’ vai
trazer algum tipo de proximidade do povo evangélico com sua malfadada
administração?”
O partido da “estrela da bandeira escarlate”, tem
posicionamentos firmes sobre aspectos que contrariam frontalmente a fé, o
proceder e os princípios cristãos. O momento que a assessoria do planalto escolheu,
também não é oportuno. Acredito que o desiderato desse “fair play natimorto”
era atrair ou usar a popularidade dessas cantoras do “top of mind” gospel para diminuir
a rejeição de Dilma no meio evangélico, que já é a maior ao longo de todo o seu
governo, e continua caindo.
O que se viu ao longo do encontro não foram reivindicações
em prol dos anseios cristãos, contra o avanço das medidas legais contra a
família e princípios cristãos, ou para discutir outros tantos assuntos pertinentes
ao interesse desses mais de 42 milhões de evangélicos que hoje existem no
Brasil. Não! O que se viu foi um show de fotos, holofotes, glamour e muita “tietagem”.
A presidenta não convocou a liderança evangélica,
porque sabe que eles aproveitariam a oportunidade para pedir mais atenção a
essa grande massa, essa enorme fatia da população que cresce a cada ano
assustadoramente: os evangélicos. Mas o crescimento não se reflete na representatividade. Essa massa segue sem
atenção e apoio do governo, e tendo que “engolir” todos os projetos de lei e
avanços de uma minoria, que encontrou apoio do governo da presidenta Dilma,
para alavancar seus ideais contra a família tradicional e os princípios
cristãos.
Ela não revelou às cantoras evangélicas que seu
partido é a favor da descriminalização de drogas alucinógenas, da
descriminalização do aborto, do PL 122, que fez pressão com a sua base no
congresso para tirar de pauta o Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, PLC 03/2013, dentre tantos outros 100 projetos de
leis que afrontam a família, a fé cristã e a igreja. Mas certamente as cantoras
não estavam preocupadas com isso, talvez nem soubessem do que tratam esses
projetos de leis. O mais importante já foi feito, pois agora “acreditam que
estão ainda mais populares”, que a presidenta está mais popular no meio
evangélico, além de estamparem no Facebook, uma foto ao lado de Dilma.
Um dos primeiros grupos a serem convocados para
essa rodada de reuniões com todos os grupos e representações do Brasil, foi a
frente LGBT. Todos os blogs e sites sobre política publicaram essa foto. Mas
com a liderança evangélica a Dilma não
se reuniu, porque ela teme ser confrontada com a voz e anseio que vem das igrejas,
especialmente depois dos movimentos que sacudiram o Brasil.
Aliás, o planalto nesse quesito quer muito mais aparecer bem na foto. E para não dizer que ela não atendeu aos pastores, arregimentou um pequeno grupo de 18 pastores, de lideranças pouco expressivas no meio evangélico, escolhidos a dedo pela assessoria da presidenta, por meio de Crivela, que verdadeiramente fez jus ao seu nome, e “crivou” muito bem quem estaria de frente com Dilma. Tudo para evitar atritos e garantir seu cargo, além de “tentar” aproximá-la dos evangélicos. Como povo evangélico, devemos sim orar por todos, inclusive governantes, mas também não podemos compactuar com erros, fechar os olhos para as mazelas sociais e nos omitirmos diante de tamanha indiferença aos anseios da nação brasileira.
Gesiel de Souza Oliveira
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