O pior tipo de solidão é aquela que sofremos em meio à multidão. Quão bom seria se pudéssemos tirar esse fardo pesado de nossas costas e deixá-la guardada em um canto como uma mochila. Mas diferentemente, ela nos acompanha pra onde quer que vamos, e se nada for feito para recomeçar, ela vai tomando corpo com a saudade e as lembranças, cada vez mais, dia após dia, até nos dominar por completo. Daí a importância de a tiramos do nosso foco. Se você não desviar o seu foco da solidão, logo, logo, vai entrar pela porta da frente de sua vida a companheira inseparável dela: a depressão. Uma doença invisível mas que tem consequências terríveis e tem ceifado muitas vidas neste século. Não espere que só o tempo se encarregue de mudar a rota de sua vida. Muitos não avançam porque vivem esperando o futuro pra serem felizes, sem mudar a rota do presente, ancorados em medos, frustrações e amarguras do passado. Solte as âncoras do navio da tua vida que te prendem às pedras do passado. Navegue rumo a novos mares e desafios. Saia da cama da depressão e vá viver a vida lá fora. O recomeço, o reerguer a cabeça, o prosseguir, o raiar de um novo dia, é que devem guiar nossos caminhos a partir de agora. A vida segue daqui pra frente, e sem olhar para trás prossiga. O tempo não cura tudo, aliás o tempo não cura as feridas da almas, apenas desvia os problemas e maus momentos do foco das nossas atenções. Contudo, é a solidão o melhor remédio que nos ensina a valorizar, respeitar e aproveitar. Solidão não significa estar só, mas estar em meio a uma multidão e sentir a falta de uma só pessoa. E ela só aperta quando percebemos que o que era rotina virou lembrança. Solidão não tem a ver necessariamente com ausência física, mas com ausência e vazio sentimental, espiritual, fraternal e afetivo. A tristeza é outro elemento que vem junto com a solidão e que nos ajuda a externar o que sentimos, mas que não pode tomar conta de nós, porque quando isso acontece ela paralisa nossos projetos, sonhos e por fim, nossa vida. A tristeza é regada pelas lágrimas. Cada lágrima carrega em si um pouco de saudade, amor, alegria, tristeza ou seja lá qual for a motivação, sei de um coisa, ela sempre representa um sentimento que preenche nossa vida e nossos corações e transborda pelo olhos. A lágrima lava nossa alma, mas também faz cessar a poeira do passado por nos ajudar a externar e colocar pra fora a dor que nasceu na alma. Mas o que nos motiva a prosseguir, é a certeza da fé e esperança que devem continuar vivas em nossos corações. É um engano ficarmos esperando que as coisas mudem sem que nossas atitudes mudem primeiro. Doenças de natureza espiritual não se curam no plano material com uma pílula ou remédio, curam-se com o renascer da vida, no recomeçar, curam-se no amor e com a ajuda de parentes e amigos, que estão ao nosso lado nos desertos da vida. E o principal desses amigos, e que certamente estará contigo nos altos e baixos de sua caminhada, é Jesus. Ele não te abandona e estará contigo nesse recomeço. Por mais escura que a noite seja, ela nunca impedirá o raiar de um novo dia.
44 anos do Naufrágio do Novo Amapá, o maior naufrágio da história do Brasil. Todo mundo já ouviu falar sobre a história do Naufrágio do Barco Novo Amapá, mas quase ninguém conhece as histórias que naufragaram junto com ele. Hoje quero compartilhar com vocês um pouco sobre uma destas tantas. A história de amor que aquele naufrágio levou junto. A história do casal Odivaldo Ferreira de Souza (mais conhecido como Tio Filho) e Célia Lúcia O. Monteiro, uma maranhense que a época residia em Beiradão, atual Vitória do Jari. Filho e sua esposa Célia Ele trabalhava na empresa Jari Celulose, sexto filho de uma família de 9 irmãos, filhos da Dona Maria Lindalva Ferreira de Souza (hoje com 90 anos) e Seu Paulo Coutinho de Souza (87) que até hoje moram na Av Marcílio Dias no bairro do Laguinho. Eu tinha apenas 3 anos de idade a época do fato, e ainda tenho uma foto ao lado deste meu tio tão querido por todos . O Barco Novo Amapá partiu às 14h do dia 06/01/1981 rumo ao Vale do Jari. A trag...
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